São Paulo, quarta-feira, 03 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Oposição
"No artigo "Os nojentos e os assépticos" (Opinião, 31/5), Plínio Fraga esqueceu de que não há divisão formal entre esquerda e direita em nosso país. Basta ouvir a propaganda comercial-eleitoral gratuita para constatar que os cansativos bordões são praticamente os mesmos: desenvolvimento com melhoria da qualidade de vida, da distribuição de renda, inclusão social e muito emprego.
É após a eleição que surgem as diferenças entre os políticos e entre os partidos. Muitas escolhas inexplicáveis à luz da razão normalmente atendem a interesses escusos ou inconfessáveis. A impressão que nós eleitores temos é que as poucas diferenças ideológicas que poderiam diferenciar os políticos estão sendo tragadas pela sede de poder e dinheiro."
EDUARDO JOSÉ DAROS (São Paulo, SP)

 

"Lendo a coluna "Serra, serra, serrador" (de Melchiades Filho, Opinião, 2/6), pode-se entender que, em 2008, Lula subiu no palanque de Marta Suplicy e mesmo assim ela tomou uma surra de Kassab. Isto significa que Lula não transfere votos? Em eleição municipal, o eleitor pensa na rua, no transporte público, na segurança do seu bairro, postinho de saúde, área de lazer etc.
Eleição para presidente é diferente, a história muda; porque diz respeito a salário mínimo, Bolsa Família, aposentadoria, preço do gás de cozinha, preço do combustível, emprego, comércio internacional etc."
EUGENIO DE ARAUJO SILVA (São José dos Campos, SP)

Israel
"Ao editorial da Folha ("Israel persiste no erro", 30/5) e ao leitor Jamil Murad ("Painel do Leitor", 2/ 6), acrescento: de fato, Israel deve aceitar a criação de um Estado palestino para que haja paz. No entanto, não só isso. Os palestinos também devem fazer a sua parte: aceitar e bem conviver com a existência do Estado de Israel, acabar com os atentados terroristas e parar de se considerarem vítimas do mundo cruel."
HELENA KESSEL (Curitiba, PR)

Bolsa-Mídia
"O jornalista Fernando de Barros e Silva provavelmente advoga em causa própria em sua coluna intitulada "O Bolsa-Mídia de Lula" (Opinião, 1º/6). Não estaria ele preocupado com a eventual evasão de verbas publicitárias governamentais da grande mídia como esta Folha para a mídia "de segundo e terceiro escalão", como ele arrogantemente coloca?"
JORGE VINICIUS DA SILVA NETO (São Paulo, SP)

Impostos
"Muito oportuna a reportagem "Mudança no ICMS faz atacadista deixar SP" (Dinheiro, 24/5). Também tema de editorial ("O drible do sonegador", 25/5), relatando os problemas causados por conta da substituição tributária, implantada erroneamente pelo governo estadual de São Paulo, que define o sistema de pauta para bebidas e alimentos. Isso só poderia ocorrer em setores de oligopólio, para que não se aumentem os preços, e não com um setor pulverizado com centenas de milhares de produtos. A pauta engessa os preços, não permitindo, por exemplo, que se ofereçam descontos promocionais no varejo.
Com impostos maiores, a venda é menor, contribuindo para a sonegação, a quebra de empresas e o consequentemente desemprego."
RAQUEL SALGADO, presidente-executiva da Associação Brasileira dos Importadores e Exportadores de Bebidas e Alimentos (São Paulo, SP)

MAC
"Em relação ao editorial publicado sob o título "A Vez dos Profissionais" (1º/6), onde é informado que no caso do MAC "não há nem sinal de mudança", informamos: as obras para a transferência do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP) para o prédio de nove andares onde hoje está instalado o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) foram iniciadas em dezembro de 2008 com as demolições dos sete anexos da área externa ao prédio, além de partes do sétimo e do terceiro andares. Essa primeira fase de demolições foi concluída em janeiro, com exceção dos sanitários, que permanecem no local para o atendimento ao público que ainda utiliza os serviços do Detran na avenida Pedro Álvares Cabral.
Na última sexta-feira, foi concluída licitação para início de demolição interna do edifício principal e do anexo. As demolições começam na primeira semana de julho, após a saída dos últimos funcionários do Detran. A reforma do edifício principal e do anexo começa no final de junho de 2009 e estão previstos oito meses de obras para entrega do prédio ao MAC-USP."
JOÃO SAYAD, secretário de Estado da Cultura (São Paulo, SP)

Escola pública
"No artigo "Você seria professor de escola pública?" (Cotidiano, 31/ 5), Gilberto Dimenstein enumera os obstáculos que desestimulam a maior procura pelo trabalho na escola pública. Registra que a baixa remuneração constitui-se em gigantesco obstáculo, mas não o pior.
No entanto, aparentemente negligenciando o poder de irradiação de suas informações no imaginário da população, omite o necessário registro de que o atual professor da rede pública, via de regra, detém boa formação para o exercício da docência e sua qualificação só não se amplia pela resistência das autoridades governamentais em regulamentar a sua participação em cursos de especialização e pós-graduação. E o mais grave, investe gratuitamente contra os professores municipais da capital e suas entidades representativas, insinuando (equivocadamente) que "ganharam aumentos salariais" e que "a nota dos alunos das 5ª e 8ª séries não acompanhou o movimento"."
ISMAEL NERY PALHARES JR. , presidente do Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (São Paulo, SP)

 

"No Estado de São Paulo, o governo pretende estabelecer uma escola de formação como parte da avaliação do professor em concurso público. Trata-se de um absurdo. Deve-se prover formação continuada a todos os professores no decorrer da carreira, no próprio local de trabalho, aplicando a jornada de trabalho prevista na lei do piso salarial nacional, com 1/3 para atividades extraclasse. Ocorre que governos do PSDB, em conjunto com governos do PMDB, DEM e PSB, conseguiram suspender esse dispositivo no STF. Não me parece que isso demonstre vontade de melhorar a educação.
As diretrizes nacionais dos planos de carreira corroboram a necessidade de avaliação dos professores, mas há que se assegurar condições para o seu trabalho. Dimenstein diz que salários melhores não melhoram a educação. Mas quando foram oferecidos salários dignos?
Primeiro pague-se salário adequado, aliado a políticas educacionais e à autonomia pedagógica das escolas, e avalie-se o resultado."
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA, presidente da Apeoesp e membro do Conselho Nacional de Educação (São Paulo, SP)

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