São Paulo, quarta-feira, 03 de julho de 2002 |
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FERNANDO RODRIGUES A seleção no Planalto
BRASÍLIA - Futuros ex-ministros passeando disponíveis para dar entrevista. Acenavam simpáticos pelos
saguões lotados do Palácio do Planalto. Um deles, Francisco Weffort,
carregava uma bola. Pretendia obter
autógrafos dos jogadores da seleção
brasileira de futebol.
O presidente Fernando Henrique
Cardoso passeava junto ao público.
Dava autógrafos em camisetas.
Do lado de fora, milhares de pessoas. Foi uma das maiores manifestações da história da capital.
O Brasil foi pentacampeão mundial de futebol, e descobrimos que
existe gente em Brasília. Há seis anos
exilado na capital, nunca vi a cidade
tão viva, tão normal.
Foi um recado eloquente da população. Quantos políticos ou posses de
presidente conseguem reunir tanta
gente ao mesmo tempo? Tudo bem,
em nenhum país do planeta a política tem agrupado as massas. Mas
aqui parece ser um pouco pior.
Nas convenções nacionais dos principais candidatos a presidente, Lula
(PT) e Serra (PSDB), um público
minguado estava presente.
No caso de Lula, o encontro foi desidratado para evitar imprevistos. Associado ao PL, o PT não queria manifestações contrárias. Ainda assim,
havia ali militantes verdadeiros.
No encontro do PSDB, era constrangedor o número de pessoas interessadas apenas no show do horrendo conjunto Falamansa, contratado
para o evento.
Ontem, milhares de pessoas ficaram espontaneamente enfrentando o
sol por várias horas em Brasília. Queriam ver por alguns minutos seus
ídolos pentacampeões. Nem deram
bola para os políticos. Ainda bem.
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