São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Congresso
"Penso que nas reportagens sobre a volta do recesso parlamentar, em que só nove deputados registraram presença, seria muito importante que os nomes dos presentes fossem publicados -embora esses parlamentares não tenham feito mais do que a obrigação deles. Os políticos que cumprem seus papéis com dignidade e correção, que podem ser contados com os dedos, nunca são alvos de manchetes."
JOSÉ DO CARMO TOLEDO (São João del-Rei, MG)

Edemar
"A Folha informou (Cotidiano, 1/ 8) que duas esculturas do artista plástico italiano Galileo Emendabili, colocadas em uma praça pública de São Paulo por ordem do juiz Fausto De Sanctis, teriam pertencido a mim e que teriam sido confiscadas pela União para pagar dívidas do Banco Santos. Tais obras continuam sendo de propriedade indireta de minha esposa, Márcia, visto integrarem o ativo da empresa "Cid Collection", por ela controlada, embora tenham sido seqüestradas judicialmente e entregues aos cuidados da Secretaria da Cultura do Estado. O perdimento de tais obras em favor da União somente ocorrerá se e quando a sentença condenatória do juiz transitar em julgado."
EDEMAR CID FERREIRA (São Paulo, SP)

Fumo
"A reportagem de Gustavo Patu (Dinheiro, 1/8) mostra que a passagem de Jorge Rachid pela cúpula da Receita coincide com o período de maior aumento da carga tributária brasileira. Curiosamente, durante esse período a arrecadação sobre o cigarro continuou caindo.
Se em 1998 a arrecadação do IPI-cigarro correspondia a 1,82% da receita do governo federal, em 2005 ela correspondeu a 0,46%. A relação IPI/preço do cigarro passou de 42,5% para menos de 25% -queda de quase 20 pontos percentuais. O Banco Mundial e a OMS recomendam o aumento dos impostos de produtos fumígenos para desestímulo ao consumo e compensação parcial dos gastos públicos com saúde, medida que surpreendentemente não tem ocorrido aos elaboradores de políticas tributárias."
CLARISSA MENEZES HOMSI (São Paulo, SP)

Desmatamento
"A divergência sobre o desmate na Amazônia entre os dados do Deter (do Inpe) e do SAD (do Imazon), ambos baseados em imagens de um mesmo satélite (Terra), carece de explicação. O primeiro, que detecta corte raso e degradação progressiva da floresta, assegura uma queda de 20,1% do desmatamento no mês de junho em relação a maio. O segundo, que afere apenas o corte raso, reluta num aumento de 108%. Ora, não é possível que a degradação progressiva da Amazônia tenha caído tanto num período tão curto, a ponto de culminar numa redução tão abruta dos dados do Inpe, compensando inclusive o aumento do corte raso verificado pelo Imazon.
Ao que parece, o governo determinou uma revisão dos dados do Deter para matar dois coelhos numa só tacada: 1) arrefecer a pressão do agronegócio -leia-se Blairo Maggi; 2) coonestar a política ambiental do governo -leia-se Carlos Minc."
EDVANILSON DE ARAÚJO LIMA (Goiânia, GO)

Poluição
"As mudanças climáticas provocadas pela poluição fazem que o país tenha um dos invernos mais secos dos últimos tempos -São Paulo teve o julho mais seco desde 1943. Enquanto isso, a Petrobras e a Anfavea ignoraram uma resolução de 2002 para a redução das emissões de poluentes, pela qual tinham seis anos para modificar a quantidade de enxofre no diesel brasileiro e adaptar os motores a esse combustível. É inadmissível que o Mistério do Meio Ambiente aceite isso. Espero que o Ministério Público tome medidas exemplares para mostrar que essa irresponsabilidade social e ambiental não ficará impune."
JOSÉ VALTER MARTINS DE ALMEIDA (São Paulo, SP)

Pingüins
"Chegamos finalmente ao fundo do poço da pouca vergonha. Na Bahia algumas pessoas estão vendendo os pingüins da Patagônia que tiveram a infeliz idéia de vir até o Brasil sentir o calor "humano" de nossos companheiros. Só alguém com um problema para lá de sério pode tentar vender pingüins. Como as nossas leis só pegam batedores de carteira, talvez alguém ainda vá preso, mas como aqui se rouba de tudo e nada acontece, espero que não comecem a roubar bichos de nossos zoológicos, algo que já aconteceu num passado não muito distante."
ANTONIO JOSÉ G. MARQUES (São Paulo, SP)

Tortura
"Mesmo tendo na mocidade militado no oposição universitária nos anos de chumbo da ditadura, não concordo com a posição do ministro da Justiça de querer, após mais de 30 anos, punir os torturadores remanescentes daquele período negro da nossa história.Tal volta ao passado, como falava o poeta Pedro Nava, é "como um farol traseiro em um carro, que para nada serve".
Com tantos problemas que temos hoje, resta olhar para frente e deixar para a história analisar e julgar os acontecimentos daqueles idos."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Advogados
"Ser inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão é uma prerrogativa já garantida aos advogados pela Constituição. No entanto, tornar inviolável também o local onde o mesmo exerce a função, sob a alegação de sigilo profissional ou defesa dos interesses dos clientes, é ignorar que a casa do cidadão comum também é inviolável, mas que pode ser adentrada em condições permitidas por lei. Mediante provas cabais de que um cidadão cometeu um delito, protegê-lo ou proteger seu local de trabalho, porque o mesmo exerce a advocacia, é um argumento inaceitável para a sociedade brasileira."
GABRIEL FERNANDES (Recife, PE)

Sabesp
"Em relação à reportagem "Sabesp contrata empresa de consultoria ligada a diretor" (Cotidiano, 26/7), o correto seria afirmar que a Sabesp contrata diretor que foi ligado a empresa de consultoria. O diretor Marcelo Salles Holanda de Freitas havia trabalhado na Sabesp entre 1985 e 2001. Ele foi sócio da Etep entre 2004 e 12 de janeiro de 2007, quando se desligou da empresa para compor a atual diretoria da Sabesp, sendo empossado em 16 de janeiro de 2007. O desligamento da Etep foi registrado pela Junta Comercial de São Paulo em 17 de maio de 2007. Nesse período, a Sabesp não firmou novos contratos com a Etep. Quanto à permanência do nome de Marcelo Salles como um dos responsáveis técnicos do Consórcio Etep/BBL perante o registro do Crea, sem ter sido um dos subscritores do contrato, caberia a Etep ter cumprido a ação de exclusão do seu nome junto ao órgão."
RAUL CHRISTIANO, superintendente de Comunicação da Sabesp (São Paulo, SP)

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