São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Olimpíada
"Quer dizer que o Parque Aquático Maria Lenk não serve para o Rio-2016 (Esporte, ontem)? Como assim? Uma obra que consumiu milhões do dinheiro público e foi elogiada por delegações estrangeiras durante o Pan, entre eles os americanos, que a consideraram uma construção de Primeiro Mundo.
Será que o senhor Ricardo Leyser, do Projeto Rio-2016, está falando do mesmo complexo aquático? Sou jornalista e estive lá em duas ocasiões. Durante o Pan, quando ele estava novinho em folha -e toda a cartolagem brasileira estava presente. E em maio deste ano, durante o Troféu Maria Lenk, quando era possível ver, aos montes, mosquitos abatidos grudados nas portas do complexo -além ser nítido o abandono de uma grande obra.
O Brasil deve ser o país com o maior número de elefantes brancos do mundo."
GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)

Fusão nuclear
"Em respostas às circunvoluções sofistas do confesso nucleopata e presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear ("Fusão nuclear: resposta de um nucleopata", "Tendências/Debates", ontem), esclareço o que segue.
1 - Do "Valor Econômico" de 24/ 10/2008, extraio: "Para o diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Itamaraty, ministro Hadil da Rocha Vianna..., o Brasil se comprometeu a dar uma resposta até fins de dezembro... Só que, para aderir, o Brasil precisa pagar sua cota de pelo menos US$ 1 bilhão. Será uma outra negociação, porque o país quer pagar com produto, por exemplo, com nióbio...".
2 - E da Agência Estado de 14/9/ 2008: "Na negociação, o Brasil espera obter o aval dos atuais sócios do Iter para pagar a totalidade e/ou parte de sua cota de cerca de US$ 1 bilhão em remessas de nióbio... (sic). O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, explicou que a ambição do Brasil de participar do consórcio (Iter) nunca foi abandonada. O governo cogitou, em um primeiro momento, atuar como observador no Iter, mas, neste caso, não compartilharia dos direitos de propriedade intelectual...".
3 - O presidente do Cnen esteve de fato em um almoço na Folha. Por certo, como afirma, mencionou a intenção do Brasil de participar do consórcio Iter, mas jamais levantou a questão da controvérsia entre as duas opções, que custariam, uma, US$ 1 bilhão, e a outra, US$ 1 milhão."
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE (Campinas, SP)

Saramago
"Com todo respeito ao senhor João Pereira Coutinho (Ilustrada, ontem), tenho a dizer que não me considero um iletrado por ser leitor de José Saramago.
A literatura de Saramago nos leva a pensar na simplicidade de encarar a vida e os horrores cometidos por nós mesmos.
Quanto ao socialismo, talvez os modelos e situações vividos até agora não tenham sabido traduzir o correto idealismo de um mundo socialista. Também assim o é num mundo capitalista.
Não precisei ir até Nova York, Japão ou Alemanha para ver que o capitalismo está derretendo. Quando o capitalismo precisa de guerras como Vietnã, Afeganistão e Iraque para sobreviver, vejo que não é muito diferente do que aconteceu na Romênia."
VALTER FRANCISCO ANGELO (São Paulo, SP)

Criacionismo
"Ao ler no "Painel do Leitor" de ontem um comentário sobre o "Criacionismo no Mackenzie", me admirei muito.
Quisera Deus que metade dos cristãos sentados semanalmente nas igrejas tivessem no Evangelho a fé que os defensores do evolucionismo têm na Teoria da Evolução. É admirável.
Nunca uma teoria que nunca foi provada, e que é uma colcha de retalhos, ganhou mais credibilidade do que uma lei das ciências naturais.
Garanto ao leitor que, quando ler "A Origem das Espécies", não lhe dará tanta credibilidade.
Cá entre nós: nem o próprio Darwin daria se tivesse o conhecimento que temos hoje."
NIVALDO NUNES DE OLIVEIRA (São José do Rio Preto, SP)

Justiça
"Nesta Semana Nacional de Conciliação do Judiciário (Brasil, pág. A4, ontem), vale refletir por que ocorrem tão poucos acordos na Justiça brasileira. A causa é singela.
Se o Judiciário fosse mais eficiente, haveria mais acordos, pois não valeria a pena protelar um resultado próximo e provável. Todo o sistema se beneficiaria.
Nos Estados Unidos, apenas a título comparativo, de 1995 a 2001, as estatísticas revelam que de 91% a 94% dos casos criminais nas Cortes Federais terminaram em alguma espécie de acordo.
Claro que isso pode gerar algumas distorções, mas menores do que no nosso sistema.
Aqui, no entanto, quem tem condições financeiras litiga até o último recurso.
O culpado não é o juiz de primeira instância, com o seu suposto "independentismo", como foi afirmado pelo ministro Gilmar Mendes, mas, sim, os recursos e as demandas sem fim, estimulados pela legislação anacrônica e, por vezes, pela jurisprudência generosa de algumas cortes superiores."
SERGIO FERNANDO MORO , juiz federal (Curitiba, PR)

Janio
"O senhor Carlos Antonio, em carta publicada ontem neste "Painel do Leitor", para desqualificar o jornalista Janio de Freitas chamou-o de "brizolista".
Talvez ele não saiba, mas Leonel Brizola foi um dos pouquíssimos homens públicos a dar prioridade à educação no Brasil.
Quando Lula foi derrotado por Fernando Henrique em 1998, Brizola foi seu candidato a vice-presidente; e, em 2002, o atual presidente recebeu o apoio de Brizola e do seu partido, o PDT, no segundo turno, contra José Serra.
Gente como Brizola faz uma tremenda falta na política brasileira nos dias de hoje.
Assim como Juca Kfouri (Esporte, 24/11), quando crescer eu também quero ser o Janio de Freitas."
MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

Aposentados
"O presidente Lula está incentivando os brasileiros a aumentarem o consumo doméstico.
Aposentados e pensionistas concordam, desde que se revogue o fator previdenciário, assegure-se a eles o mesmo índice de reajuste do salário mínimo e obrigue-se o INSS a lhes pagar o mesmo quantitativo quando da concessão dos seus benefícios."
AÉCIO DINIZ ALMEIDA (João Pessoa, PB)

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