São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Câmara
"Causou-me indignação a foto da Primeira Página de sexta-feira, que ilustrou a manchete que abordava a eleição de Chinaglia para a presidência da Câmara. Não que o jornal tenha errado, ao contrário, acertou em cheio ao nos mostrar o descalabro que se passou na Casa. Ao ver, pela TV, as comemorações dos aliados após a vitória de Chinaglia, senti uma grande repulsa. Eles se comportaram pior do que crianças quando ganham um presente há muito desejado. Por que será que houve tamanha festividade? Será que há alguma intenção oculta nessa vitória? Não seriam eles os que deveriam dar exemplo aos cidadãos brasileiros? Oxalá eu esteja enganado e a classe política, em geral, inicie suas jornadas de uma maneira íntegra e com mais compostura."
GUILHERME TENO CASTILHO MISSALI (Ribeirão Preto, SP)
 

"Que a política brasileira é dinâmica, todos nós sabemos, mas alguém inteligente poderia explicar qual a lógica de parte do PSDB votar em Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara? Falta de perspectiva de futuro político? Adesão ao vencedor, pois os tucanos não sabem viver longe do poder? Com essa eleição, os tucanos mostraram sua verdadeira face, ou seja, são fracos, oportunistas, traidores e não têm identidade com as ruas, pois, quando perderam as últimas eleições, o recado das urnas era para que fossem oposição, e não linha auxiliar do PT."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
 

"Dizem que a nova legislatura começa com o pé esquerdo. Penso de forma diferente. Ela começa sem pernas, rastejando pelo lamaçal em que se transformou a Câmara dos Deputados, sem grandes perspectivas de mudanças, não só pela reeleição de alguns implicados como também pelas "negociações" para a eleição do presidente, costuradas nos bastidores e churrascarias, sabe-se lá a que custo para a nação. Ato contínuo à eleição, discursa o presidente Arlindo, afirmando que a crise que manchou a Câmara é página virada. Pode ser para ele, que, com outros, participou da operação-abafa aos corruptos, mas não para a Justiça, que esperamos se faça presente de forma rápida para afastar da vida pública quem dela se utiliza para locupletar-se. Já algumas fotos da posse são de arrepiar e enrubescer os mais crédulos: Clodovil, que não sabe o que é o PAC, Jader e Ciro, Collor e Jefferson, Palloci e, por último, o braço estendido de Maluf."
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)
 

"Em sua entrevista à Folha (3/2, pág. A4), o novo presidente da Câmara diz que "há corrupção no mundo inteiro". Mas eu e os demais brasileiros nos contentamos com a apuração -e a punição- dos casos de corrupção envolvendo o partido de Arlindo Chinaglia e o Congresso. Ele não foi eleito para limpar o mundo, mas a Câmara."
PAULO EDUARDO KRÄHENBÜHL LEITÃO (Jundiaí, SP)

Aquecimento global
"Enquanto a capa da Folha de ontem mostra, em letras garrafais, o alerta dos cientistas do mundo todo em relação ao futuro da Terra, o interior do jornal traz reportagens sobre o Congresso que mostram que a maioria dos representantes do povo brasileiro não está nem aí para tal realidade. Preferem continuar na velha mediocridade dos conchavos políticos para continuar no poder. Nem sequer demonstram preocupação com o que está acontecendo com o planeta. Muitos parlamentares que levaram seus filhos para assistir à posse e tirar fotografias em Brasília provavelmente não se dão conta de que essas crianças viverão em um planeta em péssimas condições de habitabilidade. Que triste legado nossa geração deixará para as futuras."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

 

"O Brasil vem dando uma contribuição muito grande nos últimos 20 anos contra o aquecimento global. Basta ver que nossa economia, nesse período, cresceu em média menos de 3% ao ano, evitando assim o lançamento de grande quantidade de CO2 na atmosfera."
GERSON BOCARDO (Lençóis Paulista, SP)

Ética
"Achei muito pertinente a análise de André Franco Montoro Filho na Folha de 2/2. De forma simples, mas nem por isso superficial, abordou um dos maiores problemas da sociedade brasileira: a falta de ética e valores morais. O brasileiro é mesmo o povo do "jeitinho", que procura vantagens no curto prazo e faz vista grossa para os seus deveres e compromissos como cidadão, como se fosse vítima de um sistema podre e condenado do qual não fizesse parte e sobre o qual não tivesse responsabilidade. Age como se seus atos ilícitos fossem justificáveis e sem ligação direta com o destino de seu próprio país -em alguns casos, a lógica é tão avessa que o ilícito é encarado como necessário. Aliada à impunidade, a falta de ética acaba moldando o caráter do brasileiro. Num país de "sanguessugas" e "mensaleiros" eleitos como representantes do povo, quem é que vai aceitar um sacrifício momentâneo por um futuro melhor? Quem vai ficar na fila quando o mais fácil é passar na frente, é trafegar pelo acostamento? Se os chamados "instruídos" da nossa sociedade são coniventes com a transgressão, o que esperar, então, dos menos favorecidos, os miseráveis e esfomeados?"
JONE PARASCHIN JÚNIOR (São Paulo, SP)

PAC
"Os governadores, em vez de lutarem para a redução da carga tributária, conforme declaração de Aécio Neves, querem participar do butim da CPMF e da Cide, pondo em risco a aprovação do PAC (que prevê a prorrogação da CPMF até 2017). Nós, contribuintes, estamos cada vez mais abandonados."
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

 

"Se o governo federal considera o PAC uma proposta séria para o país retomar o crescimento, deveria ter editado como primeira medida desse plano a demissão imediata de Henrique Meirelles e de toda a diretoria do Banco Central. A política atual do BC beira a sabotagem ao crescimento sustentado e racional do Brasil, e os seus efeitos são tão perversos que não estão sendo devidamente divulgados pela imprensa. O poder público continua sendo onerado por esses juros recordistas mundiais, e bilhões de reais que deveriam ser aplicados em projetos da maior importância para a infra-estrutura brasileira estão sendo torrados no sistema financeiro."
TOMÁS CAVALCANTI DE ARRUDA (São Paulo, SP)

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