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PRESIDENTE EM ALTA
O momento político favorável do
presidente da República não se traduz hoje apenas no seu fortalecimento junto à bancada que lhe dá apoio
no Congresso Nacional.
Em pesquisa realizada pelo Datafolha na cidade de São Paulo nos últimos dias 17 e 18 -poucos dias antes
da aprovação em segundo turno pela
Câmara da emenda da reeleição-,
Fernando Henrique Cardoso alcançou seu maior índice de popularidade desde a sua posse no cargo, há
pouco mais de dois anos.
Comprovando uma tendência que já
se registrava havia meses, FHC atingiu a marca de 56% de ótimo e bom,
33% de regular e apenas 10% de ruim
ou péssimo. Provavelmente influenciado pela vitória do Palácio do Planalto no primeiro turno de votação
da emenda da reeleição, em janeiro,
o resultado dá ao chefe do Executivo
uma tranquilidade adicional para seguir com seu plano de governo e lidar
tanto com seus aliados como com os
adversários políticos.
Para a base governista, a confirmação de um apoio popular ao presidente reduz ainda mais a margem de
negociação dos partidos. Por mais
que PSDB e PFL disputem a liderança
do governo na Câmara, por exemplo,
certamente nenhum dos dois abandonará um governo de grande aceitação junto à opinião pública.
Para os oposicionistas, que ainda
não contam com nenhum forte candidato para as eleições presidenciais
de 1998, a pesquisa sinaliza um fortalecimento ainda maior da possível
candidatura de FHC para um segundo mandato. Naturalmente, o poder
que o Executivo conseguiu reunir
provoca reações nas forças de oposição. Entretanto, dispersas entre protestos do Judiciário ou marchas e invasões do movimento dos sem-terra,
elas ainda não se apresentam como
uma ameaça política ao presidente.
Fernando Henrique Cardoso vive
claramente um momento positivo.
Que o utilize não apenas como uma
maneira de obter um segundo mandato consecutivo, mas como um caminho rumo às indispensáveis reformas econômicas e sociais, infelizmente ainda não obtidas.
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