Capitalismo
"Penso que João Pereira Coutinho errou o lugar de sua coluna. Ela deveria ter sido publicada no lugar de José Simão: "Piada pronta".
Dizer que o capitalismo redistribui, combatendo a miséria, só pode ser uma piada ("O capitalismo é simpático", Ilustrada). A não ser que "redistribuir" (aspas do próprio Coutinho) seja entre os próprios ricos, e não em relação aos miseráveis deste mundo.
Com certeza o continente africano tem sentido muito bem essa redistribuição."
ROBSON MAURO LOUREÇO (Mogi-Guaçu, SP)

Legado
"Uma menina de nove anos engravida de gêmeos do padrasto pedófilo; um turista sueco é morto a tiros durante um assalto; uma criança de três anos é levada durante um furto de automóvel; uma estudante de farmácia é estuprada dentro da própria universidade.
Quando saio na rua, olho para os lados e entro no carro correndo. No farol, deixo um bom espaço entre o carro da frente e o meu. Seguro minha bolsa com os braços quando caminho na rua.
Certa vez, no trânsito, quase bati o carro ao passar para a outra faixa porque vi dois assaltantes com um revólver 38 na cintura.
Ao ler o jornal, fico entristecida de ver que não me surpreendo com mais nenhum tipo de violência. O ser humano já provou ser capaz de atrocidades inimagináveis.
A violência faz parte do nosso cotidiano. É como fazer as refeições, trabalhar e tomar banho. Triste legado que deixamos para nossos filhos."
MARGARETE TSUYAKO MATSUBARA (São Paulo, SP)

Futebol
"Em relação à carta de Omar Hakim Jr. ("Limpeza no esporte", "Painel do Leitor", 2/3), digo que não se trata de puritanismo a tendência de reduzir patrocínio no futebol. Nesse esporte, salários e patrocínios milionários e inflados não estão trazendo a melhoria do espetáculo.
Se as empresas são tão ávidas e generosas para investir (ou seria lavar?) dinheiro nos clubes (muitos dos quais sonegadores do INSS), por que não aumentam os salários dos próprios funcionários?
Estes vestem e suam a camisa a semana inteira, não só às quartas-feiras e aos domingos. O momento é de crise. O melhor é termos mais funcionários ganhando bem para investir seu dinheiro na economia, e não mais jogadores ganhando milhões e aplicando-os em paraísos fiscais."
DORIVAL SANTOS SCALIANTE (Campinas, SP)

Plenidade
"Discordo em parte do artigo de ontem de Rubem Alves ("Quando o inverno chegar", Cotidiano). A realidade da velhice não precisa ser escondida.
Pelo contrário: o acúmulo de sabedoria nos proporciona análises refinadas e perspicazes para que nós, idosos, possamos ainda contribuir criativamente para a evolução da nossa civilização.
Com 64 anos, acho que estou na "plenidade" da vida, um neologismo criado por mim mesmo para substituir a terrível denominação "terceira idade"."
LUÍS GONZAGA ROCHA LEITE (Tatuí, SP)

PVC
"Sobre a reportagem "Empresas de alta tecnologia também mostram discurso verde" (Informática, 4/2), o Instituto do PVC vem afirmar que não há razões técnicas ou científicas nem sequer legislações no mundo para que as empresas de eletroeletrônicos eliminem o PVC de seus produtos.
Ainda assim, o Greenpeace divulga inverdades sobre este material e, por meio do "Guia dos Eletrônicos Verdes", tenta influenciar fabricantes a deixarem de utilizá-lo. O PVC é um produto inerte, atóxico e seguro. É, por exemplo, o plástico mais usado na área médica, com aprovação de órgãos como o FDA (Food and Drug Administration), dos Estados Unidos, a Farmacopeia Europeia e a Anvisa, do Brasil. Além disso, é 100% reciclável e reciclado.
O PVC usado na indústria de eletroeletrônicos, em fios e cabos, por exemplo, no Brasil, é 19,6% reciclado, marca superior à observada na União Europeia (18% de todos os plásticos)."
MIGUEL BAHIENSE NETO , diretor-executivo do Instituto do PVC (São Paulo, SP)

Delegados
"Diferentemente do que afirmou a Associação dos Delegados de Polícia (Adpesp), em carta assinada por seu presidente e publicada ontem nesta seção, a Corregedoria Geral da Polícia Civil e o Ministério Público Estadual investigam a denúncia feita pelo policial Augusto Pena.
Em 11 de fevereiro, a corregedoria instaurou uma apuração preliminar para verificar eventual irregularidade disciplinar. Após tomar conhecimento, no dia 19/2, do teor do depoimento do investigador Pena e de se reunir com os promotores do Gaerco que acompanham o caso, o corregedor-geral da polícia instaurou o inquérito policial 89/09, na Divisão de Crimes Funcionais, que apurará todas as eventuais infrações penais noticiadas.
Como se vê, foram tomadas todas as providências legais para apurar, com rigor, as supostas ações de policiais que mancham a imagem da classe.
Reafirmamos que essas apurações podem resultar em punições funcionais e criminais. Mas não se pode, por antecipação, fazer julgamentos sem o término dos processos. Mesmo porque, condutas desviantes são exceções, e não regra."
ENIO LUCCIOLA , assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP)

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