São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor TSE Limitar ou extinguir o TSE, com anuência da oposição, para constituição de comitê ministerial para disciplinar e fiscalizar as eleições em nosso país não é nada prudente, principalmente pela possibilidade de indicação política dos responsáveis pela fiscalização. O custo do TSE não deve ser analisado simplesmente como despesa orçamentária, mas sim como investimento para a manutenção da democracia e da liberdade de expressão, preceitos já tão combalidos em alguns países vizinhos. Além disso, apesar de ser refém da atual legislação, a Justiça Eleitoral vem desempenhando bem o seu papel. Já o Congresso deve, com a reforma política, legislar melhor sobre a matéria eleitoral, evitando o excessivo número de resoluções do TSE, bem como estimular maior aproximação entre eleitores e eleitos. LUIS D. DELMASCHIO (São José do Rio Preto, SP) Tiririca Por que tanta reclamação com o deputado Tiririca (que contratou humoristas como secretários)? Há anos, muitos políticos fazem mais palhaçadas? BRUNO R. DA SILVA DE BIASI (Novo Horizonte, SP)   Tiririca empregou como secretários parlamentares seus companheiros de programas humorísticos. É claro, Tiririca é muito competente naquilo que sabe fazer, foi eleito como excelente humorista que sempre foi e precisa de assessores que também entendam do assunto. Ou vamos nos iludir achando que Tiririca vai ser destaque na Comissão de Educação e Cultura da Câmara? VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP) Padre Estou perplexa após ler matéria em Cotidiano ("Igreja transfere padre que defende uso da camisinha", ontem). Em nome de que ou de quem a igreja faz isso? Até quando vai essa hipocrisia? SANDRA MASSUD (São Paulo, SP)   É triste a posição da Arquidiocese de São Paulo em relação ao padre Valeriano Paitoni. Mais do que ser contra ou a favor de alguma coisa, cuidar de crianças portadoras de HIV é amor, vocação. Quero acreditar que a igreja ouvirá o coração dessas crianças e o pedido da comunidade para manter esse belo trabalho. Atitudes como a desse padre dispensam burocracia e dogmas para produzir um mundo melhor. CYBELE RENATA TREVISAN E SILVA (Londrina, PR) Pracinhas A reportagem "Pracinhas foram à 2ª Guerra sem preparo" (Poder, ontem) demonstra bem a necessidade de ter Forças Armadas preparadas materialmente, psicologicamente motivadas e adestradas. Nossos recrutas estão motivados e bem equipados para enfrentar uma batalha? PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)   Há que se avaliar informações que podem gerar interpretações errôneas sobre a atuação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra. Há que se debruçar sobre os diversos trabalhos acadêmicos ou não já produzidos sobre o assunto. É necessário o cruzamento de outros documentos. CARMEN LÚCIA RIGONI (Curitiba, PR) Trem-bala Mais do que a preocupação com um eficiente meio de transporte para a Copa de 2014, o trem-bala não será também um meio de transporte alternativo para as classes mais abastadas? PÉROLA CATARINA C. SOUZA (Osasco, SP) Bolsonaro Não há dúvida de que Bolsonaro infringiu regras e princípios constitucionais. O racismo é decerto intolerável e não pode ser blasonado pela boca de um deputado. O mesmo não se pode dizer da alegada "homofobia" atribuída ao parlamentar. Neste assunto vigora o direito inalienável de expressão. EDSON LUIZ SAMPEL (São Paulo, SP)   O leitor João B. Garcia dos Santos ("Painel do Leitor", ontem) equivoca-se ao defender o deputado Jair Bolsonaro, dizendo que houve apenas "liberdade de expressão". O deputado Bolsonaro é contumaz em fazer declarações agressivas e ofensivas, mas, dessa vez, ele extrapolou na resposta à cantora Preta Gil, porque violou a Constituição Federal. Nós não podemos tolerar discriminações e ofensas a qualquer cidadão. BENTO C. MARQUES DE ABREU (São Paulo, SP)   Respondendo ao leitor João B. Garcia dos Santos, eu diria que ele está coberto de razão: o sr. Bolsonaro tem todo o direito de expressar suas opiniões. O problema é que essas expressões são tão primárias que, como outras manifestações de nossa natureza primitiva, deveriam ser realizadas apenas a portas fechadas. A expressão desse primitivismo em espaços públicos pelo deputado Bolsonaro, mesmo não sendo ilegal, é indecente, é uma forma de "bullying" que fere os princípios da civilidade. É falta de decoro. LUCA RISCHBIETER (Curitiba, PR)   O preconceito contra homossexuais é algo condenável, mas também o é classificar todo aquele que critica o homossexualismo como alguém que deseja aderir a esse modo de vida. Quais são as pesquisas científicas que dão embasamento a essa afirmação? ABNER COUTO MAGALHÃES (São Paulo, SP) USP O aumento do bônus que a USP e outras universidades públicas oferecem aos estudantes de escolas públicas não é a solução e nem o caminho para sanar o atraso da educação no Brasil. A verdadeira solução é investir seriamente no ensino, na distribuição de verbas e na valorização do professor. As pessoas "rejeitam" as escolas públicas exatamente pela precariedade da educação no país. E "brigamos" por uma vaga em universidades públicas porque temos o direito de estudar em instituições sérias e de qualidade. Não que não existam boas universidades particulares, mas que aluno de classe média teria condições de pagar um curso de medicina em uma universidade particular? MAYARA D. VIEIRA DE GÓES (Ibiúna, SP) Psiquiatria É preguiça ou teimosia querer tratar as doenças mentais somente com pílulas (Saúde, ontem), embora estas devam constituir o carro-chefe por algum tempo (na esquizofrenia e na doença bipolar, durante todo o tempo). Ocorre que as verbas públicas destinam-se às pílulas. Pouca coisa para as terapêuticas complementares, como educação física, terapia ocupacional, musicoterapia e, enfim, várias modalidades que atuam na neuroplasticidade e na neurointegração da atividade elétrica, bioquímica e psíquica da relação mente-cérebro, diminuindo o arsenal de pílulas e evitando o desastroso e estigmatizante efeito zumbi. ELKO PERISSINOTTI, vice-diretor do Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do HC (São Paulo, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Luiz Augusto Carneiro: A doença do Brasil Índice | Comunicar Erros

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