São Paulo, segunda-feira, 04 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Boal
"Em tempos de escândalos promovidos por parlamentares de todos os partidos, que contam, lamentavelmente, com a aquiescência de Lula, a morte do dramaturgo Augusto Boal, criador do teatro do oprimido, torna-se uma perda irreparável para o nosso país."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

"Na reportagem que relatou a vida e a morte de Augusto Boal (Brasil, ontem), o subtítulo dizia: "Metodologia criada por Boal conjugava teatro e ação social".
O verbo está no tempo errado, porque morreu Boal, mas seu teatro do oprimido continua mais vivo do que nunca.
Em Santo André, onde ele esteve várias vezes entre 1997 e 2003 para a formação nas suas técnicas em projeto da prefeitura, grupos populares como o Revolução Teatral estão na ativa, apesar de a nova administração ter banido o teatro do oprimido do seu programa de governo.
O teatro do oprimido está em quase 70 países. Ainda no ano passado, Boal falou para 12 mil participantes de grupos de teatro do oprimido na Índia, apenas para citar um exemplo.
Morreu Boal, mas o seu teatro do oprimido continua vivo. Morreu o artista, ficou sua obra!"
ARMINDO RODRIGUES PINTO, militante do teatro do oprimido (São Paulo, SP)

Brasil
"Após ler três artigos na edição de ontem da Folha ("A louvação da picaretagem", de Clóvis Rossi; "O país do faz de conta", de Marco Antonio Villa; "Se ainda for possível", de Janio de Freitas), os últimos resquícios que eu ainda preservava sobre o Brasil ser um país sério ou "do futuro", como querem alguns, se foram definitivamente.
Não temos a quem apelar, haja vista que os três Poderes da República estão corrompidos e seriam a base de sustentação de qualquer nação que se diga séria e democrática (governo do povo, pelo povo e para o povo).
Nunca tivemos e nunca teremos estadistas, mas apenas pequenos e inúteis pseudossindicalistas, que usufruíram da ignorância e do confinamento dos seus apaniguados nos vastos currais eleitorais que ainda pululam pelo país.
Só nos resta torcer para que a última frase de Janio de Freitas no artigo não seja irreversível."
CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)

"O texto "A louvação da picaretagem", de Clóvis Rossi, é o retrato do caos institucional em que vivemos. Quem leu "O Príncipe", de Maquiavel, sabe bem que o caos surge na falta das instituições de um Estado soberano."
CASSIA MARIA FERREIRA (São Paulo, SP)

Lula e o sindicalismo
"Pelo que entendi, o presidente Lula acha normal o trabalhador contribuir compulsoriamente com as centrais sindicais e deputados ligados a essas centrais cederem passagens, pagas pelos mesmos trabalhadores, para sindicalistas irem a Brasília ou a outro lugar qualquer. Parece que conheci outro Lula, este que é presidente eu não sei quem é."
FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)

Segurança pública
"Motivos não faltam para o aumento enorme da violência no Estado de São Paulo, mas o principal é o sucateamento do organismo policial nos últimos governos tucanos, especialmente no de José Serra.
A polícia paulista é a mais mal paga do país e está envelhecida e desmotivada. Os políticos fingem não saber do problema. O Ministério Público e o Judiciário o ignoram, assim como faz a imprensa.
Enquanto isso, a sociedade fica cada vez mais nas mãos da marginalidade. O descaso com a segurança pública é um crime dos poderes constituídos contra a sociedade.
Notícia recente revelou que, para cada policial, existem três seguranças particulares no Estado. Não é preciso dizer mais nada para atestar a falência da segurança pública."
ANTONIO CLAUDIO SOARES BONSEGNO, delegado de polícia aposentado, advogado e jornalista (Santos, SP)

Metrô na virada
"Foi um verdadeiro absurdo o fechamento da estação República do metrô justamente no final de semana da Virada Cultural em São Paulo. O evento, que surgiu para estimular a ocupação do espaço urbano pelos cidadãos, oferece uma extensa e excelente programação cultural em vários locais do centro da cidade. O metrô é a melhor opção de transporte para essa região. Houve informação pelos meios de comunicação de massa? Somente no dia mesmo do evento, quando muita gente já estava na rua.
Foi um verdadeiro desrespeito à população e a essa ótima iniciativa que é a Virada Cultural. Mais uma demonstração de incompetência do poder público."
MARIA CECILIA MARKS (São Paulo, SP)

Ahmadinejad
"Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, gaba-se de enforcar homossexuais, de perseguir cristãos e de exterminar os seguidores da religião Bahá'í, além de promover o ódio a Israel, prometendo "varrê-lo do mapa".
Convidá-lo ao Brasil não seria uma insofismável demonstração ao mundo de apoio moral a tais afrontas, brutais aos direitos humanos bem como aos direitos de autodeterminação de judeus e árabes?
Como entender o incremento de pífios US$ 3 bilhões no total do comércio do Brasil com Irã em troca da desmoralização internacional da nossa tradicional política externa de tolerância e de defesa das liberdades democráticas, apanágio de nosso país no concerto das nações? O governo Lula deve explicações ao povo brasileiro."
MARX GOLGHER (Belo Horizonte, MG)

"Antes de a comunidade judaica
protestar contra a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, por que não protestar contra o novo governo israelense, pela atitude racista de não aceitar a criação de um Estado palestino, e contra os covardes ataques de Israel em Gaza, que mataram muitos civis inocentes entre eles mulheres, crianças e idosos.
No discurso em que o presidente Ahmadinejad chamou Israel de racista, ele apenas disse o que muitos líderes mundiais não têm coragem de dizer.
Quanto aos demais países que abandonaram a conferência em Genebra, penso que não passem de hipócritas, pois durante os ataques a Gaza nenhum deles moveu um dedo sequer para interromper os bombardeios.
Enquanto o novo governo de Israel continuar contra a criação de um Estado palestino e contra a devolução dos territórios árabes ocupados, será muito difícil Israel ter paz."
IAD IBRAHIM DAOUD (São Paulo, SP)

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