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Boal
"Em tempos de escândalos promovidos por parlamentares de todos os partidos, que contam, lamentavelmente, com a aquiescência de Lula, a morte do dramaturgo
Augusto Boal, criador do teatro do
oprimido, torna-se uma perda irreparável para o nosso país."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)
"Na reportagem que relatou a vida e a morte de Augusto Boal (Brasil, ontem), o subtítulo dizia: "Metodologia criada por Boal conjugava
teatro e ação social".
O verbo está no tempo errado,
porque morreu Boal, mas seu teatro
do oprimido continua mais vivo do
que nunca.
Em Santo André, onde ele esteve
várias vezes entre 1997 e 2003 para
a formação nas suas técnicas em
projeto da prefeitura, grupos populares como o Revolução Teatral estão na ativa, apesar de a nova administração ter banido o teatro do oprimido do seu programa de
governo.
O teatro do oprimido está em
quase 70 países. Ainda no ano passado, Boal falou para 12 mil participantes de grupos de teatro do oprimido na Índia, apenas para citar um
exemplo.
Morreu Boal, mas o seu teatro do
oprimido continua vivo. Morreu o
artista, ficou sua obra!"
ARMINDO RODRIGUES PINTO, militante do teatro
do oprimido (São Paulo, SP)
Brasil
"Após ler três artigos na edição de
ontem da Folha ("A louvação da picaretagem", de Clóvis Rossi; "O país
do faz de conta", de Marco Antonio
Villa; "Se ainda for possível", de Janio de Freitas), os últimos resquícios que eu ainda preservava sobre
o Brasil ser um país sério ou "do futuro", como querem alguns, se
foram definitivamente.
Não temos a quem apelar, haja
vista que os três Poderes da República estão corrompidos e seriam a
base de sustentação de qualquer
nação que se diga séria e democrática (governo do povo, pelo povo e
para o povo).
Nunca tivemos e nunca teremos
estadistas, mas apenas pequenos e
inúteis pseudossindicalistas, que
usufruíram da ignorância e do confinamento dos seus apaniguados
nos vastos currais eleitorais que
ainda pululam pelo país.
Só nos resta torcer para que a última frase de Janio de Freitas no
artigo não seja irreversível."
CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)
"O texto "A louvação da picaretagem", de Clóvis Rossi, é o retrato do
caos institucional em que vivemos.
Quem leu "O Príncipe", de Maquiavel, sabe bem que o caos surge na
falta das instituições de um Estado
soberano."
CASSIA MARIA FERREIRA (São Paulo, SP)
Lula e o sindicalismo
"Pelo que entendi, o presidente
Lula acha normal o trabalhador
contribuir compulsoriamente com
as centrais sindicais e deputados ligados a essas centrais cederem passagens, pagas pelos mesmos trabalhadores, para sindicalistas irem a
Brasília ou a outro lugar qualquer.
Parece que conheci outro Lula,
este que é presidente eu não sei
quem é."
FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)
Segurança pública
"Motivos não faltam para o aumento enorme da violência no Estado de São Paulo, mas o principal é
o sucateamento do organismo policial nos últimos governos tucanos,
especialmente no de José Serra.
A polícia paulista é a mais mal paga do país e está envelhecida e desmotivada. Os políticos fingem não
saber do problema. O Ministério
Público e o Judiciário o ignoram,
assim como faz a imprensa.
Enquanto isso, a sociedade fica
cada vez mais nas mãos da marginalidade. O descaso com a segurança
pública é um crime dos poderes
constituídos contra a sociedade.
Notícia recente revelou que, para
cada policial, existem três seguranças particulares no Estado. Não é
preciso dizer mais nada para atestar
a falência da segurança pública."
ANTONIO CLAUDIO SOARES BONSEGNO, delegado de
polícia aposentado, advogado e jornalista
(Santos, SP)
Metrô na virada
"Foi um verdadeiro absurdo o fechamento da estação República do
metrô justamente no final de semana da Virada Cultural em São Paulo.
O evento, que surgiu para estimular a ocupação do espaço urbano pelos cidadãos, oferece uma extensa e
excelente programação cultural em
vários locais do centro da cidade. O
metrô é a melhor opção de transporte para essa região. Houve informação pelos meios de comunicação
de massa? Somente no dia mesmo
do evento, quando muita gente já
estava na rua.
Foi um verdadeiro desrespeito à
população e a essa ótima iniciativa
que é a Virada Cultural. Mais uma
demonstração de incompetência
do poder público."
MARIA CECILIA MARKS (São Paulo, SP)
Ahmadinejad
"Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, gaba-se de enforcar
homossexuais, de perseguir cristãos e de exterminar os seguidores
da religião Bahá'í, além de promover o ódio a Israel, prometendo
"varrê-lo do mapa".
Convidá-lo ao Brasil não seria
uma insofismável demonstração ao
mundo de apoio moral a tais afrontas, brutais aos direitos humanos
bem como aos direitos de autodeterminação de judeus e árabes?
Como entender o incremento de
pífios US$ 3 bilhões no total do comércio do Brasil com Irã em troca
da desmoralização internacional da
nossa tradicional política externa
de tolerância e de defesa das liberdades democráticas, apanágio de
nosso país no concerto das nações?
O governo Lula deve explicações ao
povo brasileiro."
MARX GOLGHER (Belo Horizonte, MG)
"Antes de a comunidade judaica
protestar contra a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, por
que não protestar contra o novo governo israelense, pela atitude racista de não aceitar a criação de um Estado palestino, e contra os covardes
ataques de Israel em Gaza, que mataram muitos civis inocentes entre
eles mulheres, crianças e idosos.
No discurso em que o presidente
Ahmadinejad chamou Israel de racista, ele apenas disse o que muitos
líderes mundiais não têm coragem
de dizer.
Quanto aos demais países que
abandonaram a conferência em Genebra, penso que não passem de hipócritas, pois durante os ataques a
Gaza nenhum deles moveu um dedo sequer para interromper os
bombardeios.
Enquanto o novo governo de Israel continuar contra a criação de
um Estado palestino e contra a devolução dos territórios árabes ocupados, será muito difícil Israel ter
paz."
IAD IBRAHIM DAOUD (São Paulo, SP)
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