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PAINEL DO LEITOR
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Voo 447
"O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em mais uma declaração absurda, disse que "um país que pode
achar petróleo a 6.000 metros de
profundidade pode achar um avião
a 2.000 metros".
Não há relação entre encontrar petróleo em águas
profundas, processo feito por meio
de estudos geológicos e da medição
da gravidade do local, com a busca
por um avião perdido no fundo do
mar, que não pode ser encontrado
por esses métodos. As coisas não
são tão simples como Lula pensa."
FELIPE ZAIDAN (São Paulo, SP)
"O texto de Ruy Castro "Quatorze
minutos de eternidade" (Opinião, 3/6) é uma das melhores coisas que
a Folha publicou sobre o acidente
do avião da Air France. Mostra sensibilidade para com os passageiros,
suas famílias, seus amigos e até para com a própria natureza humana.
Ruy está preocupado com as pessoas, seus sonhos, o que fizeram ou
deixaram de fazer. Isso é muito
mais importante do que falha elétrica, despressurização ou faturamento das empresas de aviação."
ANTENOR BRAIDO (São Paulo, SP)
Terceiro mandato
"O que o presidente Lula tem que
fazer para satisfazer a Folha e a
oposição na questão do terceiro
mandato?
Ele já negou várias vezes,
e nessa última foi categórico: não
vai disputar a re-reeleição. Será que
querem uma carta, igual à que o
Serra assinou e não cumpriu algum
tempo atrás?"
FABIO JUNIOR DA COSTA (Curitiba, PR)
Cotas
"Quero parabenizar o jornalista
Elio Gaspari pelo artigo "As cotas
desmentiram as urucubacas" (Brasil, 3/6), que, com muito discernimento e propriedade, disse tudo sobre o conservadorismo que envolve
o assunto cotas.
Isso deveria servir
de argumento para que se adote
uma forma mais justa para se
preencherem vagas nas universidades públicas, que deve ser pela via
do sorteio de vaga entre todos os
candidatos que ainda não frequentaram outra faculdade pública."
CLÓVIS DEITOS (Campinas, SP)
Deficientes
"A secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de
São Paulo, Linamara Battistella
("Tendências/Debates", 1º/6), aborda as dificuldades do deficiente. Porém, como todos, não diz uma palavra sobre os deficientes mentais, como se eles não existissem. Será
porque não reclamam nem votam?
Um deficiente mental necessita
de assistência 24 horas, tem muito
mais despesas, não anda de táxi,
metrô ou ônibus e gera grande estresse à família. São Paulo é um dos
Estados que não o isentam do pagamento de ICMS para compra de
veículo, o que é essencial.
Como se
não bastasse, além de não receber
nenhum auxílio, precisa gastar
mais de R$ 2.000 para nomeação de
um tutor, mesmo que seja um dos
pais."
MOTOWI SANO (São Paulo, SP)
Roberto Carlos
"Sobre a nota publicada na coluna da Mônica Bergamo ("Cortadas do show do Rei", 2/6), eu também
não gostei dos cortes. Não gostei da
Marília Pêra como uma diva de ópera daquelas bem trágicas; só porque
o espetáculo era no Teatro Municipal não queria dizer que ela, que
não é cantora, precisasse estragar a
música do rei.
A Nana Caymmi e a Fernanda
Abreu também estavam completamente fora do contexto. Quem brilhou foi a Hebe Camargo, começando por aquele colar magnífico, depois a roupa, a música escolhida e
sua interpretação. Maravilha!"
MARIA GILKA BASTOS DA CUNHA (São Paulo, SP)
Escola pública
"Após ler os comentários dos leitores Ismael Nery Palhares Jr. e
Maria Izabel Azevedo Noronha
("Painel do Leitor", 3/6), me senti
impelido a comentar o artigo de Dimenstein ("Você seria professor da
escola pública?", 31/5). Eu não seria professor de escola pública, eu sou.
É claro que um melhor salário alegra qualquer assalariado, mas sabemos que isso permanece por um período pequeno, pois se passa a viver
num novo nível de consumo que geram novas necessidades ao "professor econômico" (tipo de homem
analisado pela ciência econômica,
como disse Delfim Netto na coluna
de 3/6). Mas as dificuldades, desrespeitos e falta de infraestrutura
permanecem e o desânimo volta ao
sentimento do professor.
Outro fator importante para melhorar a educação é os alunos, pelo
menos em sua maioria, procurarem
exercer seu direito a estudar e não
só a cobrar o professor. Pois o que
tenho visto muito é aluno que não
quer aprender, não professor que
não quer ensinar.
Mas, pra completar o argumento
do Dimenstein, se bom salário fizesse o bom professor, também faria bons políticos, e não é exatamente isso que temos visto."
WALTER DE MORAIS JR. (São Bernardo do Campo,
SP)
Copa
"Em relação à reportagem "Candidatas usam maquiagem verde",
(Esporte, 29/5), o governo do Pará
informa que, desde 2007, está firmemente empenhado em ações para deter o desmatamento no Estado, ao contrário do que insinua o
texto. O resultado é demonstrado
pelos números do Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia, por meio do Sistema de Alerta
de Desmatamento.
Sem prejuízo a outros índices, o
instituto mediu o desmatamento
na Amazônia de agosto de 2008 a
abril de 2009 em 927 km2, com redução de 76% em relação ao mesmo período do ano anterior quando, à época, marcou cerca de 3.860
km2 de área desflorestada. No mesmo período, o Pará reduziu o desmatamento em 71%, índice absolutamente positivo quando se entende o Pará como o Estado de maior
remanescente florestal exposto à
pressão exploratória.
Os números refletem não apenas
os esforços de ações de comando e
controle, executadas em parceria
com o Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), como também a política de indução do desenvolvimento de uma
economia florestal assentada em
bases legais sustentáveis."
PAULO ROBERTO FERREIRA, secretário de Estado
de Comunicação (Belém, PA)
Datafolha
"A leitora Margarete T. Matsubara ("Painel do Leitor", 2/6) ataca
Paulo Maluf com mentiras das
quais o ex-prefeito de São Paulo não
pode se defender. Não há uma prova sequer dos crimes de que falsamente Paulo Maluf é acusado.
Os aplausos para Maluf em Campos do
Jordão, de que fala a leitora em sua
carta, são exemplos da leviandade
desses ataques injustos."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de
Paulo Maluf (São Paulo, SP)
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