São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Itamar
Itamar Franco é merecedor de muitos e muitos elogios que a mídia registra, inclusive resgatando-lhe a paternidade do Plano Real. Mas a morte tem a capacidade da indulgência.
O morto, principalmente quando se trata de figura pública, galga o patamar da intocabilidade. Os elogios se misturam à ficção, pois são sacados os mais diversos argumentos que servirão, com certeza, de salvo-conduto para o céu.
RICARDO MELLO (Goiânia, GO)

 

Itamar Franco promoveu a estabilidade econômica no Brasil após tantos planos fracassados empreendidos por governos anteriores. No seu governo nasceu o real, uma moeda forte com um plano definitivo para pôr fim ao maior inimigo que o país já tivera: a inflação galopante de dois dígitos por dia.
Junto com Itamar será enterrado o perfil de político desejado por milhões de brasileiros. Determinado, com experiência administrativa, debatedor respeitado pela capacidade de argumentação, correto, honesto, independente, ousado (pois seu passado falava pelo presente). Características raras hoje em dia.
Além disso, ele ressuscitou o Fusca, um carro popular que poderia ser adquirido pela classe média e que havia deixado de ser produzido no Brasil.
ALCIR ANTONIO CHIARI (Londrina, PR)

Desmatamento
Fiquei estarrecida e chocada com a fotografia da área desmatada na Amazônia com uso de produtos químicos (Primeira Página, 1º/7). A imagem mostra a imensidão do crime ambiental praticado. Quantas espécies, muitas em extinção, estão morrendo cruelmente envenenadas? Tal barbaridade tem, infelizmente, a complacência das autoridades, que não agem preventivamente, e o apoio irrestrito do Legislativo.
A irresponsabilidade e a ganância dos desmatadores têm uma madrinha fiel: a certeza da impunidade. É urgente a mudança de mentalidade do povo brasileiro -que ainda não tem a noção do tamanho da tragédia ambiental que anda ocorrendo diariamente em nossas florestas.
ANAMARIA BERNARDI (Belo Horizonte, MG)

Hackers
O texto "Hackers e outros no espaço democrático", de Tarso Genro ("Tendências/Debates", ontem), defronta-se com um aspecto de fundamental importância para qualquer entidade ou instituição. A sociedade civil só deixará de estar em conflito com a "sociedade política" atual quando ela notar que, genuinamente, a conduta ética de governos e legisladores seja, de fato, uma bandeira de atitudes de respeito à sociedade, por mais complexos e diferenciados que sejam os meios de articulação.
ROMUALDO TISEO (São Paulo, SP)

Palocci
Ninguém mais fala do ex-ministro Antonio Palocci. Sozinho, ele faturou R$ 20 milhões em 2010, foi demitido e ninguém explica como ele ganhou esse dinheiro. Palocci é um gênio.
LUIZ CARLOS FERRAZ BOTTINI (São Paulo, SP)

Financiamentos
É um absurdo a facilidade com que empresários poderosos conseguem financiamentos a juros baixos junto ao BNDES. É uma influência inexplicável para o povo brasileiro.
As pessoas comuns, quando precisam de empréstimos para realizar seus legítimos sonhos (bens de consumo, carro, casa própria, reforma etc.) recorrem aos bancos privados e pagam muito caro por eles. Isto não me parece justo!
SUELY REZENDE PENHA (Campinas, SP)

 

A tão badalada fusão entre o Pão de Açúcar (de Abilio Diniz) e o Carrefour pode levar R$ 4 bilhões; o eventual estaleiro de Eike Batista, mais R$ 2,7 bilhões.
Total: R$ 6,7 bilhões para dois dos mais bem-sucedidos empresários do mundo.
Como seria bom se esse dinheiro fosse empregado para tirar milhares de brasileiros do comércio informal.
Quanta gente poderia viver com dignidade se o governo realmente se preocupasse em investir em quem está lutando para começar algo por conta própria?
Quantos empregos, diretos e indiretos, poderiam ser gerados com uma fortuna dessas distribuída por esse "continente" brasileiro de tanta miséria e tanto desemprego?
ROBERTO JANUÁRIO (Campo Limpo Paulista, SP)

Strauss-Kahn
Se ficar efetivamente provado que a suposta vítima de assédio mentiu e Strauss-Kahn for, de fato, inocente, a pergunta é: como se repara o estrago feito à sua imagem por essa agora provável caluniadora?
Que pena seria adequada para que ela arcasse devidamente com as consequências por ter destruído a imagem pública, a carreira e, talvez, a família do ex-diretor-geral do FMI e potencial candidato à Presidência da França? Indenização financeira? Prisão perpétua?
Como compensar o mal que lhe fez esta mulher se Strauss-Kahn tiver sido a verdadeira vítima, e não o algoz?
JOÃO MANUEL CARVALHO MAIO (São José dos Campos, SP)

Trânsito
Verifica-se no tráfego de grandes cidades como, por exemplo, Salvador que, mesmo fora do horário de pico, é impossível transitar tranquilamente.
Um dos motivos de tamanha falta de respeito com o cidadão é o número exagerado de veículos que rodam pela cidade sem nenhuma condição, em estado de calamidade.
ANTONINA MACHADO (Salvador, BA)

Aeroporto
O caso do polonês Robert Wladyslaw Parzelski -que, sem dinheiro, ficou 15 dias em Cumbica e contou com a ajuda dos faxineiros do aeroporto (Cotidiano, 3/7)- deixa patente duas constatações: a alta "especialização" das autoridades para não fazer nada e a solidariedade dos mais humildes com quem passa por necessidades. Aproveito para elogiar a Folha, que fez jornalismo de primeira qualidade ao noticiar este caso.
LUIS CARLOS AMARAL KFOURI (São Paulo, SP)

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