São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Eleições "Com referência à reportagem "Paulo Maluf e João Paulo Cunha têm candidaturas à Câmara impugnadas" (Brasil, 3/8), esclareço: 1) 46% das candidaturas registradas em São Paulo sofreram algum tipo de impugnação pela Procuradoria Regional Eleitoral. Estranhamente a Folha deu destaque ao meu caso. Alguma perseguição? 2) A bem da verdade, informo aos leitores deste jornal que não existe base legal para sustentar um pedido de impugnação de minha candidatura, visto que a dívida decorrente de multas eleitorais está sendo honrada mensalmente. 3) Estou absolutamente em dia com a Justiça Eleitoral. Considero esse episódio mais um elemento da disputa política nacional que tem contaminado a cobertura jornalística do país." JOÃO PAULO CUNHA, deputado federal (Brasília, DF) Resposta do jornalista Rubens Valente - No PT paulista, partido do missivista, de 56 candidatos, 15 -ou 26%- estão com suas candidaturas impugnadas, e nenhum deles é ou foi parlamentar federal. A reportagem também destacou o caso de Paulo Maluf (PP-SP). Foto "Achei realmente chocante a foto publicada na capa do jornal de ontem, em que um pai libanês segurava seu filho morto por causa dos ataques. Em situações como essa, pergunto: onde será que o mundo vai parar?" ANA PAULA SILVA (Campinas, SP) Constituinte "Devemos ficar muito atentos aos passos do governo, nesse processo atual de corrupção generalizada. Uma constituinte agora seria mera cortina de fumaça, de forma a salvar mandatos petistas ou a eleger mensaleiros na surdina." UBIRATÃ CALDEIRA (São Bernardo do Campo, SP)   "Eu serei a favor de convocar uma Assembléia Constituinte para a realização de uma reforma não só no sistema político como também no Judiciário, desde que não seja realizada durante um mandato petista. Pois, se assim for, corremos o risco de que nossa Constituição seja declarada letra morta e que passemos a viver debaixo de um regime totalitário." MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP) Reeleição "É inaceitável que, enquanto o país clama por um Legislativo verdadeiramente representativo, venha um senador do PSDB propor uma alteração medíocre: a extinção da reeleição, que seu próprio partido criou e usufruiu e que premia os bons governantes em detrimento dos maus. Somente nos currais eleitorais do Nordeste para tal desfaçatez passar impunemente. O presidente tem razão! Constituinte e voto distrital já!" JOSÉ F. SOUZA (São Paulo, SP) Educação "O ex-ministro Eduardo Portella afirma que o Brasil não tem dado prioridade à educação ("Tendências/Debates", 2/8). Mas, sabendo que lideramos o analfabetismo na América Latina, com índices de reprovação escolar iguais aos dos países africanos, temos 52% dos alunos da 5ª série das escolas públicas completamente analfabetos e 74% da população entre 15 e 64 anos com dificuldades de leitura e escrita, concluímos que o Brasil tem dado prioridade ao analfabetismo." ERGÓGIRO DANTAS (Rio de Janeiro, RJ) Na Argentina "Com tristeza tomamos conhecimento de que, mesmo diante da crueldade da violência sexual, e ainda contra uma pessoa deficiente, as autoridades argentinas se negaram a garantir a decisão da família de interromper a gravidez resultante (Mundo, 3/8). Esse direito, na Argentina, já está garantido por lei e felizmente as autoridades concluíram que não haverá mais necessidade de autorização judicial, prevenindo que ocorram outros casos como esse. Lá, como na maioria dos países latinos, o desafio continua: nos casos de aborto garantidos por lei, sensibilizar e convencer o setor de saúde à garantir o atendimento, e nos outros casos, apoiar a descriminalização e seu atendimento." REGINA SOARES JURKEWICZ, coordenadora da Rede Latino Americana de Católicas por el Derecho a Decidir (São Paulo, SP) Transgênicos "Com relação às informações sobre a presença de resíduo de glifosato na soja geneticamente modificada citadas na reportagem "Consuma com moderação" (Equilíbrio, 2/8) a Monsanto, empresa que desenvolveu a tecnologia Roundup Ready (RR) na soja, que confere tolerância a herbicidas à base de glifosato, esclarece que a substância se degrada naturalmente no solo após ser aplicada, evitando, inclusive, a contaminação de lençóis freáticos. O glifosato, princípio ativo do herbicida Roundup Ready, único produto permitido para aplicação na soja RR, e base da família Roundup, da Monsanto, apresenta baixa toxicidade ao ser humano, comprovada por testes toxicológicos conduzidos com o produto em todo o mundo. Segundo o registro aprovado pelo Ministério da Agricultura), o limite máximo de resíduos estabelecido é de 10,0 ppm (10 mg/kg) para a utilização do glifosato na soja transgênica (uso em pós-emergência). Vale ressaltar que o limite estabelecido pelo Codex Alimentarius/FAO e pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) é de 20,0 ppm. Ou seja, o limite permitido no Brasil é significativamente menor do que nos EUA, onde a soja transgênica é plantada desde 1996. Outro fator que descarta a presença de resíduos de glifosato na soja é a recomendação técnica para que a última dose do herbicida seja aplicada até 56 dias antes da colheita, tempo suficiente para que ele se degrade naturalmente. Nos EUA e em outros países onde possui registro devido, o Roundup tem uso permitido para jardinagem doméstica, tamanhas suas condições de segurança. O produto é o único utilizado na reserva ecológica de Galápagos e para controle de plantas daninhas em patrimônios da humanidade como Pompéia, na Itália." LÚCIO MOCSÁNYI, diretor de Comunicação da Monsanto do Brasil (São Paulo, SP)   "Estranhei as declarações do prof. Paterniani (Dinheiro, 3/8) de que, se a CTNBio não liberar logo o milho Bt, ele entraria no país por contrabando e haveria posterior medida provisória para liberá-lo. A mesma ameaça foi feita pelo ministro da Agricultura, um dia antes, no mesmo caderno Dinheiro. É lamentável, mas não é por meio da chantagem que se faz biossegurança." MILTON KRIEGER (Piracicaba, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Esquizofrenia na educação e cultura Próximo Texto: Erramos Índice

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