São Paulo, terça-feira, 04 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Urbanismo
"Gostei muito da entrevista com o escritor Marshall Berman no caderno Mais! de domingo ("O urbanista das multidões"). E chamou a minha atenção o fato de ele ser contrário à proibição dos outdoors e painéis, como ocorreu na cidade de São Paulo. E ele explica: "Os grandes cartazes gigantes, e a publicidade do século 20, criaram uma atmosfera de "pop art", que, em muitas partes do mundo, é magnífica".
Com efeito, na Times Square, em Nova York, por exemplo, ninguém reclama da poluição visual. Lá, enormes telões e painéis publicitários disputam a atenção das pessoas, com muita criatividade e explosões de cores, quase transformado a noite em dia. E tudo de uma maneira que não polui, mas encanta, e que se completa harmoniosamente com a alma da cidade. Marshall Berman deixa a sua marca tatuada a ferro e fogo no coração de muitos críticos culturais.
E, com diversos exemplos, demonstra que as cidades precisam dessa "cacofonia modernista". Precisam desses espaços, que se parecem a shoppings centers a céu aberto -e assim se tornam mais acessíveis e democráticos." AURÉLIO NUNEZ ROLAN
microempresário (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de manifestar minha discordância em relação à opinião do urbanista Marshall Berman sobre Brasília.
O projeto urbanístico de Lúcio Costa, que previu a construção da rodoviária -por onde passam milhares de trabalhadores de todas as áreas da capital- no centro de Brasília, a poucos quilômetros da praça dos Três Poderes, é um exemplo de interação do povo com o poder. Os problemas da segregação das cidades satélites em relação à capital federal não são fruto do projeto urbanístico, mas, sim, do crescimento desordenado que afeta todas as grandes cidades, inclusive a cidade de Nova York, tão festejada pelo urbanista.
O Plano Piloto é um exemplo de zona urbana arejada e livre das aglomerações que afligem as grandes metrópoles brasileiras e mundiais.
Marshall Berman acerta em um ponto: a oferta de transporte público deveria ser melhor. Brasília carece hoje de uma malha de metrô satisfatória para poder dar mais um passo rumo a sua ontológica modernidade."
PEDRO VALADARES
(Brasília, DF)

Gripe
"Não entendo muito bem a posição do Ministério da Saúde em restringir o uso da medicação para gripe suína no Brasil. Todo antibiótico tem potencial para selecionar micro-organismos resistentes. Nem por isso se deve deixar de utilizá-lo quando há indicação universal para o uso. Sacralizar o uso do remédio, com esse argumento, não parece correto.
Penso que sermos impedidos de adquirir o remédio nas farmácias, quando prescrito por médico, seja, isso, sim, uma restrição séria aos direitos civis do brasileiro."
FRANCISCO OLIVEIRA
(São Paulo, SP)

Senado
"Estou ansioso para ver os próximos escândalos do Senado. Vamos ver até onde a paciência do povo irá suportar tamanha falta de respeito, corrupção, falta de vergonha e a enorme cara de pau de nossos políticos.
É um absurdo que se deixe de investir em saúde e em educação com a alegação de que não há recursos e tenhamos que sustentar senadores e deputados incompetentes."
CLAUDIO J. BERTOLI
(Curitiba, PR)

Pré-sal
"Na minha modesta opinião, é totalmente incompreensível entregar reservas de petróleo do pré-sal que valem seguramente centenas de bilhões de dólares e pertencem ao povo brasileiro a alguns empresários que se disponham a oferecer alguns milhões de dólares.
Nenhuma empresa tem capacidade para pagar o justo valor dessas reservas nem porte para explorá-las. A única forma aceitável de exploração seria o governo manter a posse das reservas e contratar empresas, incluindo a Petrobras, para realizar serviços por empreitada. Assim todos ganham o valor justo. Nos contratos de risco, uns poucos vão ganhar fortunas elevadas e outros podem perder.
Se o governo optar por concessões de blocos, é necessário observar alguns pontos nas concorrências, como dividir os lotes em tamanhos adequados, para que os concorrentes tenham capital para pagar o preço justo, impor um limite que cada empresa pode arrematar e não permitir que uma empresa arremate mais de um lote."
KEIDI UJIKAWA
(Araraquara, SP)

Quadrinhos
"A Folha provavelmente nunca fez uma pesquisa sobre a satisfação dos quadrinhos de seus cadernos. Caso tenha feito, provavelmente não usou os dados para cancelar praticamente todos eles.
Exceto os quadrinhos do Garfield e do Hagar na Ilustrada e aquele das quintas-feiras no Equilíbrio, os demais são tão ruins que provavelmente nem o revisor os lê. Quando são inteligíveis, raramente têm graça. Os quadrinhos da Folhinha e do Folhateen têm tanto texto que são poucos os pacientes que os leem. Muitos quadrinhos da Ilustrada têm também conotação pornográfica, o que não deveria aparecer em um jornal respeitável como esta Folha."
JOÃO BATISTA FERNANDES
(São Carlos, SP)

Psicóloga
"Autoritária e demagógica a decisão dos conselhos de Psicologia contra a terapeuta que declarou curar a homossexualidade.
O conceito de cura em psicanálise é mais amplo e complexo do que o sentido dicionarizado da palavra.
Se tudo correr nesse diapasão, daqui a pouco teremos cirurgião censurado por fazer "correção" de nariz, barriga ou pele enrugada. Afinal, velhice, gordura ou nariz grande não são doenças. A adoção cirúrgica de outra genitália não seria depreciativa em relação ao outro sexo? O respeito à opção sexual de cada um é tão importante quanto o respeito à opção de alguém que decide elaborar sua identidade sexual com o devido apoio de profissional qualificado. Trata-se de assunto particular.
A decisão desses conselhos é contraditória e reforça preconceitos quando diz que pretende combatê-los."
PATRÍCIA PORTO DA SILVA
(Rio de Janeiro, RJ)

Clínica
"Em relação à reportagem "Funcionário de clínica para recuperar viciado é acusado de tráfico" (Cotidiano, 1º/8), a clínica Maia, instituição respeitada, com 40 anos de tradição no tratamento de dependência química e transtornos mentais, esclarece que foi a própria clinica que, ao suspeitar do funcionário, acionou as autoridades policiais competentes que atuaram na sua prisão.
Esse fato comprova a ética moral da clínica Maia, que agiu dentro das leis brasileiras para preservar seus pacientes."
PATRICIA DE MELLO REINGRUBER , gerente de marketing da clínica Maia (Taboão da Serra, SP)

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