São Paulo, sábado, 04 de setembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Sigilo e eleições
A Folha está assegurando ao episódio da quebra ilegal de sigilo uma cobertura compatível com a gravidade do crime cometido.
Precisamos saber quem se julga acima da lei para falsificar documentos e atentar contra os direitos individuais dos cidadãos.
Este crime atinge a todos e põe em risco o processo de consolidação e aprimoramento da democracia.
Exigimos a apuração rigorosa deste crime e a punição exemplar dos culpados.
MARIA CRISTINA BAHIA VIDIGAL (Belo Horizonte, MG)

 

Chega a ser cômica a alegação do PSDB ao querer dar, antes de qualquer investigação, conotação política à violação do sigilo de renda de seus pares.
Em princípio, é um caso de polícia e, como tal, deve ser apurado. Pelo que se tem noticiado, há realmente um "balcão de negócios", que tem negociado e "servido à la carte". Pelo que se depreende, há milhares de contribuintes envolvidos. Os corruptos e corruptores devem ser exemplarmente punidos.
Mas por que o adversário -no caso, o PT- violaria os sigilos dos inexpressivos Eduardo Jorge e Veronica Serra? Ainda mais se os acessos datam de 2009, quando ainda não haviam sido definidos os candidatos dos partidos.
LUIZ HERCULANO DA SILVA (Marília, SP)

 

Frei Betto acaricia a nossa alma democrática com seu texto suave e verdadeiro ("Qualquer semelhança não é coincidência", "Tendências/Debates", 2/9).
Tenhamos o seu equilíbrio para eleger o candidato mais sério e mais apto a governar o nosso país. Um gigante, mas ainda com pés de barro.
MARIA JULIA MARTINS (Campinas, SP)

 

Nos tempos da ditadura militar, o Executivo tinha o poder de violar sigilos e a privacidade de qualquer cidadão. Havia um partido da "maioria", a Arena, da qual faziam parte Sarney, Collor e as oligarquias do Nordeste, assim como a Fiesp, entre outros.
Hoje, os sigilos e a privacidade dos brasileiros estão na ponta dos dedos de sindicalistas ligados ao Executivo, de forma claramente pelega. Não há apenas um partido da "maioria", mas uma coligação liderada pelo PT.
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

 

Enquanto os nossos dados fiscais são negociados em praça pública, vemos, no horário reservado aos políticos para apresentação de propostas, uma tribuna para tentar impugnar a candidatura de Dilma Rousseff, gerando o tão sonhado fato político.
Se em janeiro Serra já sabia da hipótese de violação do sigilo de sua filha, por que não veio a público dar uma declaração indicando quais medidas tomaria?
Será que à época não era conveniente criar um fato político?
ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)

 

Concordo plenamente com o que escreveu Contardo Calligaris em sua coluna de quinta-feira ("Esterilidade das eleições").
Enquanto não formos tratados como cidadãos adultos, não cresceremos no processo político-social. Candidatos dizem o que queremos ouvir, sem se comprometer com nada do que dizem. Fazem os candidatos sérios se sentirem ridículos.
E isso parece não ser fato isolado: a TV nos trata como crianças de nível mental médio de 11 anos (lembro do episódio do Homer Simpson, a quem fomos comparados por um apresentador de TV...); a propaganda e o marketing querem nos iludir, vendendo produtos como sendo sonhos; e vamos vivendo acreditando em promessas falsas de prosperidade.
Ouvir os candidatos, selecioná-los e descobrir que intenções têm ainda é o melhor caminho neste momento mais importante da democracia: as eleições.
MÁRCIA DA COSTA NUNES NETO (Campinas, SP)

Chico Xavier
Sou espírita e compartilho da análise do crítico Alexandre Agabiti Fernandez ao filme "Nosso Lar" (Ilustrada, ontem)". Penso de forma diferente apenas na opinião de que o Umbral apresentado no filme seja um clichê dos filmes de horror, pois é bem o contrário: os filmes de horror são clichês dos pesadelos deformados do homem quando vislumbra as consequências de suas escolhas.
Artigo de fé ou não, esse é o posicionamento espírita, e está impresso na película, passível de crítica, é claro.
AGUINALDO GABARRÃO (São Paulo, SP)

Arena do Palmeiras
Em relação à frase de Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras, na seção "Dividida" (Esporte) de ontem ("O licenciamento vai sair. Ou vai ser na lei ou vai ser na marra"), informo que o lema desta secretaria nos seus licenciamentos é: transparência, rigor e rapidez. Nesta ordem.
O licenciamento da Arena Palmeiras, pelo Relatório de Impacto de Vizinhança (Rivi), iniciou-se na Secretaria Municipal de Habitação. Na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, chegou em 16/6/ 2010. Em 24/8, foram pedidas complementações, como destinação do entulho da obra, movimentação de terra e medidas antienchentes, poluição do ar e ruído.
Portanto, o Rivi não foi rejeitado. A SVMA tem mantido reuniões com os responsáveis e em momento nenhum eles afirmaram serem "absurdos" os esclarecimentos pedidos.
Após nosso parecer, o processo retornará para a Sehab, que emitirá o alvará de execução, obrigatório para o início das obras.
O professor Belluzzo, usando linguagem de chefe de torcida, afirma que o licenciamento sairá na "lei ou na marra". Tranquilizo a população de São Paulo garantindo que só sairá se cumprir a lei.
EDUARDO JORGE , secretário do Verde e do Meio Ambiente (São Paulo, SP)

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