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PAINEL DO LEITOR
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Mensalão do DEM
"O governador José Roberto Arruda tem toda razão quando diz que
confia na Justiça, afinal, nesses
mais de 500 anos de história do
Brasil, não conheço um único político preso ou punido por corrupção.
Cada vez mais os partidos estão
se transformando em quadrilhas
organizadas para saquear o país."
MARCIO BARBIERI (Campinas, SP)
"O PT propõe impeachment contra o governador Arruda. Mas não
seria mais apropriado processá-lo
por plágio?"
JOSÉ CARLOS TEIXEIRA DA SILVA (São Paulo, SP)
"Por onde andam os arautos da
moral e da ética dessa nossa oposição nanica que não se manifestam
em relação ao caso Arruda e à metástase de corrupção, gatunagem e
pilantragem que tomou conta do
governo do DF?
Esse é o modelo de PSDB, DEM e
PPS de choque de gestão dos recursos públicos. Dinheiro na cueca, na
meia, no paletó, com direito a oração da corrupção.
Fariseus críticos da ética do governo Lula, esses senhores representam uma oposição cínica, amoral, com projetos de uma sociedade
eternamente excludente e elitista.
Lembrando que o senhor Arruda
chegou a ser cotado para ser o vice
de Serra em 2010."
FELÍCIO LIMEIRA DE FRANÇA FILHO (Campinas, SP)
Valores esquecidos
"Minha filha de 8 anos me surpreendeu com a seguinte pergunta:
"Por que a Folha não faz um suplemento de religião, semanal ou
quinzenal?". Respondi-lhe que a
ideia era ótima.
E pergunto então à Folha: por
que não fazer esse suplemento?
Serviria para os inúmeros leitores
terem acesso a valores humanos esquecidos por nossos governantes.
Precisamos das informações sobre desvios, corrupção e violência,
mas também precisamos preparar
a espiritualidade do nosso povo para não mais sermos coniventes com
os "mensalões".
Eis a sugestão da minha Vittória
e de seu pai, que querem um Brasil
menos corrupto e mais saudável."
MÁRCIO ADRIANO LIEGGIO PUCCI (Araguari, MG)
Benjamin
"É vergonhoso o papel a que esta
Folha tem se prestado.
Valer-se de uma "análise" para publicar gravíssimas acusações contra
quem quer que seja, como se estivesse "apenas" praticando o melhor
dos jornalismos, é covardia e falta
de profissionalismo.
Será que ninguém questionou:
"Esta é uma séria acusação. Temos
de ouvir o outro lado!'? E, quatro
dias depois, após infindáveis criticas, pauta uma reportagem desmentindo a acusação que tomou como verdadeira ao escolher não ouvir o acusado.
Não há reportagem ou espaço
que redima o jornal de um achincalhe como o patrocinado pela "análise" de César Benjamin.
Eu, sim, posso falar: essa acusação imputada a Lula é, no mínimo,
leviana. Fiquei os 31 dias preso ao
seu lado e nunca aconteceu nada do
que o "analista" o acusou.
Pergunto: alguém foi punido por
adotar essa conduta vexatória? Ou a
punição resume-se ao comentário
do ombudsman, segundo o qual não
se deve "emitir juízo de valor sobre
textos opinativos", e a uma reportagem na edição de 1º/12?"
DEVANIR RIBEIRO, deputado federal -PT-SP
(Brasília, DF)
"O escândalo de Brasília é fichinha perto do alerta de César Benjamim na Folha de 2/12 sobre o endeusamento de Lula ("Por que agora?", Brasil).
Estamos diante de um soturno
processo de lavagem cerebral coletiva para submeter a população a
uma versão adocicada da alienação
dos tempos do "Brasil, ame-o ou
deixe-o". Agora é "Lula, ame-o ou
deixe-o".
E, como no "arrudagate", tudo patrocinado com dinheiro público."
ALVARO ABRANTES CERQUEIRA (Muriaé, MG)
Educação infantil
"É inacreditável que burocratas
do MEC determinem quem pode e
quem não pode estudar neste país
("MEC limita idade para aluno entrar no 1º ano" (Cotidiano, ontem).
Estão afirmando que, neste país,
estudar não é necessário. Também
limitam a entrada no ensino básico
infantil com 4 anos, ou seja, milhares de crianças continuarão a "entupir" as creches, sejam privadas, sejam públicas, que nada ensinam.
São simplesmente um verdadeiro
"depósito de crianças".
Que diferença há entre uma
criança que completou seis anos
em janeiro e outra que o fez em
março? A mais nova não tem capacidade para acompanhar a mais velha? Isso o MEC não pode determinar. No afã de criar mais uma lei esdrúxula", regulamentando uma mera determinação, o MEC engessa e
politiza ainda mais o assunto."
JEFERSON PEREIRA SANCHES FURTADO
(São Paulo, SP)
Universidade
"Quase chorei diante do "desinteressado altruísmo" do senhor Ellis
Brown ("Universidade privada e ascensão social", ontem), tão devotado com a causa do estudante sem
universidade.
Entretanto, antes que eu decida
ir ao Vaticano para requerer a sua
canonização, questiono-me sobre o
mérito de distribuir, a preço de banana, canudos em massa para uma
choldra de pseudograduados às expensas de um salário de fome para
os docentes."
RONALDO RIBEIRO (São Bernardo do Campo, SP)
"Em relação ao artigo "Universidade privada e ascensão social", gostaria de dizer que o ensino superior
privado é o acesso à universidade
para pessoas de diferentes classes
sociais, diferentemente do que
ocorre na universidade pública, que
costuma somente receber jovens da
classe alta.
Os princípios de uma instituição
particular devem ser os mesmos
dos da pública, permeando as expectativas de um público que anseia, quase em sua totalidade, conquistar um lugar no mercado de trabalho ou readequar-se à dura concorrência desse mesmo cenário
competitivo.
A universidade privada trouxe esperança àqueles que, de alguma forma, estavam sendo rechaçados pelo
topo da pirâmide e oportunidade de
requalificação a profissionais que
estavam estagnados ou que queriam crescer no mercado."
CARLOS EDUARDO VERCELINO, professor, mestre
em engenharia da computação pelo IPT/USP
(São Paulo, SP)
Discordância
"Uma coisa é a discordância no
plano das ideias; outra é a desqualificação pura e simples do autor.
A leitora Cláudia Ribeiro Teixeira, em carta publicada neste "Painel
do Leitor" em 2/12, sobre o colunista Luiz Felipe Pondé, peca não por
discordar das afirmações do colunista, muitas vezes com humor
cáustico e sincero, mas por exigir da
Folha que o cale.
É assustador, em pleno século 21,
ainda lermos textos -e principalmente subtextos- a favor da censura. O mérito da Folha, mesmo
que às vezes possa nos irritar -como no caso do polêmico artigo de
César Benjamim, que, tudo leva a
crer, foi uma confusão entre uma
piada de mau gosto e o relato de um
fato-, é exatamente o de garantir o
contraditório e deixar que o leitor
tire as suas conclusões."
MARTIN CEZAR FEIJÓ, professor universitário da
Faap e do Mackenzie (São Paulo, SP)
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