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TRÊS FRACASSOS
A pesquisa do Datafolha que avalia
o desempenho dos prefeitos de 11 capitais, após pouco menos de um ano
de gestão, revela três estrepitosos
fracassos: o de Celso Pitta (PPB), em
São Paulo, o de Luiz Paulo Conde
(PFL), no Rio de Janeiro, e o de Ângela Amin (PPB), em Florianópolis.
Não deve ser coincidência o fato de
que são três políticos sem luz própria
alguma, que se elegeram graças ou
ao sobrenome (caso de Ângela Amin,
mulher do senador Esperidião Amin)
ou a padrinhos políticos que abusaram do marketing político (César
Maia e Paulo Maluf).
São os três últimos colocados e os
únicos com nota abaixo do cinco que
seria o necessário para sua aprovação, ainda que sem brilho algum.
De alguma forma, é possível dizer
que "factóides", para usar a expressão criada por César Maia durante
sua gestão no Rio, funcionam uma
só vez e apenas para seus criadores,
não para suas criaturas.
Ainda mais que, para eleger Pitta e
Conde, tanto César Maia como Maluf
gastaram o que tinham e até o que
não tinham, deixando seus sucessores como pouco mais do que gerentes de uma massa falida.
É lamentável, de todo modo, que o
marketing em que se especializaram
Maluf e César Maia tenha tido sobrevida suficiente para que elegessem
seus apadrinhados. Os grandes mestres em vender candidatos como se
fossem sabonetes tiveram êxito, mas
seus "produtos" parecem ter perdido rapidamente o prazo de validade
aos olhos do eleitor.
Tanto é assim que, de 56% dos paulistanos que esperavam de Pitta uma
gestão "ótima/boa", restam, um
ano depois, 13% que com essa nota
avaliam a sua administração.
No Rio, deu-se fenômeno muito parecido, ainda que a queda de Conde
tenha sido menos estrepitosa.
Em todos os três casos, há tempo
para uma recuperação, já que têm
três anos ainda de gestão. Mas a margem para tanto, conhecido o endividamento de suas prefeituras, é reduzida, para dizer o mínimo.
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