São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Progressão continuada
A Folha aborda um tema de alta relevância no artigo "Implantação do sistema de ciclos pulou etapas" e na reportagem "Alckmin muda progressão continuada" (Cotidiano, ontem). Ambos trazem importantes informações para que o leitor reflita e pondere a respeito da progressão continuada adotada na rede de ensino paulista. Observamos apenas que não há nenhum projeto definido, como informa a reportagem. Essa questão ainda é objeto de estudo e deve ser discutida com todo o magistério paulista.
MAURÍCIO TUFFANI, assessor de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (São Paulo, SP)

 

A discussão sobre a progressão continuada com foco na modificação dos ciclos foge ao cerne da questão. Durante dez anos como professora, nunca reprovei nenhum aluno por ideologia, porém há 12 anos não os reprovo por obrigação.
Obrigar profissionais formados a aderirem a um modelo financeiro/econômico revestido de teorias pedagógicas foi o grande erro.
Gostaria que o senhor governador ou outra autoridade permanecesse durante um ano ministrando aulas para 40 adolescentes que têm a certeza de que, de qualquer maneira, não serão reprovados.
A escola está na contramão da sociedade, que avalia, seleciona, pune e frustra. Os superprotegidos pelo sistema se mostram incapazes de lidar com a vida adulta e têm o aval de professores de gabinetes, que nunca pisaram em uma sala de aula.
O modelo da utopia impera.
VALÉRIA DA FONSECA CASTREQUINI, professora-doutora (Ribeirão Preto, SP)

 

O pai de Jéssica, a garota do artigo "A voz das ruas", de Milú Villela ("Tendências/Debates", ontem), trabalha como soldador, frequentou os quatro anos de ensino fundamental e ganha três salários mínimos, algo em torno de R$ 1.500, enquanto o professor da garota possui nível superior, é obrigado a passar por avaliações anuais (e ter bom desempenho nestas) e recebe, em média, R$ 1.250 no Estado mais rico da Federação.
O novo governador pensa em modificar o sistema de progressão continuada, aumentando as oportunidades para a reprovação. O único problema é que, quando um aluno é reprovado, naquela unidade escolar todos os profissionais envolvidos com a educação perdem o famoso bônus por desempenho de metas.
Deu para entender por que Jéssica chegou ao fim do ensino médio sem condições de ingressar em uma universidade pública?
ALDO CARDENAS ALONSO (Nhandeara, SP)

Aeroportos
Muito boa a ideia dos terminais provisórios nos aeroportos do país ("Infraero quer terminal provisório em aeroportos", Poder, ontem).
Isso me lembra o aeroporto de Heathrow, em Londres, que era um aeroporto militar improvisado durante a Segunda Guerra. Tinha pistas muito longas, torres, hangares e mínima instalação para passageiros.
Ao final da guerra, os ingleses resolveram adaptá-lo para uso civil. Como havia pouco tempo para fazer as modificações, decidiram fazer instalações provisórias. Ampliaram os hangares e os transformaram em terminais de passageiros, com a intenção de fazer estruturas definitivas mais tarde. Com a evolução da aviação e a chegada dos aviões a jato na aviação comercial, o provisório precisou ser readaptado, e as readaptações foram muitas e continuadas.
Chegaram à conclusão de que os aeroportos continuariam evoluindo e mudando, de modos que não eram previsíveis de imediato. Optaram então por manter a solução provisória/adaptável.
Isso resultou num dos aeroportos mais eficazes da era moderna.
JACK RAFAL CHMIELEWSKI (Cubatão, SP)

 

Mas o PSDB está definitivamente sem futuro! O PT está se apossando da última bandeira que os tucanos ainda tinham nas mãos: a das privatizações ("Dilma vai privatizar novos terminais de aeroportos", Poder, 3/1). Realmente, nunca se mente tanto como antes de uma eleição.
RICARDO CELSO ULISSES DE MELO (Aracaju, SE)

Battisti
Desejo esclarecer a senhora Aparecida Gaziolla ("Painel do Leitor", ontem) sobre um erro que afeta muitas pessoas, que poderiam se informar melhor sem muito esforço.
Na sentença de 1988 da Corte d'Assise de Milão (Itália), com registro geral 49/84, na página 456, nas oito linhas finais, diz-se que foi "definitivamente accertato" (em italiano no original) que o ataque contra Torregiani foi feito por [Sebastiano] Masala, [Sante] Fatone, [Giuseppe] Memeo e [Gabrieli] Grimaldi. Nenhum dos mencionados se chama "Battisti".
Todos os documentos disponibilizados pela Itália (que são apenas uma parte) podem ser encontrados no endereço www.vittimeterrorismo.it.
O filho de Torregiani, Alberto, declarou que Battisti não estava no local, e que a bala que o feriu foi disparada por erro por seu pai. Isso pode ser lido no livro "Génération Battisti", escrito pelo jornalista francês Guillaume Perrault, que não tem nenhuma simpatia por Battisti (pág. 188).
O senador Eduardo Suplicy, por causa de seu profundo envolvimento no assunto, sabe muito bem do que está falando.
CARLOS A. LUNGARZO, professor titular aposentado da Unicamp, membro de Anistia Internacional (Campinas, SP)

Tatuagem na capa
A falta de assunto para a Primeira Página é tão grande assim a ponto de ser necessário ocupar o espaço com as tatuagens dessa senhora ("Mulher de Temer tatuou nome do marido na nuca", ontem)? Espero dessa página conteúdo de alguma relevância, seja em que tema for. E certamente essa tatuagem é completamente irrelevante. Ou melhor, poderia ser relevante se a maioria absoluta dos leitores fosse de psicanalistas.
HEINZ KLEIN (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Izalco Sardenberg, ombudsman da Bolsa de Mercadorias e Futuros e da Bolsa de Valores de São Paulo (São Paulo, SP); Ediana Balleroni, diretora de Comunicação, e Regina Teixeira, gerente de Comunicação da PepsiCo do Brasil (São Paulo, SP); Henry Maksoud, presidente do Maksoud Plaza (São Paulo, SP); Maria Eugenia, ilustradora (São Paulo, SP); José Maria de Alencastro Pelles (Goiânia, GO); Embratel -Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A. (Rio de Janeiro, RJ).

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