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Senado
"A reação do PT à eleição de Collor para a presidência da Comissão
de Infraestrutura do Senado é totalmente ridícula.
Renan Calheiros, o mentor dessa
eleição, de novo dando as cartas no
Senado, não foi cassado graças ao
apoio recebido do mesmo PT.
Quem ajudou a chocar o ovo da
serpente que conviva com ela."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
Governos e PMDB
"Está aberta a temporada de caça
aos governadores eleitos.
O da Paraíba, Cássio Cunha Lima
(PSDB), foi o primeiro a cair. Duas
semanas depois, foi a vez de o Tribunal Superior Eleitoral caçar o
mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), alegando abuso de poder econômico e
captação ilícita de votos. Muitos outros aguardam julgamento.
No lugar dos cassados, deverão
assumir o senador José Maranhão e
a senadora Roseana Sarney, ambos
do PMDB. Se os cassados não passaram no teste da lanterna do filósofo Diógenes (procurando por alguém honesto na Grécia antiga), será que os sucessores conseguirão
governar, diante das denúncias de
práticas ilícitas feita pelo senador
Jarbas Vasconcelos contra o seu
próprio partido, o PMDB?"
MARCOS TENÓRIO DE MESQUITA (São Paulo, SP)
Universidade
"A reportagem "Bônus garante
admissão de 896 na USP" (Cotidiano, ontem) poderia ter tido outro
enfoque: "Bônus impede admissão
de 896 na USP".
Muito provavelmente, esses 896
impedidos de entrar na universidade são provenientes de famílias que
pagaram seus estudos em escolas
particulares com muito sacrifício,
não se justificando a forma simplista e o tom positivo com que o assunto foi abordado.
Lamentável também é a menção
à Educafro, entidade que tem se dedicado a semear o ódio, sob pretexto de lutar pela inclusão.
Se trocássemos a palavra "negro"
por "branco" no site da entidade,
certamente se levantariam acusações de fascismo ou de coisa pior."
VIVALDO J. BRETERNITZ (São Paulo, SP)
Trabalhadores
"É um absurdo que esses trabalhadores terceirizados pela prefeitura de Campinas, que mantêm a
nossa cidade limpa, tenham de comer suas marmitas pelas ruas, sem
a mínima condição de higiene, debaixo de chuva ou de sol escaldante.
Trabalham sob condições desumanas. Muitos carregam suas marmitas com carrinho de lixo. Sem falar da dificuldade de acesso a água
potável e a banheiros. Em pleno século 21, temos de conviver com esse
escravismo camuflado."
SUELY REZENDE PENHA (Campinas, SP)
Crise
"No recente e inexplicável caso
das demissões na Embraer, a jornalista Mirian Leitão disse que estava
havendo uma "intromissão do governo federal e da Justiça do Trabalho na administração da empresa".
Ao ler a manchete do caderno Dinheiro de ontem ("Governo decide
prorrogar redução de IPI para carros"), me perguntei: será que o governo não está interferindo no sistema de preços de mercado (liberdade de mercado), desvirtuando-o?
O governo não está defendendo
apenas um setor da economia? Os
demais setores da economia não
vão pleitear os mesmos benefícios?
Se se pode reduzir temporariamente o IPI, porque não eliminá-lo?
Dinheiro e abatimento em impostos certas empresas está sobrando. Já para os trabalhadores..."
FRANCISCO CLÁUDIO TAVARES
(Mogi das Cruzes, SP)
Guantánamo
"Acho que será justo recebermos
ex-prisioneiros e supostos terroristas que estão presos até agora em
Guantánamo.
Já recebemos o italiano Battisti,
que tem assassinatos comprovados.
Porque não aceitaríamos pessoas
sobre as quais não há prova concreta de ligação com redes terroristas?"
ANDRÉ LARA (São Paulo, SP)
Impostos
"Aproveito o excelente artigo de
André Franco Montoro Filho de
3/3 ("Reforma tributária desconstitucionalizada"), em que ele propõe
"alíquotas mínimas dos bens da cesta básica" e que a "fixação de alíquotas interestaduais seja feita por
uma resolução do Senado, conforme prevê a Constituição", para propor que a alíquota do ICMS dos medicamentos passe a ser de 7%, como
a da salsicha na cesta básica de alimentos.
Essa diminuição da alíquota acarretaria uma diminuição imediata
de pelo menos 10% no preço dos
medicamentos e acabaria com o
passeio fiscal imbecil de quase toda
a produção dos medicamentos."
RONALDO JOSÉ NEVES DE CARVALHO
(São Paulo, SP)
Justiça
"Gostaria de externar minha perplexidade com o artigo de Ferreira
Gullar intitulado "Frase torcida,
crase escondida" (Ilustrada, 1º/3),
no qual o respeitado cronista comenta a decisão do STF sobre a impossibilidade de execução da condenação penal antes do seu trânsito
em julgado.
O articulista peca ao concluir, entre outros absurdos jurídicos, que o
entendimento do STF seria equivocado, já que não teria cabimento
uma pessoa ser considerada inocente "depois que um tribunal de
Justiça a reconheceu culpada".
A questão, tal qual posta, confunde o leitor leigo.
O dispositivo constitucional da
presunção de não-culpabilidade, ao
contrário da tese advogada no texto, não foi escrito em "juridiquês" e
tampouco apresenta qualquer dubiedade ou obscuridade. É de uma
clareza cristalina: ninguém será
considerado culpado até o trânsito
em julgado da condenação, ou seja,
até que não caiba mais recurso, incluindo aí os recursos às chamadas
instâncias superiores.
É comum que o STJ, ou o próprio
Supremo, modifique ou anule uma
sentença condenatória, ainda que
confirmada por um tribunal estadual ou regional. O autor confunde
alhos com bugalhos e traz uma visão distorcida do que seja "trânsito
em julgado"."
LEOPOLDO STEFANNO GONÇALVES LEONE LOUVEIRA,
advogado criminalista (São Paulo, SP)
Ressonância
"Em relação à reportagem "Aparelho médico está encostado há 3
anos" (Cotidiano, 2/3), a Secretaria
Municipal da Saúde esclarece que
não existe nenhuma cláusula no
contrato entre a pasta e a Amplus
que obrigue a empresa a manter
um equipamento guardado, esperando a instalação. A SMS somente
remunera a Amplus pelos serviços
efetivamente realizados, com o
compromisso de que nenhum paciente da rede pública fica sem o
exame.
Para aperfeiçoar o modelo, sem
descontinuar a oferta do serviço, a
SMS publicou no "Diário Oficial" da
Cidade de São Paulo de 18 de fevereiro comunicado de interesse público divulgando a nova modalidade de contratação que será firmada
com organizações sociais.
Será essa a nova maneira de ofertar à população os exames de diagnóstico por imagem."
MURILO PIZZOLOTTI , assessor de comunicação da
Secretaria Municipal da Saúde (São Paulo, SP)
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