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PAINEL DO LEITOR
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Aprovação automática
"Muito me admira o MEC compartilhar com a idéia do governo do
Estado de São Paulo de propor a
avaliação dos professores, como se
a nossa classe fosse culpada pelo
fracasso do sistema de aprovação
automática.
Quando o sistema foi criado, a
classe não foi consultada. E novamente a classe não é consultada para encontrar soluções.
Simplesmente estamos sendo
massacrados por pessoas que não
conhecem o histórico da aprovação
automática."
MARIA REGINA P. DOS REIS, professora
(São Paulo, SP)
Crimes financeiros
"O editorial "O risco do precedente" (Opinião, 4/4) destoa da tradição de respeito às leis e aos direitos
individuais que tem caracterizado a
posição da Folha.
Querendo evitar que "um bom
número de acusados ilustres e ricos
consiga por um subterfúgio evitar o
julgamento" (o que não é verdade,
pois o voto da ministra Cármen Lúcia está apenas remetendo-os a julgamento pelo juiz competente, sem
indagar de sua fama ou fortuna), o
editorial propõe simplesmente a
abolição dos princípios constitucionais do devido processo legal e
do juiz natural.
Paulo Francis, quando enriquecia as páginas desse jornal, dizia
que a alternativa à observância dos
direitos dos acusados no processo é
o retorno aos tacapes.
É para onde nos leva essa idéia de
que os fins não só justificam como
às vezes até prescindem de meios."
FLÁVIA RAHAL, presidente do Instituto de Defesa
do Direito de Defesa (São Paulo, SP)
Crise aérea
"Em relação à reportagem "Auditoria questiona contratos da Infraero" (Brasil, 2/4), a empresa tem a
esclarecer que seu diretor comercial, José Welington Moura, não
tem vínculo direto com os fatos
mencionados no texto, que o colocam "sob suspeita".
O caso relatado nas auditorias refere-se a um projeto empresarial
no aeroporto de Guarulhos, em
2004, ocasião em que o senhor
Wellington não era diretor comercial da Infraero.
Os fatos citados na reportagem
não se referem à atual gestão da diretoria comercial da Infraero, que
se iniciou em 2006.
Qualquer dúvida adicional sobre
esses fatos terá da empresa a transparência normal com que vem se
comportando para garantir total lisura nas informações prestadas ao
público."
CARLOS NIVAN MAIA, superintendente de Auditoria Interna da Infraero (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Iuri
Dantas - José Moura tem seus
atos questionados justamente
por dar prosseguimento ao contrato de 2004, cuja rescisão é
sugerida pela auditoria.
"O "Painel" de 3/4 (Brasil, pág.
A4, 3/4) publicou, na nota "Figurino", afirmações que teriam sido feitas por fonte genérica e não-identificada e que tentam comprometer a
reputação do advogado Roberto
Teixeira. Não há indicação de caso
concreto, não se faz nenhuma acusação ou imputação. Apenas se lança uma suspeita à opinião pública.
A colunista Renata Lo Prete publica que o advogado tem tudo para
se transformar no Paulo Okamotto
ou mesmo no Marcos Valério. Será
que a jornalista (ou sua fonte) poderia explicar aos leitores em que
se baseia tal afirmação? Uma fonte
anônima dizer algo contra a reputação de outrem torna a afirmação
verdadeira?"
MAURÍCIO KHALIL, assessor do escritório Teixeira,
Martins & Advogados (São Paulo, SP)
Sobel
"Justo o artigo de Jaime Pinsky
publicado no domingo passado na
seção "Tendências/Debates" ("O rabino Sobel e o Brasil'), em que relembra a história de vida e luta do
rabino Sobel em nosso país.
Acrescento a essa memória as batalhas pelo resgate da verdade sobre
a morte de Iara Iavelberg e pela
não-nomeação de um oficial comprovadamente ex-torturador para
cargo de confiança no Exército brasileiro.
Como diz Pinsky, Sobel não cometeu abuso sexual nem assaltou
os cofres públicos. Se o seu erro não
pode ser elidido, que não incorra
em linchamento moral, mas seja
avaliado no âmbito e na circunstância em que ocorreu, ou seja, os problemas de saúde, dos quais só os
mortos estão livres."
CONSUELO DE CASTRO, dramaturga
(São Paulo, SP)
"No caso do querido rabino
Henry Sobel, hoje com 63 anos de
idade, 35 dos quais comprovadamente dedicados à pregação da fé
religiosa e à defesa da vida, da família e da paz mundial, não nos cabe
condenar ou absolver o eventual
crime cometido por ele ao tentar
furtar gravatas de uma famosa loja
nos EUA.
Após reconhecer o erro e pedir
desculpas publicamente a toda a sociedade, Henry Sobel alegou que estava sob efeitos de drogas medicamentosas e que jamais teve a intenção, em sã consciência, de praticar
qualquer ato ilegal.
É preciso saber que, realmente,
toda e qualquer droga pode causar
graves efeitos colaterais e alterar
radicalmente o comportamento de
qualquer pessoa."
MAURO BORGES, autor e coordenador nacional do
Mutirão Droga Mata (São Paulo, SP)
Violência
"Em relação à coluna de Ruy Castro de 28/3 ("Protestos fúnebres",
Opinião), gostaria de informar que
somos cidadãos comuns.
Ninguém aqui é profissional de
ONG, estamos sofrendo com a morte de tantos conterrâneos e ficamos
decepcionados com o que foi escrito. Por que uma linguagem tão dura? Ela é boa para quem mata, não
para quem está lutando pela vida.
Sei que a opinião do referido articulista (por quem sempre tive simpatia por ser torcedor do meu clube
de futebol) não expressa a opinião
da Folha, que muito nos honrou ao
publicar na Primeira Página a foto do nosso protesto na praia de
Copacabana."
ANTONIO CARLOS COSTA, teólogo e coordenador do
Rio de Paz (Rio de Janeiro, RJ)
Resposta do colunista Ruy Castro - Se o clube a que o pastor Antonio Carlos Costa se refere é o
Botafogo, ele se equivoca. Sou
torcedor do Flamengo.
CARTA REGISTRADA
"O "Big Brother", da TV Globo", é
um programa de cultura.
Quando ele começa, pego logo
um livro e vou lê-lo."
ROMULO GOBBI (Santa Bárbara d'Oeste, SP)
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