São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Bolsonaro
A coluna de Fernando de Barros e Silva ("Fala tudo, Bolsonaro!", Opinião, ontem) parece ponderada para os termos cordiais da cultura política brasileira, mas é equivocada. Defender os ataques de Bolsonaro à pluralidade e à democracia alegando serem direitos não se sustenta eticamente. Já passamos por uma ditadura.
Mesmo assim, a pá de cal que se tenta impor sobre essa triste memória leva a essa postura ambivalente em relação à defesa intransigente da democracia. O limite da democracia é a sua sobrevivência. Dar espaço para proselitismo fascista por parecer liberdade de expressão chega a ser libertino.
RUDÁ RICCI , sociólogo (Belo Horizonte, MG)

Janio de Freitas
Jamais fui interpelado pela Procuradoria da República sobre "quantidade injustificável de telefonemas do então juiz Nicolau dos Santos Neto". Jamais servi no Planalto na gestão FHC.
No governo Collor, tive contato com presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho por motivo funcional. Os processos de nomeações do Poder Judiciário -de ministro do STF a juiz classista- passavam por mim, no Gabinete Militar.
Eu os preparava para despacho do ministro da Justiça com o presidente da República. Nada mais razoável que me ligasse com o presidente do TRT-SP. Jamais tratei de obras, verbas ou coisa parecida.
A ilação de Janio de Freitas ("Dia de silêncios", Poder, 3/4) é infundada, leviana e inexplicável. Da primeira vez que tratou do assunto, já se vão alguns anos, coloquei à sua disposição minhas declarações de Imposto de Renda e extratos bancários. O jornalista preferiu seguir a linha das acusações irresponsáveis e mentirosas.
Quanto à volta do Haiti, não entendi as conclusões do colunista. Ultrapassei em três meses o prazo previsto para a missão. Fui convidado pelo chefe do Departamento de Operações de Paz da ONU e pelo secretário-geral da entidade para permanecer no cargo.
Finalmente, quanto à palestra sobre 31 de março de 1964, não iria ferir os princípios da hierarquia e da disciplina após 45 anos de serviço e no mais alto posto da carreira. Minhas palavras não iriam modificar os fatos, apenas contar a verdade aos mais jovens.
AUGUSTO HELENO PEREIRA , general do Exército, ex-comandante da Força de Paz da ONU no Haiti (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA JANIO DE FREITAS -
Não afirmei que o general Augusto Heleno Pereira foi interpelado (a Procuradoria da República constatou). A invocação dos juízes classistas já foi feita e mostrou-se inconvincente. Palácio do Planalto, no caso, refere-se à secretaria ligada à Presidência. Não o relacionei com obras, mas com o ex-juiz Lalau, nem com motivo financeiro. Dois generais brasileiros voltaram por problemas com a ONU. Um é conhecido. Daí a questão.

Padre
A Igreja Católica é a única instituição bimilenar do Ocidente e assistiu ao abre-fecha da sanfona dos costumes sociais. Nesses séculos, ela se manteve fiel a seus princípios: a vida é sagrada, a família é a base de tudo e o clero mantém o celibato. Assim é também em relação ao sexo, que deve ser praticado com responsabilidade e amor. Se tal fosse o caso, seriam raríssimos os casos de Aids -e o belo trabalho do padre Valeriano Paitoni, não precisaria existir ("Igreja transfere padre que defende uso da camisinha", Cotidiano, 3/4).
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Blog da Bethânia
Li o texto da atriz e colunista da Folha Fernanda Torres ("Os demônios", Ilustrada, 2/4) em defesa da aprovação para captação de recursos, via Lei Rouanet, do projeto encaminhado por Maria Bethânia, que contará com vídeos dirigidos por Andrucha Waddington, marido de Fernanda e pai de seus filhos. Ops! Fernanda não mencionou isso em seu artigo. Mais honesto foi Ferreira Gullar, que defende Maria Bethânia em nome de uma amizade de 45 anos (Ilustrada, 3/4).
A omissão de Fernanda tira boa parte do crédito e do brilho de seu artigo e, por extensão, acho que mais atrapalha que ajuda a causa de Bethânia e Andrucha.
CLARA DOS ANJOS PRADO (Santos, SP)

RESPOSTA DA COLUNISTA FERNANDA TORRES - Espanta-me que, ao ler meu artigo sobre a encruzilhada da cultura no Brasil, um assunto nevrálgico não só para mim como também para minha mãe, meu irmão, meu marido, meu falecido pai, minha classe, meus colegas e para qualquer um que ame a poesia, a música, o teatro, o cinema e a arte que se faz por aqui, a leitora tenha chegado à conclusão de que eu o escrevi com a disfarçada intenção de defender o pai dos meus filhos.

Ombudsman
A ombudsman desta Folha, sempre muito estridente na defesa da liberdade de expressão, parece à vontade para censurar a opinião pessoal de seus repórteres nas mídias sociais ("#prontofalei", Poder, 3/4). Ela esquece que a liberdade de expressão é um direito absoluto. O mesmo que serve para os veículos de imprensa deve servir para seus jornalistas. Aliás, é salutar que o leitor conheça a opinião de quem produz a notícia, assim como é salutar que veículos declarem apoio a candidatos. A isenção do trabalho jornalístico se comprova na notícia e em nenhum outro lugar mais.
FERNANDO CAVALCANTI (São Paulo, SP)

Caixas
Um avião da Air France caiu no mar em 2009 e as autoridades francesas agora estão em via de localizar as caixas-pretas para cobrar responsabilidades. No Brasil, houve um mensalão em 2005, mas o caixa dois e os responsáveis nunca serão achados.
CLAUDIO JANOWITZER (Rio de Janeiro, RJ)

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