São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Números da PF
"Em relação à reportagem "Dilma cita número que até PF desconhece", Brasil, 1º/5), informo que os números de operações especiais da Polícia Federal de 2003 a 2010, frequentemente mencionados por Dilma Rousseff, estão no site da própria PF. Na verdade, os números já são maiores que as 1.012 operações a que a ex-ministra tem se referido -já são 1.060.
Quanto à comparação com o dado de 29 operações especiais no governo anterior ao do presidente Lula, este consta do novo livro do senador Aloizio Mercadante ("Brasil: a construção retomada"), que brevemente estará nas bancas. Este número foi repassado, segundo o senador, pelo Ministério da Justiça.
Os dados de operações da PF no governo anterior não estão disponíveis no site da instituição. Seria o caso de esses dados também serem devidamente contabilizados pela administração que antecedeu à gestão do presidente Lula para que se pudesse embasar uma contestação aos dados disponíveis.
A confrontação de realizações entre governos é um importante elemento de informação e orientação para o cidadão. Esse debate enriquece o sentido de cidadania e é do interesse de toda a sociedade.
Assim, é bom que se diga que o extraordinário incremento nas operações especiais da PF nos últimos anos só foi possível graças ao aumento no orçamento da instituição (de R$ 300 milhões, em 2002, para R$ 700 milhões, em 2009) bem como à ampliação de 40% na sua estrutura funcional e de 70% no seu efetivo."
HELENA CHAGAS, assessora de imprensa de Dilma Rousseff (Brasília, DF)

Turismo
"Em relação à reportagem "Governo investiga suposta fraude nas verbas do Turismo" (Brasil, 19/4), gostaria de registrar minha total indignação com a irresponsável afirmação de que posso ser beneficiário, direta ou indiretamente, dos recursos de convênios vinculados à Associação do Comércio, da Indústria e Agroindustrial de Garanhuns (Aciagam) no âmbito do Ministério do Turismo.
Todos os convênios de emendas de minha autoria tiveram suas contas aprovadas pelo ministério -que jamais me notificou sobre irregularidades, bem como nenhum outro órgão de controle-, como atestam os dados disponíveis no Siafi do governo federal, acessíveis à população. Registro que, dos R$ 4,8 milhões das emendas parlamentares à Aciagam, apenas 14,8% (R$ 710 mil) são resultantes de indicações minhas, no período de 2005 a 2008.
O texto não aponta fato concreto, mas se atem a ilações descabidas e inaceitáveis. Desafio esta Folha a indicar assessor meu ou doador de campanha que tenha relação com a questão levantada pelo jornal."
ARMANDO MONTEIRO NETO, deputado federal pelo PTB-PE (Brasília, DF)

Resposta dos repórteres Dimmi Amora e Fernanda Odilla - A reportagem não acusou o deputado de ter cometido irregularidades. O governo suspeita de fraudes em repasses do Ministério do Turismo e está auditando as festas realizadas com dinheiro repassado a ONGs por meio de emendas parlamentares. Entre as 50 ONGs que mais receberam verbas do Turismo para essas festas, está a beneficiada por emenda do missivista.

Anistia
"Tem razão Carlos Heitor Cony, na crônica "Buraco negro" (Opinião, ontem), ao concordar com a Lei da Anistia. Primeiro, devido às imposições legais, já citadas pelo ministro Eros Grau. Depois, pelo pacto que foi firmado entre a sociedade e o próprio governo militar.
Segundo Cony, não se trata mais de punir os responsáveis, mas abrir os arquivos e levar ao conhecimento de todos quem foram esses torturadores, para que sofram no limbo o desprezo de toda a sociedade."
CARLOS EDUARDO POMPEU (Limeira, SP)

 

"É surpreendente a carta dos senhores Mário Sérgio de Moraes e Zilda Márcia Gricoli Iokoi ("Painel do Leitor", 1º/5). A intolerância mostrada pelos pesquisadores harmoniza-se com o laboratório a que pertencem (Laboratório de Estudos sobre a Intolerância).
Chamar de "abominável" a decisão de um órgão colegiado e chegar ao cúmulo de "lamentar" que ex-perseguidos também desejem manter a Lei da Anistia não são atitudes que podemos classificar como as mais tolerantes.
Além disso, recorrem à ladainha de querer creditar punições à chamada "elite". A qual elite faziam parte os policiais e soldados que participaram de torturas? Os professores, bem empregados e com escolaridade alta, não fazem parte de nenhuma elite num país com baixíssimas renda e escolaridade?"
PEDRO BRAMONT (Brasília, DF)

Eleições
"É verdade que experiência é um bom indicador para avaliar um candidato, como disse ontem Orestes Quércia ("Tendências/Debates") -apesar de que o presidente Lula não a tinha, mas, mesmo assim, tem sido avaliado como um dos melhores presidentes que o Brasil já teve.
Só não sei se o ex-governador é a pessoa mais apta para avaliar isso.
Nem sei também se contar com esse apoio é bom para o que quer que seja."
SÉRGIO RIBEIRO (São Paulo, SP)

Transversais
"Amei a crônica de Luiz Felipe Pondé de 3/5 ("Meninas fáceis", Ilustrada). Os hipócritas e falsos moralistas devem estar abismados com o que leram.
Sou professor de sociologia e tomo a liberdade de utilizar esses artigos como material pedagógico para meus alunos do ensino médio. Recomendo a todos os que lidam com educação que os utilizem nas aulas de filosofia, psicologia, literatura. É isso o que eu chamo de temas transversais."
JOSÉ ALBERTO DA SILVA (São Bernardo do Campo, SP)

 

"Cáustico e rude, mas veraz. Assim foi Pondé em "Meninas fáceis"."
PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP)

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