São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Senado
"Curiosamente, estou relendo "Minha Formação", formidável documento político de 1900, lavrado pela fina pena de Joaquim Nabuco, ele filho de um destacado político e senador do Império.
Delicioso tempo aplicado na leitura de um jurista e político extremamente sofisticado do ponto de vista intelectual e de um humanista de primeira linha. Lê-se em Nabuco o papel de um homem público autêntico e decente. Corta para o Senado da República na tarde de 3 de agosto de 2009.
Simplesmente assustador.
Nenhuma novidade no fato de a Câmara Alta do país exibir suas vísceras pútridas, nada de anormal no fato de virem à luz mais escândalos deste valhacouto de delinquentes -com as exceções de sempre. O que assustou foi o retorno. "Elle".
Olhos rútilos, injetados, prenunciando o seu retorno ao centro da luta política do país.
Como as eleições há muito se transformaram em disputa pela melhor e mais cara campanha de marketing, não fora este escriba ateu, estaria rogando misericórdia celeste à este pobre país, talvez derradeira forma de livrá-lo de renans e fernandos."
CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC)

Fumo
"Parabéns à USP pela iniciativa de responsabilizar os fumantes pelas eventuais multas que a instituição receber ("USP repassará multa por fumo a aluno e professor", Cotidiano, ontem). Afinal, quem deveria pagar pelo erro? Os contribuintes? Claro que a chiadeira já começou, pois já ficou claro como o anacronismo ronda parte dos que estão naquela instituição. Qualquer tentativa de aplicar alguma lei na USP é sempre vista como "repressão"."
AILDÉ RAMOS NOGUEIRA (São Paulo, SP)

 

"Em relação à reportagem "Proibição do cigarro no teatro incomoda artistas" (Ilustrada, 2/8), esclareço que em nenhum momento disse que era contra a lei. Eu apoio absolutamente a Lei Antifumo por acreditar que este seja o caminho inevitável e justo para prevenir doenças que poderiam atingir fumantes passivos. Não se trata de ato autoritário, mas de proteção à saúde da maioria da população.
Quanto à aplicação da lei em espetáculos teatrais, deixei claro que deveria haver um ajuste na legislação para esse caso específico. Vale ressaltar que o próprio governador José Serra, há cerca de um mês, já me havia informado pessoalmente que não haveria nenhuma restrição."
RODOLFO GARCÍA VÁZQUEZ , diretor teatral (São Paulo, SP)

Berlusconi
"Gostaria de tecer alguns comentários em relação ao artigo do colunista Contardo Calligaris na Ilustrada de 30/7 ("Em defesa de Berlusconi').
1) Se é verdade que só os jornais "El País" e "L'Espresso" divulgaram as fotos dos festins do senhor Berlusconi (mesmo porque o resto da imprensa italiana, a começar pelo "Corriere della Sera", é de propriedade do primeiro-ministro), também é verdade que jornais e revistas do mundo inteiro, inclusive a Folha, publicaram numerosas notícias a respeito.
2) Poucos dias antes da publicação das primeiras fotos, a coalizão de partidos que sustenta o governo Berlusconi aprovou um decreto-lei, portanto oriundo do próprio Executivo, segundo o qual o "fruidor final" (leia-se o cliente) dos "serviços de prostituição" é considerado cúmplice e sujeito portanto aos rigores do decreto antiprostituição. Isso deveria valer também para o primeiro-ministro, ao não ser que as leis "ad personam", recentemente aprovadas, o isentem.
3) O primeiro-ministro de um pais democrático não pode, em hipótese nenhuma, ser passível de chantagem por parte de aventureiros, prostitutas com gravadores ocultos, menores de idade, fotógrafos, alcoviteiros, fornecedores de drogas e demais frequentadores das residências oficiais do senhor Berlusconi.
São chantagens que podem afetar não apenas a sua capacidade de governar mas também a segurança do Estado."
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

Gripe
"Em relação à reportagem "Para ministro, é um disparate adiar aulas" (Cotidiano, ontem), esclareço que foi equivocadamente interpretada, no referido texto, a declaração dada pelo ministro José Gomes Temporão quando ele comentava o adiamento da volta às aulas em alguns Estados diante da circulação do vírus Influenza A (H1N1).
Na verdade, ele reiterou a recomendação do Ministério da Saúde de que pessoas com sintomas de gripe não devem ir às aulas e observou que cabe aos Estados e municípios a decisão sobre a prorrogação do período de férias.
O ministro utilizou o termo "disparate" ao considerar desnecessário que, nas localidades onde não houve adiamento da volta às aulas, pessoas sem nenhum sintoma de gripe permaneçam em casa, longe das escolas."
Aproveitamos para reconhecer a participação fundamental dos Estados e municípios nas ações de prevenção e tratamento dos pacientes infectados pelo H1N1."
PRISCILA LAMBERT , assessoria de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Quadrinhos
"Antes de a Folha fazer uma pesquisa sobre a satisfação dos leitores em relação aos quadrinhos que publica ("Painel do Leitor" de ontem), já me adianto e a parabenizo. Poucos jornais são capazes de publicar quadrinhos com humor tão inteligente e com tanta liberdade artística.
Bom para quem escreve e ótimo para quem lê."
GRAZIELLE VEIGA DE BRITO , professora (Belo Horizonte, MG)

Petrobras
"Em relação à reportagem "Petrobras paga R$ 4,2 milhões a empresa com sede em canil" (Brasil, 22/7), a Petrobras esclarece que: 1) a sede da empresa que prestou serviço à Petrobras fica na avenida Olegário Maciel, 460, sala 205, Barra da Tijuca; 2) ao contrário do que informa o jornal, não há casos comprovados de serviços pagos e não prestados."
LUCIO PIMENTEL , gerente de imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Leonardo Souza - No endereço da empresa que consta do cadastro da Receita Federal, e que foi confirmado por seu advogado, funciona um canil. Sindicância interna da Petrobras constatou casos de serviços pagos, mas não devidamente prestados.

Trajes
"Impecáveis as considerações tecidas pelo promotor Fausto Rodrigues de Lima ontem na seção "Tendências/Debates" ("Vestes indecentes') acerca das restrições a trajes tropicais em nossas dependências judiciárias.
Não bastassem os séculos macaqueando costumes nórdicos, ainda temos que ver o nosso bem-estar relegado a segundo plano em prol de uma suposta "decência" e "moralidade".
Afinal, qual é o potencial ofensivo dos pelos de nossas pernas? Ou dos tão naturais contornos do corpo de uma mulher? Enfim, a posição do Conselho Nacional de Justiça serve para ilustrar como o medo e o pudor ainda imperam em uma sociedade que deveria prezar pela liberdade individual e pelo bem-estar coletivo."
FLAVIO GOLDMAN , advogado (São Paulo, SP)

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