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PAINEL DO LEITOR
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Eleições Parece mentira, mas o Brasil
continua esperando que nossas
eleições sejam mais fáceis de se
resolver sem tanta burocracia.
Para que tanta confusão? Cada candidato que apresente o seu trabalho para merecer voto.
Apresente seu programa bem
claro para que o povo entenda,
sem precisar atacar o que fizeram no passado este ou aquele
nem ficar à sombra de uns e outros para se valorizar.
Tenho idade para dizer que
basta tanta confusão. Apresentem, isso sim, os candidatos,
pois são muitos para escolhermos os que merecem nosso voto.
ELZA FESTA ESTEVES, 85 (São Paulo, SP)
A coluna sobre eleições começou mal. O texto de Marco Antonio Villa ("O nosso 18 Brumário",
Poder, ontem) é na verdade, propaganda "disfarçada" para o candidato José Serra. Villa, que se especializou em atacar Lula e o PT,
deveria fazer parte da equipe da
campanha eleitoral de José Serra.
JOSÉ AUGUSTO ZAGUE (São Sebastião do Paraíso, MG)
Sobre o texto "O voto do voto",
de Marcos Nobre, (Opinião, 3/8),
a defesa do voto facultativo é uma
posição elitista. Geralmente quem
o defende pensa ser "consciente"
em seu voto, e dá a entender que
as pessoas pobres e ignorantes
não sabem votar. Sabem, sim!
Apoiam candidatos que dão valor
à sua pobreza, e não apenas favorecem a classe capitalista de elite.
Apenas o voto de quem diz saber votar desmancha a democracia, pois sempre essa classe mais
abastada vencerá. Há, sim, o voto
facultativo dentro do obrigatório:
existe o voto nulo e o em branco.
RAQUEL MURAD (Ferraz de Vasconcelos, SP)
Dilma
Dilma quer ser a mãe de todos
os brasileiros. Eu abomino, mãe
é uma só! A minha nunca foi
membro de uma organização de
esquerda, revolucionária ou de
qualquer movimento armado
que nada contribuiu para a democracia ou o desenvolvimento
do país. Muitos jovens devem ter
embarcado sem saber o que estavam fazendo naquela época.
LAÉRCIO TAVARES DA SILVA (São Paulo, SP)
Violência
Com o devido respeito, o leitor
Renato Primi ("Painel do Leitor",
ontem) parece ainda acreditar
em Papai Noel. Não percebeu
que os atentados (PCC, Comando
Vermelho e outras facções) só
aparecem em vésperas ou durante as eleições?
Concordo que os governos não
têm sido tão eficientes para garantir a segurança e é possível fazer mais. Pena que o missivista
não veja que esse movimento está inserido no abominável vale-tudo político e é encomendado e
orquestrado por certos partidos
para desestabilizar governos.
JOSÉ ARMANDO MACEDO (São Paulo, SP)
Diplomacia
Lamentável a posição de Robert Aumann, da Universidade
Hebraica de Jerusalém ("Para
cientista, armas trazem paz",
Ciência, ontem). É o momento de
recorrermos ao pensamento de
Emmanuel Lévinas (1906-95), que
articula a diferença entre uma falsa paz e uma verdadeira paz. A
falsa paz é aquela conseguida por
meio da aniquilação do outro e da
submissão do outro aos meus interesses; a verdadeira paz é aquela que reconhece o outro como
inassimilável, irreduzível e único.
A tarefa não é fácil, mas é mais
interessante e mais construtiva
para a humanidade do que simplesmente impor a paz pela força
das armas.
GERSON LEITE DE MORAES (Campinas, SP)
Coreias
A cobertura realizada pela Folha dos acontecimentos internacionais tem sido resumida e inteligente, com participação de
grandes nomes do jornalismo e
da área internacional.
Apesar disso, gostaria de ressaltar um problema: alguns temas de relevância e que se repetem semanalmente, como o caso
do conflito entre as Coreias, têm
sido tratados de modo superficial
e sem observação crítica das causas e consequências dos fenômenos, existindo apenas a descrição
dos principais fatos.
ALLAN GREICON M. LIMA (São Paulo, SP)
Trânsito
Os paulistas devem ser considerados os mais pacatos, cordeirinhos mesmo, cidadãos brasileiros. Afinal, o Rodoanel não se
presta a aliviar o trânsito urbano, notadamente de São Paulo e
das cidades circunvizinhas?
A utilização daquele corredor
deveria ser incentivada, até com
subsídio do Estado aos caminhoneiros, e não cobrada a taxa relativa ao pedágio.
Mas não. A sanha arrecadadora dos últimos governantes deste
Estado vem ampliando a quantidade de praças de cobrança nas
estradas de forma absurda.
VALDIR LUIZ DOS SANTOS (São Paulo, SP)
Torcedores
O Ministério da Justiça esclarece que o documento ao qual a
Folha teve acesso na reportagem
"Rotulados -Ministério da Justiça cria lista de estereótipos de
torcedores em manual para aprimorar segurança" (Esporte, 31/7)
é apenas a minuta de um manual
de procedimentos em estádios.
O texto final está sendo fechado
com a Confederação Brasileira de
Futebol (CBF). Estas e outras questões poderiam ter sido explicadas
à reportagem, caso o ministério tivesse sido procurado.
TATIANE FREIRE, chefe da assessoria de comunicação social do Ministério da Justiça (Brasília, DF)
RESPOSTA DOS JORNALISTAS LUCAS FERRAZ E FILIPE COUTINHO - Como a reportagem
afirmou, o documento ao qual
teve acesso é uma versão "não
revisada". A CBF disse à Folha
que a segurança é uma atribuição
exclusiva do poder público.
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