São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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EUA
"Não deixa de ser hilariante a manchete da Folha de 5/1: "Desemprego nos EUA derruba bolsas". Há aí um tremendo paradoxo: o capitalismo que tanto busca a automação como forma de substituir mão-de-obra de repente vê o desemprego como ameaça aos lucros das empresas -ou seria uma luz nos céus para os gestores do sistema produtivo mundial, onde se pode ler: "Só compra aquele que está empregado'? Daí subentende-se que automação não gera emprego, sem emprego não há consumo, e sem consumo não há renda nem lucro."
CLOVIS DEITOS (Campinas, SP)

CPMF
"O leitor Elio Miler ("Painel do Leitor", 3/1) estranha o fato de os preços não terem baixado após o fim da CPMF. Pior que isso, meu caro Elio, é que, com o pacote divulgado pelo governo para compensar a perda de arrecadação, leio na Folha declarações de empresários que alegam que têm que repassar aos preços os efeitos do pacote. Ora, se o governo aumenta impostos para compensar redução de outro, os preços não deveriam permanecer os mesmos, ou seja, serem reduzidos pelo fim da CPMF e serem aumentados pelos acréscimos no IOF e na CSSL? Eu só queria entender."
RENATO AUGUSTO KAPPAUN (Petrópolis, RJ)

 

"As medidas retaliatórias tomadas pelo presidente Lula para compensar a perda da receita de R$ 40 bilhões da CPMF demonstram claramente que esses recursos não eram e não seriam destinados à saúde. Revelam também que a discussão de uma eventual reforma tributária perdeu completamente o sentido, uma vez que o governo, com seus gastos eleitoreiros, não pode prescindir das arrecadações, cada vez mais extorsivas e predatórias. Lula mais uma vez quebrou sua frágil palavra e surpreendeu o povo brasileiro com um aumento de impostos no descortinar do novo ano. Com esses ex-sindicalistas no poder e com as mudanças na metodologia de cálculo do crescimento do PIB, que falseou o índice de 2007, jamais conseguiremos sair desse marasmo econômico. Sem a desoneração da produção e da folha de pagamento não chegaremos a lugar nenhum. FHC e Lula sempre tiveram consciência dessa questão, mas a sede de poder falou mais alto."
SERGIO VILLAÇA (Recife, PE)

Planejamento
"Apesar de admirar profundamente Hélio Bicudo como homem público e defensor dos fracos e oprimidos, peço permissão para discordar de seu ponto de vista ("Planejamento familiar para pobres", 4/1), pois a população pobre geralmente é pobre de tudo, principalmente de cultura, informações, princípios etc. Tomemos como exemplo o povo chinês. Com o controle da natalidade aqui adotado, seriam criadas melhores condições sociais, culturais e econômicas. George Orwell e seu livro "1984" são ficção; a pobreza, o atraso e o analfabetismo brasileiros são bastante reais."
JOSÉ LAHOR FILHO (Uberlândia, MG)

Rodovias
"Desafio publicamente o sr. Tarso Genro a dirigir pessoalmente seu carro pela BR-116 entre São Paulo e Curitiba antes de continuar proferindo bobagens sobre as mortes nas rodovias federais, responsabilizando unicamente os motoristas pelos inúmeros acidentes havidos. É simplesmente deplorável e criminosa a situação da estrada, com verdadeiras crateras obrigando os motoristas a praticarem um balé macabro para escapar das armadilhas que aparecem a cada instante. É triste testemunhar motoristas de caminhão optarem por trafegar no acostamento apenas por ser uma condição menos perigosa. Sinalização parca e porca, policiamento inexistente e, agora, com o anúncio da privatização, o abandono total das obras mínimas de manutenção, mesmo nos trechos mais críticos. Nunca antes neste país se viu tanta incompetência, falta de responsabilidade e arrogância."
EDUARDO DE SOUZA AMARAL (São Paulo, SP)

Bolsa Família
"Nosso país parece uma piada. Levamos tanto tempo para criar algumas coisas interessantes, como a CPMF e o programa Bolsa Família, e quando elas comprovam os seus resultados, a classe política tenta impedir o seu seguimento. A CPMF tinha efeito parafiscal, não era sonegável e não precisava de fiscais para ser arrecadada. Os políticos a extinguiram. O Bolsa Família distribui renda, está ajudando a criar um maior mercado consumidor interno. Mas agora nossos políticos querem que ela não possa ser ampliada em anos eleitorais. Como temos eleição ano sim, ano não, melhorias só em anos alternados. Claro, quem tem pressa em tornar esse país mais justo? Nossos políticos não merecem um corretivo?"
PAULO CONFORTO (Curitiba, PR)

Educação
"Todo mundo fala que devemos investir na formação do professor, na capacitação continuada, nas boas condições de trabalho, na boa remuneração, mas não vemos ninguém apresentar soluções para acabar com os "maus professores'! A valorização dos bons professores só terá efeito prático se punirmos ou demitirmos os maus professores."
MAURO ALVES DA SILVA (São Paulo, SP)

Oposição
"Ao garantir que seu partido vai indicar o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para disputar a reeleição, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, afirmou que "a aliança com o PSDB deve ser mantida porque ambos os partidos têm um interesse em comum: derrotar o PT". Fica claro, portanto, que não existem afinidades ideológicas ou programáticas entre democratas e tucanos. O que os une é a vontade de derrotar o PT. Assume assim que a tal da "oposição responsável", que alegam exercer, resume-se a uma única frase: quanto pior, melhor. Será que foi isso que os motivou a não prorrogar a CPMF?"
FEDERICO ERDOCIA (Jundiaí, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Gladys e Cristovam Buarque, senador pelo PDT-DF (Brasília, DF); Jean-Marc Gravier, cônsul-geral da França em São Paulo (São Paulo, SP); Antonio Carlos dos Reis (Salim), presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (São Paulo, SP); German Efromovich, presidente da OceanAir Linhas Aéreas Ltda. (São Paulo, SP); Roberto Feith, diretor-geral da Editora Objetiva (Rio de Janeiro, RJ); Sônia Marques, gerente de Comunicação do Grupo Positivo (Curitiba, PR); e Gabinete de Arte Raquel Arnaud (São Paulo, SP).

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