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São Paulo, quinta-feira, 06 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Frossard
"Li, intrigada, a nota [na coluna "Painel" de 30/1, pág. A4] que associa meu nome e minha recém-iniciada vida parlamentar a um suposto lobby a favor da indústria de armas e munições. Minha resposta é mais uma troca de idéias do que propriamente um pedido de correção, embora haja na suposta informação uma dedução incorreta e danosa à minha reputação pessoal e política. A dedução se baseia no fato de ter recebido contribuição de R$ 80 mil da empresa Enguia para minha campanha eleitoral, como pode ser constatado da declaração encaminhada à Justiça Eleitoral. A Enguia pertence a um grupo que também controla a Companhia Brasileira de Cartuchos. Sou francamente favorável ao trabalho de investigação e fiscalização da imprensa. Mas sou exigente quanto a uma premissa: seriedade, rigor e clareza nas publicações. Não vou me meter a dar lições de jornalismo a jornalistas. Mas me permito uma observação. A contribuição da Enguia sustenta perfeitamente a suspeita de que, por ela, passaria a defender cegamente interesses particulares. Ao atender a um repórter da Folha, prestei os esclarecimentos pedidos. Afirmei que minha visão sobre o assunto é antiga e foi exposta em conferências e artigos publicados, alguns há mais de dez anos, quando ainda no exercício da judicatura. Um deles, publicado na Folha. Nenhuma contribuição material à minha campanha, seja dessa, de outras empresas ou de pessoas físicas, me fará mudar minhas convicções e meus princípios de atuação pública, claramente definidos no longo período em que atuei na magistratura estadual no Rio. Espero que tenha feito os esclarecimentos necessários. Espero também que o trabalho de fiscalização que caracterizam a linha editorial da Folha não sejam tisnados por falhas tão primárias como essa."
Denise Frossard, deputada federal (Brasília, DF)

Tarifas
"Tarifas de energia elétrica sobem em média 27%! Já subiram a luz, o ônibus, o gás, a gasolina, o metrô. Para se prevenir dos aumentos, nossos vereadores, deputados estaduais e federais concederam a si mesmos aumentos de salários. Dá para acreditar em políticos, sejam do PT ou de qualquer outro partido? Até agora a única mudança que senti foi no bolso."
Fábio S. Moura (São Paulo, SP)

Lula
"Fiquei envergonhado ao ler o artigo "O generoso Lula", de Josias de Souza, no domingo, a respeito da nomeação de João Vaccari para o Conselho de Administração de Itaipu. Nosso presidente também deveria ficar. Num país onde pessoas preparadas não encontram emprego, como pode Lula privilegiar dessa maneira pessoas sem condições de oferecer nada ao país? Itaipu tem sido vergonhosamente usada para acomodar em seu conselho ministros, secretários e outras pessoas a quem Lula complementa o salário. Pensa estar enganando a quem?"
Arthur Vespasiano (São Paulo, SP)

Auxílio-moradia
"Sobre a notícia publicada no "Painel" de 4/2, de que eu, Carlos Antonio Morales, vinha recebendo irregularmente auxílio-moradia do governo federal, é preciso informar aos leitores da Folha que até o último relatório de gestão, da Secretaria Federal de Controle, de dezembro de 2002, prevalecia o entendimento de que os servidores ocupantes de cargos comissionados de nível DAS 101.4 ou superior, oriundos de outros Estados, tinham direito a receber auxílio-moradia, desde que não possuíssem imóvel próprio no município onde trabalham, situação na qual me enquadro. Tão logo tomei conhecimento de que os auditores contestaram essa interpretação da norma, acrescentando a ela o entendimento que servidores concursados em Brasília seriam considerados ali domiciliados, deixando de ter direito ao auxílio, abri mão do benefício e apresentei recurso, por acreditar que a irregularidade só existiria a partir da mudança de posição da Corregedoria, expressa no último relatório, sem efeito retroativo. Portanto não é líquido e certo que tenha havido irregularidade na concessão de auxílio-moradia antes da nova interpretação, pois o assunto ainda está em fase de discussão no campo administrativo."
Carlos Antonio Morales (Brasília, DF)

Fome Zero
"A leitora Maria das Dores Melo reclama dos críticos do Fome Zero. Parece que não percebeu que o governo quer implantar o programa o mais rápido possível, para servir como propaganda, bastando ver a rapidez como o publicitário-mor do governo criou e colocou em circulação o cartaz do mesmo. Antes de colocar comida no prato, colocaram o prato vazio na bandeira. Querem mais é elogios pela idéia do que outra coisa."
Laércio Zanini (Garça, SP)

Greve de ônibus
"A população da cidade de São Paulo não pode ficar submetida à chantagem dos empresários de ônibus. A prefeitura necessita ter instrumentos para garantir o transporte coletivo, com o fortalecimento da São Paulo Transportes. O Ministério Público deve obrigar os empresários a colocar os ônibus em funcionamento. O governo estadual deve fazer uma articulação com a Prefeitura de São Paulo para garantir o transporte coletivo para metade da população do Estado."
Eurípedes Balsanufo (São Paulo, SP)

"A Prefeitura de São Paulo deve aproveitar a greve dos ônibus para repensar a real necessidade desse meio de transporte, analisando os custos e os benefícios que proporcionam. A ausência do rodízio, da zona azul, da fumaça, do barulho e principalmente desses paquidermes e de seus condutores estressados tornaram a cidade mais agradável, humana e digna dos paulistanos. Com mais 15 dias de greve, a população vai se acostumar às lotações, ao metrô e aos outros meios de transporte, e provavelmente os referidos veículos não deixarão saudades."
Carlos Vicente Brância (São Paulo, SP)

Dívidas dos Estados
"Ao rejeitar os pedidos de intervenção nos Estados e municípios, decorrentes do descumprimento da Constituição e da Lei de Responsabilidade Fiscal, além de institucionalizar o calote, o Supremo Tribunal Federal impôs aos prejudicados o ônus de provar a falta de vontade dos governadores e prefeitos para honrar as dívidas. Não é sensacional? Como canta Chico Buarque: chame o ladrão."
Silvio de Barros Pinheiro (Santos, SP)
 
"Tenho 76 anos, sou pensionista, pelo Ipesp, de meu falecido esposo, ex-professor titular de medicina da USP. Ganhei uma causa, e meu precatório tem o número 132/2003. Soube que o Ipesp começou neste ano a pagar precatórios de 1999. Nesse passo, será que eu viverei mais cinco anos para receber os meus direitos? Não deveriam as pessoas acima de 65 anos terem prioridade?"
Odette Pedroso Canelas (São José dos Campos, SP)

Garotinho
"Em resposta à carta do leitor Francisco Peres, publicada ontem (4/1), gostaria de restabelecer a verdade a respeito da situação dos srs. Rodrigo Silveirinha Corrêa e Luiz Eduardo Soares no período em que o Estado do Rio foi governado por Anthony Garotinho. O fiscal Silveirinha foi nomeado para o posto de subsecretário-adjunto de Administração Tributária por indicação do então secretário estadual de Fazenda, não tendo o ex-governador Garotinho, na época, qualquer motivo para se opor à indicação, visto que nada havia naquele momento que depusesse contra o fiscal, que é concursado. Quanto ao sr. Luiz Eduardo, foi exonerado do cargo de coordenador de Segurança Pública por ter conhecimento, sem tomar qualquer providência, de que um traficante foragido da Justiça era acobertado por um cineasta. O ex-governador afastou centenas de maus policiais e em momento algum deu trégua à chamada "banda podre" da polícia, ao contrário do que insinua o leitor."
Carlos Henrique Vasconcelos ex-secretário de Comunicação Social do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)


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