São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Ministério do Esporte
"Sou leitor da Folha, respeito-a e reconheço a sua importância histórica no Brasil. Nem sempre concordo com as posições editoriais do jornal, mas valorizo o seu compromisso com o rigor da informação e o espaço para o contraditório.
Penso que um homem público tem o dever de prestar informações à sociedade. Por isso, a cada questionamento feito pela imprensa, pessoalmente ou ao ministério, busco a pronta resposta. Para o bem da verdade, para o bem da democracia.
Fui surpreendido na edição de 4/3, no caderno Brasil, por uma notícia falsa, em que atribuíram a mim a movimentação de contas "tipo B". Desde que assumi o ministério, nunca utilizei esse tipo de forma de pagamento, sobretudo porque tenho a convicção de que o cartão de pagamentos permite maior transparência e controle social do gasto público.
Essa informação foi prestada aos jornalistas, que mesmo assim publicaram uma mentira.
Pior, a própria reportagem indica que a fonte da informação é a assessoria de um partido político que faz oposição ao governo federal. Um partido faz luta política e, na política, se toleram determinadas condutas. Mas um jornal com a tradição e a respeitabilidade da Folha não pode tolerar a manipulação grosseira de informações nem pode ser caixa de ressonância de discurso político partidário, afinal, isso seria um desrespeito aos seus leitores, entre os quais eu me incluo.
Confio em que a Folha, como é sua tradição, fará a devida correção do que foi publicado, para o bem da verdade e para o direito de seus leitores."
ORLANDO SILVA JÚNIOR, ministro do Esporte (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

América do Sul
"Muito interessante a gritaria geral sobre a ação militar que a Colômbia realizou em território equatoriano, na qual foi morto o número 2 das Farc.
As Farc praticam todo tipo possível de crimes -seqüestros, assassinatos, extorsões etc.-, se refugiam em território equatoriano, no mínimo com a cumplicidade deste governo, e aí o seu presidente, o destemperado Rafael Correa, brada sobre a invasão!
Talvez a Colômbia tenha se excedido ao invadir o território do Equador, mas o fato de este país estar dando guarida às Farc o torna, no mínimo, cúmplice."
EDUARDO PASSOS (São Paulo, SP)

"Que democratas são esses que falam tanto em democracia mas apóiam terroristas que seqüestram e matam inocentes, tentando barganhas espúrias e abusivas e ferindo frontalmente os verdadeiros direitos humanos?
Alguns governos da América do Sul mostram seu apoio às Farc, com acusação de ajuda financeira e até bélica; outros se omitem, mostrando claramente sua simpatia aos fora-da-lei, o que não reflete a vontade da maioria popular dos países."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

"Está aí, mais uma vez: um crime realizado no intuito de combater outros crimes torna-se aceitável frente à opinião pública. É o famoso efeito Jack Bauer (ou Capitão Nascimento) do pós-11 de Setembro.
A retórica de Chávez exalta os ânimos de seus partidários e preocupa seus adversários, mas é o governo de Álvaro Uribe que declara abertamente que a solução para essa crise (as Farc) é a via militar.
Os que apóiam a ação reagiriam da mesma forma se a Colômbia invadisse o território brasileiro com caças e helicópteros e conduzisse uma ação militar planejada sem nos contatar previamente?
A relação dos governos de Equador e Venezuela com as Farc não está clara. Entretanto, do ponto de vista dos reféns, foi a que trouxe a possibilidade de libertação. Para pôr fim a seu sofrimento, vislumbrava-se, pela via diplomática, uma saída pacífica, agora aparentemente enterrada."
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)

"Notícia urgente: "caças russos bombardearam ontem uma região da Flórida -EUA- e mataram o dirigente número 2 dos tchetchenos, juntamente com 15 militantes do grupo. O presidente Bush, indignado, falou em cadeia nacional sobre a violação de sua soberania e ordenou que sua defesa ficasse de prontidão.
O presidente russo, por sua vez, alegou estar fazendo uma guerra preventiva ao terrorismo tchetcheno. Bush exige desculpas formais da Rússia, sem atenuantes e com garantias consistentes de que ataques em território norte-americano não voltarão a acontecer".
E agora, José?"
JOSÉ ROBERVAL FREIRE DA SILVA (São Paulo, SP)

Células-tronco
"O Supremo ainda não decidiu acerca da constitucionalidade do uso de células de embriões em pesquisas. Caso considere que o embrião é uma vida, e que não se poderá utilizá-lo, o que se fará com os embriões que estão congelados e cujos "pais" não mais os querem?
Obviamente que não poderão ser descartados.
Talvez se defina: que o Estado arque com os custos da manutenção dos embriões até..."
HUMBERTO SALGADO FILHO (São Paulo, SP)

"Ontem eu tive a esperança de encontrar uma luz no fim do túnel, mas pessoas desprovidas de sentimentos acabaram com esta esperança.
Fico estarrecido ao ver um ministro, Menezes Direito, pedir vistas do processo por achar que precisa de maiores reflexões. Será que há quase três anos, quando se deu a entrada do processo, ele ainda não teve tempo para refletir? Em meu receituário, no rodapé da página, sempre esteve escrito: "Nunca tire a esperança de uma pessoa, pois pode ser a última coisa que lhe resta".
Ontem, foi tirada a esperança de milhares de diplégicos, tetraplégicos etc."
JOSÉ ADOLFO FONZAR, médico ortopedista, portador de esclerose lateral amiotrófica (Andradina, SP)

Festa
"Cumprimento a Folha pela reportagem "Unibanco dá R$ 30 mil para festa de servidor da Receita".
Práticas dessa natureza não podem ser toleradas na administração pública, ainda mais se diz respeito ao Fisco, que deve ter como primado de sua atuação a impessoalidade.
Salta aos olhos, no episódio, a contradição insolúvel entre a posição dos auditores fiscais que corretamente questionaram o fato, porque têm perfeita consciência dos limites entre o público e o privado, e a dos dirigentes do órgão, que tratam o assunto com uma naturalidade assustadora.
Ao contrário das precárias justificativas prestadas, é evidente que relações desse tipo entre os agentes públicos e instituições privadas têm, sim, o potencial de influir na política de fiscalização elaborada pela cúpula do órgão.
Esse assédio organizado do mercado sobre o Estado é incompatível com o interesse público."
PAULO GIL HÖLCK INTROÍNI, presidente da Delegacia Sindical de Campinas do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Campinas, SP)

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