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PAINEL DO LEITOR
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Ministério do Esporte
"Sou leitor da Folha, respeito-a e
reconheço a sua importância histórica no Brasil. Nem sempre concordo com as posições editoriais do
jornal, mas valorizo o seu compromisso com o rigor da informação e
o espaço para o contraditório.
Penso que um homem público
tem o dever de prestar informações
à sociedade. Por isso, a cada questionamento feito pela imprensa,
pessoalmente ou ao ministério,
busco a pronta resposta. Para o
bem da verdade, para o bem da democracia.
Fui surpreendido na edição de
4/3, no caderno Brasil, por uma
notícia falsa, em que atribuíram a
mim a movimentação de contas "tipo B". Desde que assumi o ministério, nunca utilizei esse tipo de forma de pagamento, sobretudo porque tenho a convicção de que o cartão de pagamentos permite maior
transparência e controle social do
gasto público.
Essa informação foi prestada aos
jornalistas, que mesmo assim publicaram uma mentira.
Pior, a própria reportagem indica
que a fonte da informação é a assessoria de um partido político que faz
oposição ao governo federal. Um
partido faz luta política e, na política, se toleram determinadas condutas. Mas um jornal com a tradição e a respeitabilidade da Folha
não pode tolerar a manipulação
grosseira de informações nem pode
ser caixa de ressonância de discurso político partidário, afinal, isso
seria um desrespeito aos seus leitores, entre os quais eu me incluo.
Confio em que a Folha, como é
sua tradição, fará a devida correção
do que foi publicado, para o bem da
verdade e para o direito de seus leitores."
ORLANDO SILVA JÚNIOR, ministro do Esporte
(Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
América do Sul
"Muito interessante a gritaria geral sobre a ação militar que a Colômbia realizou em território equatoriano, na qual foi morto o número
2 das Farc.
As Farc praticam todo tipo possível de crimes -seqüestros, assassinatos, extorsões etc.-, se refugiam
em território equatoriano, no mínimo com a cumplicidade deste governo, e aí o seu presidente, o destemperado Rafael Correa, brada sobre a invasão!
Talvez a Colômbia tenha se excedido ao invadir o território do
Equador, mas o fato de este país estar dando guarida às Farc o torna,
no mínimo, cúmplice."
EDUARDO PASSOS (São Paulo, SP)
"Que democratas são esses que
falam tanto em democracia mas
apóiam terroristas que seqüestram
e matam inocentes, tentando barganhas espúrias e abusivas e ferindo frontalmente os verdadeiros direitos humanos?
Alguns governos da América do
Sul mostram seu apoio às Farc, com
acusação de ajuda financeira e até
bélica; outros se omitem, mostrando claramente sua simpatia aos fora-da-lei, o que não reflete a vontade da maioria popular dos países."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)
"Está aí, mais uma vez: um crime
realizado no intuito de combater
outros crimes torna-se aceitável
frente à opinião pública. É o famoso
efeito Jack Bauer (ou Capitão Nascimento) do pós-11 de Setembro.
A retórica de Chávez exalta os
ânimos de seus partidários e preocupa seus adversários, mas é o governo de Álvaro Uribe que declara
abertamente que a solução para essa crise (as Farc) é a via militar.
Os que apóiam a ação reagiriam
da mesma forma se a Colômbia invadisse o território brasileiro com
caças e helicópteros e conduzisse
uma ação militar planejada sem nos
contatar previamente?
A relação dos governos de Equador e Venezuela com as Farc não está clara. Entretanto, do ponto de
vista dos reféns, foi a que trouxe a
possibilidade de libertação. Para
pôr fim a seu sofrimento, vislumbrava-se, pela via diplomática, uma
saída pacífica, agora aparentemente enterrada."
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)
"Notícia urgente: "caças russos
bombardearam ontem uma região
da Flórida -EUA- e mataram o dirigente número 2 dos tchetchenos,
juntamente com 15 militantes do
grupo. O presidente Bush, indignado, falou em cadeia nacional sobre a
violação de sua soberania e ordenou
que sua defesa ficasse de prontidão.
O presidente russo, por sua vez, alegou estar fazendo uma guerra preventiva ao terrorismo tchetcheno.
Bush exige desculpas formais da
Rússia, sem atenuantes e com garantias consistentes de que ataques
em território norte-americano não
voltarão a acontecer".
E agora, José?"
JOSÉ ROBERVAL FREIRE DA SILVA (São Paulo, SP)
Células-tronco
"O Supremo ainda não decidiu
acerca da constitucionalidade do
uso de células de embriões em pesquisas. Caso considere que o embrião é uma vida, e que não se poderá utilizá-lo, o que se fará com os
embriões que estão congelados e
cujos "pais" não mais os querem?
Obviamente que não poderão ser
descartados.
Talvez se defina: que o Estado arque com os custos da manutenção
dos embriões até..."
HUMBERTO SALGADO FILHO (São Paulo, SP)
"Ontem eu tive a esperança de
encontrar uma luz no fim do túnel,
mas pessoas desprovidas de sentimentos acabaram com esta esperança.
Fico estarrecido ao ver um ministro, Menezes Direito, pedir vistas
do processo por achar que precisa
de maiores reflexões. Será que há
quase três anos, quando se deu a entrada do processo, ele ainda não teve tempo para refletir? Em meu receituário, no rodapé da página,
sempre esteve escrito: "Nunca tire a
esperança de uma pessoa, pois pode
ser a última coisa que lhe resta".
Ontem, foi tirada a esperança de
milhares de diplégicos, tetraplégicos etc."
JOSÉ ADOLFO FONZAR, médico ortopedista, portador de esclerose lateral amiotrófica
(Andradina, SP)
Festa
"Cumprimento a Folha pela reportagem "Unibanco dá R$ 30 mil
para festa de servidor da Receita".
Práticas dessa natureza não podem
ser toleradas na administração pública, ainda mais se diz respeito ao
Fisco, que deve ter como primado
de sua atuação a impessoalidade.
Salta aos olhos, no episódio, a
contradição insolúvel entre a posição dos auditores fiscais que corretamente questionaram o fato, porque têm perfeita consciência dos limites entre o público e o privado, e
a dos dirigentes do órgão, que tratam o assunto com uma naturalidade assustadora.
Ao contrário das precárias justificativas prestadas, é evidente que
relações desse tipo entre os agentes
públicos e instituições privadas
têm, sim, o potencial de influir na
política de fiscalização elaborada
pela cúpula do órgão.
Esse assédio organizado do mercado sobre o Estado é incompatível
com o interesse público."
PAULO GIL HÖLCK INTROÍNI, presidente da Delegacia Sindical de Campinas do Sindicato Nacional
dos Auditores-Fiscais da Receita Federal
(Campinas, SP)
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