São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Multas em SP
Informa a Folha que a cada cinco segundos um motorista é multado na capital de São Paulo. Esse crescimento pode até ser justificado pela maior fiscalização dos agentes de repressão, somada à transgressão disciplinar, marca característica dos habitantes de Pindorama. Mas há que se reconhecer que a cada ano esses números tendem a aumentar. Recordes e mais recordes de produção de veículos são batidos anualmente, com os mesmos espaços de circulação.
Para piorar o que estava ruim, as cidade estão sendo invadidas pelas motos, como uma nuvem de gafanhotos à procura do espaço mínimo para sobreviver. Acidentes fatais e outros de sequelas irreversíveis fazem parte do cotidiano citadino. Haverá um dia em que o trânsito irá parar de vez. Nem para frente nem para trás.
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

 

"SP multa um motorista a cada cinco segundos" é a manchete da edição (ontem). As perguntas que ficam: e isso tem melhorado ou atenuado os problemas do trânsito? O que se faz com os recursos advindos dessas multas? Qual o risco da institucionalização dessa "indústria"?
EDEMAR AFONSO GONÇALVES (Jaru, RO)

Ensino religioso
Os argumentos de Francisco Borba Neto (em "As escolas públicas devem ter ensino religioso?", Tendências/Debates, ontem) a favor do ensino religioso são de fazer corar o menos inteligente dos coroinhas.
A religião pode servir como espaço "de encontro entre as éticas privada e pública", quando todo o "público" de determinado espaço decide comungar das mesmas crenças; o que é óbvio que não acontece com a população de um país inteiro.
Afirmar que o "laicismo se considera acima das religiões" (e, portanto, também não é "neutro") parece mais uma tentativa de confundir a cabeça do leitor: o Estado deve ser laico para que se respeite a liberdade dos cidadãos de acreditar (ou não) em alguma religião. Simples assim.
LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

 

É interessante a crítica de Francisco Borba Ribeiro Neto à sociedade de massas, que supostamente esconde uma doutrinação revestida de laicidade.
Confesso que, de minha parte, espero uma sociedade de massas onde cada cidadão, pouco me importa se muçulmano, cristão, budista, umbandista ou espírita, respeite as filas, os sinais vermelhos e as listas de espera aos quais todos estamos submetidos.
Pois os desejos pessoais são apenas mais um em meio a uma multidão de outros tantos.
DANIEL GUERRINI (Porto Alegre, RS)

 

Em um curso de história, ao estudar os países, aborda-se a questão da cultura, da religião, da arte e dos costumes desses povos. A literatura, a arte e a cultura brasileira e latino-americana estão marcadas pelo cristianismo. As grandes festas populares são desdobramentos de celebrações e de comemorações religiosas, sejam cristãs ou outras. Ensino religioso não deve ser confundido com catequese e proselitismo. É também cultura.
PAULO D'ELBOUX (São Paulo, SP)

PIB x IDH
Em relação à notícia sobre o aumento do PIB ("Brasil já tem o 7o. PIB do mundo", 4/3) devo dizer que temos pouco a comemorar. Muito comemoraremos quando da notícia de que somos o sétimo lugar em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
WILSON DAHER (São José do Rio Preto, SP)

Opus Dei
A notícia que relata a afirmação de Andrea Matarazzo sobre a ligação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao Opus Dei recebeu tratamento estranho. Por que a informação causou tanto espanto e merece tanto espaço? Quando o político é maçom, agnóstico, espírita é dado o mesmo destaque?
ORESTES ROMANO (Jundiaí, SP)

STF
Agora que o time do STF está completo pergunto, e daí? Não confio no STF como não confio nos políticos. Como posso confiar em nosso maior órgão de Justiça que leva anos e anos para decidir algo e, na maioria das vezes, livra políticos pilantras da cadeia ou da cassação de seus mandatos e impede a extradição de criminosos alienígenas?
LAÉRCIO ZANINI (São Paulo, SP)

EUA e Líbia
Essa história de o presidente Obama botar porta-aviões na costa de Líbia faz-me lembrar os idos de 1964 no Brasil. Naquela época, também havia um porta-aviões, na costa brasileira, na altura do Estado do Espírito Santo. A quartelada militar brasileira foi apoiada pelos americanos.
Para o restante de nós brasileiros, aquele episódio deu no que deu. Tomando nosso exemplo, por que temos de acreditar que, na Líbia ou em qualquer outro lugar, será diferente? E quantas ditaduras os Estados Unidos apoiaram com ou sem porta-aviões?
É necessário acabar com essa ingerência em questões internas dos países. Na Líbia, não se trata apenas, creio, de defesa da democracia, mas, sim, do que os Estados Unidos querem, ou seja, petróleo barato.
JAIRO VEIGA (Cajati, SP)

Carnaval
O desfile das escolas de samba de São Paulo, além de sempre estar envolto em dúvidas a respeito da qualidade, dá exemplos anuais de incompetência e amadorismo. Eles são viabilizados por meio de grande verbas dadas pela Prefeitura de São Paulo.
Como cidadão da cidade e pagador de impostos, gostaria de ter acesso a essa planilha de gastos e entender se vale todo esse investimento. Acho que não.
ANGELO RAPOSO (São Paulo, SP)

Shoah
Compreendo o zelo da Folha ao publicar réplicas de pessoas que se sentiram ofendidas pelas palavras de Claude Lanzmann ("Beauvoir me ensinou a ver o mundo", Ilustrada, 24/2). Receio, todavia, que esse bate-boca oculte a grande importância do filme "Shoah", excelente documentário sobre a memória do Holocausto nazista, dirigido por Lanzmann.
Sugiro que esse filme seja exibido regularmente no Brasil.
MARCO ANTONIO DA SILVA, professor na FFLCH-USP (São Paulo, SP)

Folha, 90
A Folha agradece as mensagens pelos 90 anos recebidas de Cledorvino Belini, presidente da Anfavea; Vítor Hugo Brandalise, presidente Tyson do Brasil, e Raphael Martins, diretor comercial Tyson do Brasil; José Barbosa Coelho, presidente do PTB-Osasco (SP); Luis López Vázquez, presidente da APTS- Associação Paulista dos Técnicos de Seguro; Karla Thais Nobre Abrahão, assessora de imprensa do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo); Maria Enid Mussolini (São Paulo, SP); Benedito Rodrigues dos Santos (São Paulo, SP); Jayro Giacoia (Botucatu, SP); Aldo Moraes (Londrina, PR); José Augusto Cabral de Barros (Recife, PE) e Helena Kessel (Curitiba, PR).

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