São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2005

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PAINEL DO LEITOR

Avaliação
"Após descobrir que a esperança não venceu o medo, que pouco adiantou não ter medo de ser feliz, que o outro mundo possível era uma farsa, o eleitor brasileiro parece descobrir que ficar deitado eternamente em berço esplêndido é um pesadelo muito real e resolveu acordar e agir por conta própria ("Hoje, Lula disputaria 2º turno contra Serra, FHC ou Alckmin", Brasil, 5/6). Mais alguma CPI abafada e chegaremos lá." Décio Luiz Gazzoni (Londrina, PR)

Corrupção
"Como disse o sr. Márcio Thomaz Bastos: "Estamos trabalhando fortemente, como nunca se trabalhou no Brasil, no combate à corrupção". Acho que não deixaram o ministro terminar a frase, pois faltou o seguinte complemento - "mas não na corrupção dentro do nosso partido e dos nossos aliados". Considero que os homens perderam o respeito pela honestidade e o bom senso, como podemos ter dois pesos e duas medidas para um mesmo problema?" Newton Yoshihiro Takahara (Tupã, SP)

"A Folha publicou em "Tendências/ Debates" artigo de Boris Fausto, intitulado "A corrupção em nossa história", começando por Cabral, passando pela UDN, por Getúlio, por Jânio, por 1964 e chegando ao PT e ao governo Lula. Incrivelmente deu um "pulinho" sobre os oito anos de FHC, dando a impressão de que, quando o "tucanato" esteve no poder, tudo era um mar de rosas, não sendo necessária nenhuma referência ao período. Também não se lembrou em nenhum momento das CPIs que dormem na Assembléia Legislativa de São Paulo, por obra do PSDB e seus aliados. Na realidade Boris Fausto entra com seu "trombone" na orquestra de desmoralização do governo Lula. Desde já podemos antever o que será a campanha para a Presidência em 2006." Luiz Eduardo Michelazzo (Amparo, SP)

Nota
"Para bem informar o leitor da Folha, é necessário esclarecer que o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, esteve em Cuiabá em 2004 para apoiar a candidatura de Alexandre César a prefeito, não tendo nenhuma relação com o episódio citado na reportagem "Gravação feita pela PF de despachantes cita Dirceu" (Brasil, 4/6, pág. A12)." Ralph Machado, assessoria especial da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)

Cidade sem TV
"Em relação ao texto "Globo fica fora do ar em cidade "caloteira" (Ilustrada, 2/6), do jornalista Daniel Castro, a TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, esclarece que o sinal da emissora ficou fora do ar em Alta Floresta, 800 quilômetros ao norte de Cuiabá, por cinco dias. No entanto, não é verdade que a razão tenha sido outra que não técnica. Assim que soube do problema, a emissora deslocou uma equipe de suporte por terra para solucionar o caso. Como os técnicos se encontravam a uma distância de 500 quilômetros a leste da capital em outra operação, a solução, física, para o problema do sinal só chegou após percorridos 1.300 quilômetros, de um lado a outro do Estado. A TV Centro América repele a afirmativa de que a suspensão do sinal tenha se dado, supostamente, porque a prefeitura do município tenha dívida com a empresa. Não há nenhuma pendência financeira nos contratos de mídia já firmados. O relacionamento comercial entre a TV Centro América e as prefeituras do interior, inclusive a de Alta Floresta, está restrito apenas às mídias de aniversário, feiras e exposições." Zilmar Melatte, diretor-geral da TV Centro América (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Daniel Castro - A Prefeitura de Alta Floresta afirmou que foi procurada por um contato comercial, que o sr. Melatte confirmou ser funcionário da TV Centro América, cobrando dívidas, de anos anteriores, no total de R$ 19 mil. Na última terça, a Câmara Municipal de Alta Floresta aprovou projeto de lei, em regime de urgência, que autoriza a prefeitura a firmar convênio com a TV Centro América para viabilizar "a qualificação do sinal Globo de televisão", a um custo de R$ 24.850, em seis parcelas, com contrapartida em publicidade do município.

Legislação
"A Afim (Associação de Franqueados Independentes do McDonald's) sente-se extremamente constrangida e espera que o Ministério Público Federal exerça o rigor da lei em referência à acusação veiculada neste jornal em 1º/6 de que o McDonald's "comprou" a lei para livrar-se de tributos referentes aos royalties. Mesmo procedimento esperamos do MP de São Paulo sobre a ação que tramita na 11ª Vara da Fazenda do Estado. Também estamos apreensivos e indignados com a nova Lei de Franquia, elaborada pelo Fórum Setorial de Franquia -sem a presença de franqueados-, que tramita em Brasília.

A nova lei legaliza uma prática que somente o McDonald's utiliza no Brasil que é a sublocação de pontos comerciais, proibida pela Lei das Locações (8.245/ 91). Lamentavelmente a ABF (Associação Brasileira de Franquia) está apoiando na íntegra a lei, colocando em posição de extrema vulnerabilidade os mais de 56 mil franqueados do país caso necessitem de amparo legal." George Hiraiwa, diretor da Afim (São Paulo, SP)

Ouvidoria
"A Comissão Justiça e Paz de São Paulo vem externar sua imensa alegria pela nomeação de Antonio Funari Filho para Ouvidor de Polícia do Estado de São Paulo. Seu equilíbrio, sua personalidade pacífica e ética distinguiram-no enquanto presidente da Comissão Justiça e Paz (1996-2000) e enquanto delegado regional do Trabalho de São Paulo, por mais de dez anos. Certamente sua atuação na Ouvidoria não será diferente." Antonio Carlos Malheiros, presidente da CJP/SP -Comissão Justiça e Paz de São Paulo (São Paulo, SP)

Luxo X miséria
"A reportagem sobre a inauguração de nova loja Daslu em São Paulo (Cotidiano, 4/6) é reveladora da profundidade da desigualdade social em que está mergulhada a sociedade brasileira. Justo ao lado desse templo do consumismo ostentatório existe uma pequena favela de nome Coliseu. Um muro de concreto os separam; a rigor, um verdadeiro apartheid ali se configura. Nossas elites endinheiradas não sentem, por exemplo, o menor constrangimento em adquirir uma calça jeans cujo preço equivale a 16 meses de (miserável) salário mínimo decretado pelo atual governo. A pergunta que essas populações exploradas justamente podem fazer é: qual o sentido e valor de nossas instituições políticas democráticas?" Caio Navarro de Toledo (São Paulo, SP)

Pichadores
"Chegamos ao final dos tempos. Na Folha de ontem, uma professora se revela pichadora. Declara que pichação é protesto. Para mim pichação é sujeira, falta de educação, invasão de propriedade etc. Ela deveria dar aula em um chiqueiro. Aliás, deveria ter vergonha na cara e mudar de profissão, pois a que infelizmente exerce é completamente incompatível com sua atividade espúria." Carlos Matias Kolb (São Paulo, SP)

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