São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2006

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WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)   "O não comparecimento dos advogados dos irmãos Cravinhos, réus confessos da morte bárbara, cruel e covarde do casal Richthofen, é um verdadeiro tapa na cara da sociedade, e os argumentos alegados são dignos de nojo: "Meus clientes não podem ser julgados vestindo estas roupas de preso, usando algemas". Como se estivéssemos nos referindo a doces e angelicais crianças. Depois dessa afronta a todos nós, a pergunta que fica é: quem vai pagar toda essa altíssima despesa de trazer os réus do interior para São Paulo, o traslado para o fórum, o deslocamento de carros policiais e de agentes de segurança?" GILBERTO RIBEIRO DA SILVA (Carapicuíba, SP) Mensalão "O mensalão completou um ano. A sociedade esperava por uma "profunda limpeza", mas depois percebeu que a oposição não tem cacoete de oposição. No início pouparam Lula e o ministro Palocci em prol da governabilidade. Acharam que cassando o Roberto Jefferson e o José Dirceu tudo estaria resolvido. A fim de preservar a "honra" do senador Azeredo, participaram do "acordão da Câmara" e livraram da cassação todos os demais parlamentares envolvidos nos escândalos. Não investigaram "a fundo" o Marcos Valério, o Daniel Dantas, o Duda Mendonça, algumas estatais e fundos de pensão, com medo de que o "ventilador" também os atingisse. De nada adiantou o trabalho das CPIs e a ampla divulgação pela imprensa, pois muita coisa deixou de ser investigada, por incompetência ou leniência. Foram prejudicados até pelo Judiciário, que preservou alguns investigados. Escolheram o competente e preparado Geraldo Alckmin como o anti-Lula, porém já o deixaram à própria sorte, sem apoio, sem organização e sem recursos. Alguns oposicionistas já pensam em 2010, pois, preocupados com as pesquisas "viciadas", abandonaram o barco e já dão como certa a fatura de Lula." ATALIBA RODRIGUES FILHO (São Paulo, SP)   "O "escândalo do mensalão" completou um ano e não houve um ato de indignação por parte da população. A letargia parece ter tomado conta de todos aqueles que aceitam o possível segundo mandato de Lula como fato consumado. Escrevo estas palavras depois de ler a Folha de domingo, em que se demonstrou de forma brilhante o tamanho do escândalo e a indiferença da população. No entanto, vi na capa de ontem que este jornal parece compactuar com o "jogo de abafa" orquestrado pelo governo, pois dá importância para um assunto ridículo como a bolha no pé do jogador Ronaldo e relega a segundo plano os temas realmente relevantes." THOMAS HOHL (Campinas, SP)   "A leitura da Folha de segunda-feira me atacou o estômago. Na semana em que recebo meu suado salário com desconto de 27,5% na fonte, e que vejo uma pilha de contas para pagar, com impostos embutidos que variam de 25% a 40%, deparo-me com uma seqüência de fatos noticiados que realmente fazem mal a qualquer ser pensante: 1) Um Ricardo Berzoini "santo" que alega não ter existido mensalão, e que a imprensa é prova disso por não ter esperneado; 2) um artigo assinado pelo processado João Pedro Stedile e companhia, em página prestigiosa, o qual nem me dei o desprazer de ler; 3) milhões de reais roubados que não voltam aos cofres públicos por ineficiência da Justiça; 4) ex-deputados, corruptos confessos, que mantêm seus parentes "empregados" pelo Estado; 5) um procurador que tem quase R$ 16 mil em multas pendentes, recebendo salário do povo para brigar contra os radares que o multaram; 6) um presidente da República que diz que mudou o país... Bom começo de mês!" JORGE HENRIQUE SINGH (São Paulo, SP) Pauta do Congresso "Com tantas medidas provisórias travando a pauta no Congresso, matérias importantes como, por exemplo, o fim do voto secreto, correm sérios riscos de não serem votadas antes da Copa, e muito menos depois, próximo às eleições. Até parece que quem legisla de fato é o Executivo. Bem que nossos parlamentares mereciam ficar de castigo, sem direito a folgas. Se gastam tanto com combustíveis, é porque ficam mais tempo fora do que dentro do Congresso Nacional." HÉLIO MARTINS (Barueri, SP) Pensar e votar "Antônio Ermírio de Moraes alinhou, em seu artigo "Pense e vote" (domingo), os oito principais problemas do Brasil. Seria bom tomar conhecimento. Todos os itens são importantes, mas dois deles chamam a atenção, pois há muito temos ouvido falar e nada de concreto é feito pela mudança: o desempenho dos estudantes brasileiros, que é também o desempenho da sociedade. Somos último lugar em matemática e penúltimo em ciências e temos 16 milhões de analfabetos. Entre os que sabem ler, mais de 50% não entendem o que lêem. Avalio que, no poder, os sanguessugas de ontem são também os de hoje, e quando não se perpetuam na situação, perpetuam-se na oposição. Pensar muito, como diz o colunista, pode resolver, em parte! Faltou arrolar um nono problema: a tomada de atitude, a ação. Em que lugar estamos? Ou ainda não foi feita uma pesquisa a respeito?" MODESTA TRINDADE THEODORO (Belo Horizonte, MG) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Auro Danny Lescher e Cláudio Loureiro: Refugiados urbanos Próximo Texto: Erramos Índice

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