São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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PT
"O jornalista Fernando Rodrigues (30/5) aproveita informações divulgadas pelo PT sobre o número de filiados inadimplentes que ocupam cargos comissionados no governo federal para reforçar a falsa tese de aparelhamento do Estado pelo partido. Alegando falta de transparência por parte da legenda, o jornalista afirma que os dados são "a primeira pista concreta sobre o quanto o PT avançou sobre o governo Lula". Diante do que consideramos uma ilação com base em desinformação, cabe informar:
1) Há pouco mais de um mês, em 21/4, concedi entrevistas a vários veículos de comunicação informando que havia cerca de 4.000 filiados no Brasil em cargos de confiança na esfera federal que não estavam em dia com a contribuição mensal prevista no estatuto partidário. Informei, ainda, que a dívida dos filiados somava cerca de R$ 30 milhões. Não há, portanto, qualquer intenção de esconder números de que a direção nacional dispõe.
2) Segundo dados do Sistema de Arrecadação de Contribuições Estatutárias do PT, de todos os filiados petistas em cargos comissionados no governo federal, apenas 881 contribuem hoje com o partido.
3) Ao todo, em torno de 5.000 petistas filiados ocupam cargos comissionados no governo federal, número bem inferior ao que veículos de imprensa têm divulgado -alguns chegaram a falar em 20 mil.
4) O jornalista afirma que é desconhecido o valor total que o PT arrecada com as contribuições. Ora, conforme prevê a legislação, todos os recursos arrecadados são detalhados anualmente nas prestações de contas ao TSE e estão disponíveis para consulta no órgão.
5) É público que todo militante petista, de acordo com o estatuto da legenda, assume compromisso no ato de filiação de contribuir com porcentagem de seus ganhos para os cofres do partido, independentemente de ser profissional do setor privado ou servidor comissionado em algum órgão do governo."
PAULO FERREIRA, secretário nacional de Finanças do PT (Brasília, DF)

Gisele
"A chamada de Primeira Página sobre a entrevista de Gisele Bündchen (5/6) é sensacionalista: "Até quatro meses de gravidez, não existe quase nada". É óbvio que reconhecemos os direitos e a presença do feto em uma gravidez neste período. Faltou à modelo uma observação mais detalhada da exposição que visitou. Entretanto o conteúdo de sua entrevista, naquilo que diz respeito ao preservativo e ao aborto, é altamente meritório. A Folha perdeu a oportunidade de fazer uma manchete destacando aspectos mais relevantes da matéria."
THOMAZ RAFAEL GOLLOP, livre docente em genética médica pela USP (São Paulo, SP)

"Não posso deixar de manifestar minha indignação com a reportagem "Gisele defende camisinha e direito ao aborto" (Cotidiano). Dizer que "até quatro meses de gravidez" não existe quase nada é negar a existência de Deus, que concede e concedeu a vida a qualquer ser humano, inclusive à top model Gisele Bündchen, que não seria uma das mulheres mais bonitas do mundo sem a permissão divina."
MARCELO ERGESSE (Osasco, SP)

Operação Navalha
"Ou se vai para o caixa dois ou se vai para o financiamento", disse o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. É interessante perceber como a ajuda de grandes empreiteiras interessadas em colocar políticos alinhados aos seus interesses acaba sendo defendida por uma alta autoridade da política brasileira como algo altamente ético e moral."
BRUNO ZAMORA TEORO (Cruzeiro do Oeste, PR)

Judiciário
"Mais um caso de corrupção estoura no Judiciário (Brasil, pág. A7) e espera-se que as punições venham e sejam exemplares. STJ, Justiça Estadual, Federal e do Trabalho em São Paulo, TRF do Rio, concurso para magistratura no Paraná, juiz homicida no Ceará... Pelo andar da carruagem, estamos prestes a ver novos desfechos "à la Lalau': ninguém preso e todos recebendo aposentadoria integral."
HADEN MADOX ZAMORA (Florianópolis, SC)

"Não importa quem sejam os investigados, juízes, funcionários públicos ou advogados. O Instituto dos Advogados de São Paulo apóia a apuração decorrente das operações Hurricane e Têmis, pela Polícia Federal, porém exige respeito aos direitos e garantias individuais, assim como a todas as prerrogativas inerentes ao exercício da advocacia. O Iasp repudia as violações denunciadas por advogados que enfrentaram incompreensíveis limitações para o exercício de suas atividades e está convicto de que o Poder Judiciário conduzirá o assunto com total isenção, assim como a OAB saberá averiguar a participação de advogados nos esquemas de favorecimento e venda de sentenças e punir exemplarmente eventuais envolvidos."
MARIA ODETE DUQUE BERTASI, presidente do Iasp (São Paulo, SP)

"Impressionante a reportagem de Silvana de Freitas (Brasil, 5/6). Quero parabenizá-la por ter sido muito clara e objetiva na exposição.
É inconcebível, principalmente face ao momento em que vivemos, um órgão cuja responsabilidade precípua é a de dizer o direito em nossa sociedade não possuir um código de ética -e mais, nem querer um código de ética. É um absurdo! Fiquei pasma com a notícia! Se não têm código de ética para magistrados, devo concluir que não têm moral, pois a moral é o objeto da ética."
ALDA MARIA SOUZA DE CASTRO SILVA SAFADY (São Paulo, SP)

Mangabeira
"Registro meu protesto pela forma desrespeitosa com que o colunista Fernando de Barros e Silva tratou o professor Roberto Mangabeira Unger em 4/6. Um pensador respeitado no mundo todo não merece ser tratado como "aloprado" nem comparado a um personagem caricatural como Brás Cubas. As soluções pensadas por Mangabeira Unger para o Brasil são sérias e factíveis, e somente quem não leu os seus artigos publicados por quase dez anos pela Folha pode compará-las a um "emplastro". Abandonar uma cátedra em Harvard para comandar uma secretaria de Estado no Brasil, como se dispôs a fazer, é um ato de desprendimento e patriotismo que não pode ser reduzido à ocupação de uma "boquinha" ou à adesão oportunista ao lulismo.
Tratar assunto sério como esse de forma tão irreverente e leviana é incompatível com o espaço nobre ocupado pela coluna, que melhor estaria no espaço da Ilustrada destinado ao humorista José Simão."
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM, promotor de Justiça (Sorocaba, SP)

Bebida
"Como disse Fábio Fernandes no "Painel do Leitor" de 4/6, "publicidade de bebidas alcóolicas não causa acidentes de trânsito, violência doméstica ou alcoolismo em crianças". Ela apenas associa a essas drogas "lícitas" imagens de mulheres bonitas, caras sarados, alegria, música e curtição. Nunca vi nesses informes bêbados chatos, garotas em coma alcoólico ou moços ébrios apostando corridas como se fossem pilotos de F-1. Só sei que vejo muitos jovens exibindo suas latas de cerveja como se fossem um troféu e bebendo igualzinho como viram na TV."
CIBELE MENDES CARRERA (SÃO PAULO, SP)

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