São Paulo, domingo, 06 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Lygia Clark e a Bienal
Acredito que a manutenção e a preservação do patrimônio intelectual e artístico de Lygia Clark deva ser caríssima (Ilustrada, 4/ 6). Mas que valor tem a obra de arte para aquele que a faz, como materialização de sua visão critica de mundo?
Quando a família impõe regras e custos abusivos opõe-se à liberdade de divulgar o pensamento de seu antepassado. Desta forma, apresenta sua visão mercantil de uma herança que deveria abrir um novo horizonte, não apenas servir de abrigo financeiro.
Se o problema é preservação da obra em si, que seja cobrado do local onde esta obra venha a ser apresentada apenas o custo de assegurar a integridade da mesma. Assim, deixa-se de lado o fantasma da "pseudo preservação" e eterniza-se uma ideia viva em qualquer obra de arte: a da liberdade da expressão, para que esta colabore no contínuo despertar daqueles que nos sucedem.
ANTÔNIO DIAS NETO, arquiteto e urbanista (São Paulo, SP)

Zico
Li hoje a coluna do Juca Kfouri e me senti obrigado a comentar a decisão de Zico em aceitar ser o novo diretor executivo de futebol do Flamengo. É como ver um sonho realizado.
Sou são-paulino, mas amo mesmo é o bom futebol. O futebol da seleção de 70, o futebol da seleção de Telê, em 82, da máquina tricolor, da academia palmeirense, dos meninos da vila, da democracia corintiana, do Flamengo de Zico.
Por isso, sinto-me obrigado a apoiar Zico e pedir que a imprensa esportiva nacional, a carioca, a paulista, a mineira, também assim o façam. Que os torcedores de todo o Brasil o apoiem, pois é de gente como ele que o futebol precisa.
FERNANDO CUNHA (São Paulo, SP)

Zico 2
E o Zico, hein? Com sua declaração que não aceitaria dinheiro do Flamengo para ser seu dirigente? Mas vai ganhar do patrocinador, exigência dele, R$ 350 mil por mês.
Mais um mercenário que ama seu clube: está podre de rico, mas está deixando dúvidas sobre sua paixão pelo time. Sempre bom lembrar, Galinho: este dinheiro que o patrocinador te paga poderia ser investido no próprio clube, não no dirigente, que se diz torcedor e apaixonado.
WALTER LEMOS FILHO (Florianópolis, SC)

Pedágio em SP
No dia 04/06, os tributos arrecadados no Brasil chegaram aos 500 bilhões de reais. Ontem sai de Ribeirão Preto e fui à festa de Corpus Christi em Matão. Paguei R$ 36,60 de pedágio para percorrer cerca de 180 quilômetros de ida e volta. Isto dá R$ 0,20 por quilômetro, o que é um absurdo.
Além de pagar todos os impostos exagerados apontados pelo PSDB, mais este tributo aviltante instituído por ele próprio não é um contrassenso?
LUIZ ANTÔNIO DAL SILVA, engenheiro (Ribeirão Preto, SP)

Seleção no Zimbábue
Ninguém em sã consciência poderia aprovar qualquer regime de exceção, isso é claro. Porém, achei um pouco exagerada a ênfase dada à cobertura da Folha ao jogo do Brasil no Zimbábue.
Que aquele país é dirigido por um ditador e em um regime violento -aliás, existe ditadura sem violência?- todos nós sabemos. Mas as fotos da matéria, que mostram a alegria incontida daquela gente normalmente esquecida, levam a crer que, apesar de continuarem sob o flagelo de Robert Mugabe, o jogo da Seleção serviu também para dar um pouco de alegria, satisfação e alento para o povo zimbabuano. E isso não é pouca coisa!
JOSÉ HENRIQUE VALÊNCIO (São Paulo, SP)

Seleção no Zimbábue 2
O leitor Carlos Alberto Belozi se regozija pelo golaço marcado por Dunga ao recusar-se encontrar com o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe. Sinceramente que não entendi a vibração pelo gol contra. Golaço seria se a Seleção ali não tivesse se exibido. Essa mesma Seleção que reverenciou Médici.
RICARDO MELLO (Goiânia, GO)

Sindicatos
Os trabalhadores não filiados a sindicatos estão sendo vítimas de saques em seu salário. O saque é feito diretamente na folha de pagamento, em nome de uma tal "Contribuição Assistencial".
O negócio é tão lucrativo, que já há projeto de lei para tornar este saque oficial, não dando chance de defesa à vítima. Considerando o ano eleitoral, a promiscuidade que os sindicatos têm com certos partidos políticos e a falta de prestação de contas, fico imaginando o tamanho da farra.
ANTÔNIO CARLOS BOCA (Dois Córregos, SP)

Carga tributária 1
Fiquei sem compreender o que um dos candidatos a presidente, o da chamada "oposição", foi fazer na Associação Comercial de São Paulo.
Qual é o sentido de ficar na frente de um painel que contabiliza os resultados de uma de suas criações e a sua falta de iniciativa? Afinal, se a memória não falha, o candidato foi deputado constituinte (nota quase quatro) e governador de São Paulo.
Fez e votou, quando no Legislativo, de um lado, e, quando esteve no Executivo, de outro: não reduziu ou extinguiu impostos paulistas. Enfim, foi apenas para conseguir votos com os grandes comerciantes da rua Boa Vista?
DAINIS KAREPOVS (São Paulo, SP)

Carga tributária 2
O presidente Lula é a favor da alta carga tributária. Ela representa 38% do PIB nacional e impacta direta e negativamente nas empresas, saturadas deste modelo emperrado, e no cidadão, que está sendo penalizado por várias incidências em cadeia.
Nenhum candidato ousará a reforma tributária. Poderíamos gerar 500 mil empregos se reduzíssemos a carga em 5%. Foram 500 bilhões já registrados em prol de tributos arrecadados, metade do Produto Interno Bruto.
Banida a classe média e com o acesso ao crédito que ludibria as demais, todas endividadas, restam os bancos com suas tarifas e o Estado com cavalar tributação. Mas esta fórmula está com os dias contados, pois os cidadãos exigem mudança.
CARLOS HENRIQUE ABRÃO (São Paulo, SP)

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