São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Palocci
Em debate em 2010, respondendo a uma pergunta de Plínio Sampaio, Dilma prometeu ter mais cuidado na indicação de ministros do que teve na indicação de sua auxiliar direta Erenice Guerra; também disse que, se eleita, continuaria as investigações contra a corrupção no caso.
Agora vemos que nada disso ocorreu, pois Palocci nem sequer foi checado em suas "consultorias", segundo ele declarou em entrevista. Ou seja: se ele diz a verdade, Dilma até hoje não o questionou sobre o valor do faturamento de sua empresa e também sobre quem seriam seus clientes e quais os objetivos.
Nessa situação, a presidente deve uma satisfação ao país pelo desleixo na escolha de auxiliares e por não só não concluir as investigações contra Erenice como até convidá-la para a posse.
MÁRCIO M. CARVALHO (Bauru, SP)

 

Sem poder real para demitir seus ministros, sejam eles supercompetentes como Palocci ou superincompetentes como Haddad, a presidente confirma que seu governo chegou ao fim muito antes do prazo constitucional.
Daqui para a frente, será presa fácil daqueles que seu antecessor classificou muito apropriadamente de "picaretas" (que hoje proliferam aos milhares na vida pública). Acabou, também, o mito da executiva enérgica, eficiente e objetiva. Como mineira, ela não poderia jamais ter ignorado a lição de Tancredo Neves: se não puder demitir, não nomeie!
Dilma continuará pagando muito caro por isso.
ELIAS DA COSTA LIMA (São Paulo, SP)

Impunidade
Viver neste país é uma maravilha: corruptos de todos os naipes, mormente aqueles que ocupam cargo de confiança no primeiro escalão do governo, quando são investigados, deixam o cargo, mas nunca são processados, tampouco vão para a cadeia. Ficam com os lucros obtidos pelos atos de imoralidade, exatamente como bem escreveu a colunista Eliane Cantanhêde em "Vão-se os dedos, ficam os anéis" (Opinião, 5/6).
RICHARD ZAJACZKOWSKI (Francisco Beltrão, PR)

Punhado de vergonhas
Nota mil para a coluna de Danuza Leão (Cotidiano, ontem). Como ela, eu também pensei que Dilma fosse fazer diferente; meu voto não foi para ela, mas depois de confirmada a sua eleição, comecei a torcer pelo seus feitos e cheguei a admirá-la em alguns; em míseros seis meses de governo, o que aparece? "Um punhado de vergonhas."
SONIA MARIA PIVA AMARO (São José do Rio Preto, SP)

Bombeiros no RJ
Simplesmente vergonhosa a repressão ao movimento grevista dos bombeiros do Rio de Janeiro.
Ela serviu, no entanto, para desmascarar a verdadeira face do governo Sérgio Cabral, coberta por uma postura de combate à violência no Rio: uma repressão que atinge principalmente os excluídos e desfavorecidos, enquanto as práticas criminosas que unem agentes do Estado e foras da lei ainda campeiam.
A repressão a movimentos de reivindicação parece, assim, ser apenas a outra face das UPPs.
JÚLIO CEZAR BASTONI DA SILVA (São Carlos, SP)

Eleições no Peru
Receio não ter entendido o título do texto sobre as eleições no Peru na primeira página da Folha de ontem: "Peru escolhe hoje entre a democracia e a prosperidade". Em primeiro lugar, apesar de direitista e filha de ditador, Keiko Fujimori participa legalmente de pleito constitucional e democrático. Tachá-la desde já de golpista me parece prematuro.
Em segundo, a tal prosperidade pode eventualmente ser motivo de escolha de quem dela se beneficiou ao longo desses últimos anos, ou seja, a minoria dos peruanos ricos. Para a maioria da população, a palavra prosperidade continua sendo apenas uma quimera. O jornal poderia ter optado por "Peru escolhe hoje entre a mudança e a continuidade".
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

Legalizar drogas
O economista Marcos Fernandes G. da Silva defendeu ontem a legalização das drogas usando, por argumento, o pensamento de Stuart Mill segundo o qual ninguém tem o direito de violar a liberdade de uma pessoa, nem o Estado, desde que as suas ações não causem danos para outros indivíduos ("Legalizar drogas é respeitar escolhas", "Tendências/Debates").
Sempre critiquei a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança. Gostaria que o economista viesse em meu socorro para dizer: se você mantém em ordem o farol do seu carro, o pneumático, o freio, para evitar danos a terceiros, o Estado não pode violar a sua liberdade, obrigando-o a "uma ação que não causa danos a outros indivíduos", como com o cinto de segurança.
THEODORO MENDES (Sorocaba, SP)

Usp
Sendo "mero" pagador das contas do Crusp (Conjunto Residencial da USP), como contribuinte paulista, eu gostaria de tristemente apontá-lo como o exemplo mais acabado da alienação da USP.
É necessário que a reitoria resolva o problema da falta de vagas para que não faltem condições para que se aproveitem ao máximo as vagas na USP, conquistadas a duras penas pelos alunos carentes. Mas construir mais 1.500 vagas para a mesma ocupação improdutiva evidentemente não é a solução. Sugiro à reitoria um rigoroso censo dos moradores do Crusp, seguido da desocupação em tempo razoável por quem lá nem deveria estar.
ANDRÉ PEDROSO (São Paulo, SP)

 

É estafante o ritmo de estudo a que se submetem os vestibulandos que pretendem vagas nas universidades públicas.
Mesmo assim, a USP, a poucos meses do vestibular, muda novamente as suas regras. Deve ser por essa falta de equilíbrio e sensatez que o Brasil, mesmo entre as dez maiores economias do mundo, não tem a USP, sua maior universidade, entre as cem melhores do mundo.
MARIZA CATULINA DE QUEIROZ SILVA PICON (Guaranésia, MG)

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