São Paulo, domingo, 06 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Dagmar Frias de Oliveira
"Dagmar Frias de Oliveira e Ruth Cardoso eram mulheres maravilhosas. Farão muita falta. Eram modelos de pessoas a serem imitadas."
PAULO DIAS NEME (São Paulo, SP)
 

"Não a conhecia, mas sinto pelos que ficam. Rezo para ela ir ao encontro de seu companheiro para continuar a vida ao seu lado."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
 

"Lamentamos com grande pesar a irreparável perda de dona Dagmar, que foi uma grande dama da sociedade brasileira, ao lado de seu esposo, o saudoso publisher da Folha Octavio Frias de Oliveira."
FERNANDO GIRÃO E PAULO FRANÇA (São Paulo, SP)

Internet
"O recente apagão mostrou o quanto estamos vulneráveis -não só pelo sistema, mas sobretudo por estarmos nas mãos de uma só companhia. Que o ocorrido sirva de lição ao governo: a Telefônica retém um grande poder, e isso não é bom."
ARNALDO ANDRADE SANTOS (Lins, SP)

Lei seca
"Se os rigores da lei seca ferem a Constituição, o STF em breve irá dizer. Juristas têm esbravejado contra ela em nome da supremacia do direito do cidadão de não produzir prova contra si, mas nenhum deles se pronunciou favoravelmente a que se cumpra uma lei cuja finalidade é preservar a saúde pública e o respeito à vida. Tais valores bastam para que o interesse individual ceda ao interesse coletivo, já beneficiado desde que a lei entrou em vigor, com a substancial redução de acidentes automobilísticos."
JAIRO EDWARD DE LUCA , promotor (São Paulo, SP)

Judiciário
"Citada no artigo "Luta de classes no Brasil" (Opinião, 3/7), a Associação dos Juízes Federais do Brasil registra que o texto deixa de considerar que há um cargo de juiz federal para cada grupo de mais de 140 mil habitantes, mais do que dez vezes o indicado. A comparação feita no artigo é incompleta porque não observa a brutal diferença de carga de trabalho dos juízes no Brasil e nos EUA. A Suprema Corte dos EUA julga 90 processos por ano. Em 2007, o STF recebeu mais de 112 mil processos e julgou 160 mil.
Nas Cortes Federais de Apelação americanas foram distribuídos mais de 58 mil processos, sendo proferidas 168 decisões por magistrado. No Brasil, os Tribunais Regionais Federais receberam mais de 450 mil recursos, tendo cada juiz julgado quase 3.500 processos. Na 1ª instância da Justiça Federal dos EUA foram distribuídas pouco mais de 330 mil ações; no Brasil, ingressaram mais de 2,4 milhões de novas ações. O cenário demonstra que o aperfeiçoamento do Judiciário deve ser uma política constante do Estado brasileiro. Só assim se garantirá o acesso do cidadão a um Judiciário ágil e bem estruturado, capaz de responder em tempo razoável às demandas apresentadas."
FERNANDO MATTOS , presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Brasília, DF)

Vilão negro
"Deputado José de Souza Cândido ("Painel do Leitor", 26/6), com todo o respeito, o fato que deveria decepcioná-lo é que São Paulo possui cerca de 650 municípios e um enorme percentual de negros e, ainda assim, não consegue eleger negros, exceto seu filho, prefeito em Suzano. "Desserviço" presta quem que se arvora "defensor dos negros", e não estou falando do sr. ou do seu filho, e amealha fortunas na gestão de ONGs por todo o Brasil. Joguei minha flecha mais longe e hoje sou objeto de crítica, mas acredito estar cumprindo a missão a qual me propus desde o início da minha vida pública, há mais de 50 anos. Imagem estereotipada no Brasil é a do bom negro, não a do mau negro -até porque não costumamos ter personagens negros vilões, o que nos garantiu, até agora, certa invisibilidade social. Nem políticos negros corruptos deram as caras nas CPIs em Brasília. Que injustiça!
Não nutro a ilusão juvenil de que o racismo poderia ser extinto de uma hora para a outra. O que quero é a igualdade de direitos e deveres perante a lei. Estou aberto a críticas, senão não estaria pondo minha cara a tapa todos os dias na TV. Mas não desabone minha conduta, pondo em xeque toda uma vida de militância, quando diz que ando na contramão da causa negra. Cada um tem sua forma de lutar, e a que encontrei foi a expressão artística. Pode ser que não esteja conseguindo me fazer entender ou que, por falta de um olhar mais atento, aqueles que me criticam é que não estejam a entender. Só me resta repetir um pensamento do trompetista Miles Davis, quando solicitado a explicar sua música: se preciso, a esta altura do campeonato, senhor Cândido, me explicar, é porque certamente o interlocutor não entenderá."
MILTON GONÇALVES , intérprete do deputado Romildo Rosa em "A Favorita" (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"Sobre as cartas "Greve" (2 e 4/7), é importante esclarecer que de maneira nenhuma a secretária Maria Helena Guimarães de Castro apóia punição a professores. A secretaria os considera fundamentais para a melhoria da educação. Infelizmente a presidente da Apeoesp tem deixado de lado o foco nos alunos. Todas mudanças definidas pela secretaria são para aprimorar a aprendizagem dos 5 milhões de estudantes.
Sobre condições de trabalho, a pasta tem investido fortemente: neste ano serão cerca de R$ 650 milhões em obras de escolas. Acaba de ser aprovado aumento de até 12,2% no salário-base. O governo vem adotando desde 2007 uma política de incorporação de gratificações. O salário-base de professores para 25 aulas semanais mais 5 horas de trabalho pedagógico é de R$ 1.126,71, não "menos de R$ 1.000". Nenhum professor com esta carga horária recebe menos de R$ 1.364,72- chega-se a R$ 2.343, 04 (nível 1)."
DANILO VICENTE, coordenador de Comunicação da Secretaria da Educação (São Paulo, SP)

 

"A educação no Brasil é tratada com descaso há longo tempo. Sou aluna do último ano de letras na USP, mas o baixo salário dos professores e as condições de abandono das escolas públicas fizeram com que eu perdesse o interesse em lecionar. Desrespeito -é isso que os professores vêm recebendo do governo e da mídia. Professor é educador e não bandido. Os que não reconhecem os direitos dos professores e atacam a greve se esquecem de que, se hoje têm um emprego, devem isso aos professores que tiveram, pois são eles que nos guiam. Infelizmente, quando saem da escola, as pessoas se esquecem disso."
NATÁLIA MÁXIMO (São Paulo, SP)

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