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Transporte
É louvável o editorial "Melhorar o transporte" (4/7), especialmente por sua defesa do pedágio
urbano. Mas se deveria incluir
entre as metas a discussão sobre
uma reestruturação do transporte público que torne mais humanos os serviços (aspecto sempre
esquecido).
Coisas como um rigoroso plano de horários e informações, fim das catracas e sua
substituição pela fiscalização de
cobradores, planos de desconto,
redesenho dos veículos, completa integração da zona metropolitana, assim por diante.
HOMERO SANTIAGO (São Paulo, SP)
Cumprimento a Folha pelo
editorial "Melhorar o transporte",
por colocar a questão no centro da
agenda dos temas da região metropolitana de São Paulo.
Embora encerre algumas divergências que respeito, destaco as
importantes contribuições dadas,
como a relevante discussão sobre
o futuro do transporte e o fato de
reconhecer no Plano de Expansão
uma propriedade da população.
Cumprimento também por não
deixar de exercer o papel do jornalismo ao apontar falhas e cobrar
da administração a solução dos
problemas, sem deixar de reconhecer o que já foi realizado. É importante que a sociedade se aproprie do Plano de Expansão, defenda suas conquistas e lute pela sua
completa efetivação. Ele deve ser
irreversível.
JOSÉ LUIZ PORTELLA, secretário de Estado dos
Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)
Doutores
Lastimável a opinião de Carlos
Aragão, presidente do Conselho
Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, ao
achar que o Brasil só terá "inovação tecnológica" com mais doutores nas áreas de engenharia.
É claro que precisamos de
mais profissionais das áreas das
exatas. Mas, sem doutores e doutoras de áreas como sociologia,
antropologia, história, ciência
política, literatura etc., seremos
um país que apenas reproduzirá
acriticamente a tecnologia.
Engana-se quem pensa que as
áreas humanísticas são separadas das outras áreas: ao contrário, são fundamentais para ajudar a formar um país lúcido, crítico, reflexivo, politizado e compromissado com seu futuro.
SORAYA FLEISCHER, professora da Universidade
de Brasília (Brasília, DF)
Copa
Perdemos a Copa do Mundo
de futebol. Para o único país
pentacampeão, é uma dor terrível. O erro de Dunga foi querer
impor talento a jogadores disciplinados, sendo que o certo seria
tentar impor disciplina a jogadores talentosos.
YUKI HILTON DE NORONHA (São José do Rio
Preto, SP)
A breve e escondida crítica de
Marcos Augusto Gonçalves sobre
"Publicidade e mídia exageram
nas gozações contra argentinos"
(Esporte, ontem) diz tudo o que
eu gostaria de expressar.
Semanas antes do início das últimas Copas, quase toda a programação de TV e os comerciais de
cerveja, principalmente, são invadidos pelo tema futebol, tratado
com uma breguice atroz. A chamada "loucura" que o brasileiro
tem pelo futebol é um fenômeno
criado pela TV com a intenção de
aumentar a audiência.
PAULO SÉRGIO DO CARMO (São Paulo, SP)
Cartórios
Pergunto aos responsáveis pelo Judiciário em São Paulo: já
não está na hora de estudarmos
a privatização dos cartórios judiciais, seguindo o exemplo de outros Estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente) e pormos fim às greves que prejudicam os que buscam a proteção jurisdicional e a
classe dos advogados?
WANDERLEI ANTONIO GALACINI (São Paulo, SP)
Motos
Para os futuros motociclistas
deveria ser acrescentado, além
do curso e da prova hoje existentes, estágio, nos fins de semana,
no principal pronto-socorro da
cidade. Seria uma forma de reduzir o número de acidentes.
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)
Meteorologia
Sobre a matéria "Brasil não vai
desativar estações meteorológicas, afirma governo" (Ciência,
29/6), a Marinha do Brasil esclarece que, em atendimento a compromisso internacional assumido
pelo país, tem a atribuição de disseminar a previsão do tempo na
área marítima sob responsabilidade do Brasil, por meio do Serviço Meteorológico Marinho, que é
realizado pela Diretoria de Hidrografia e Navegação, por intermédio do Centro de Hidrografia da
Marinha e custeado integralmente por recursos orçamentários
destinados ao Ministério da Defesa/Comando da Marinha.
Além disso, a Marinha dissemina a previsão meteorológica especial para a Antártica, em apoio
ao desenvolvimento das atividades brasileiras na Estação Antártica Comandante Ferraz, bem como aos navios brasileiros que
operam na área, também custeada pelo orçamento da Força, ao
contrário do que possa induzir o
último parágrafo da matéria. As
informações das estações meteorológicas do Projeto de Meteorologia Antártica subsidiam de maneira complementar a previsão
realizada pela Marinha.
MANOEL LUIZ FERREIRA ROMUALDO, assessor de
imprensa do Centro de Comunicação Social da Marinha (Brasília, DF)
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