São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Ouvidoria da Polícia
"O Movimento do Ministério Público Democrático, entidade comprometida com a defesa da ordem jurídica, dos direitos da pessoa humana e do Estado democrático de Direito, tendo em vista a reportagem "Governo de SP "quebra" Ouvidoria de Polícia" (Cotidiano, pág. C1, 3/10), vem repudiar qualquer tentativa de obstaculizar o exercício das atribuições de tão importante órgão.
É indiscutível que essa Ouvidoria, desde a sua criação, vem desempenhando papel relevantíssimo no combate aos atos arbitrários e ilegais praticados por maus policiais, contribuindo, destarte, para que a atividade policial se desenvolva nos estritos limites da lei."
Jaqueline Lorenzetti Martinelli, primeira coordenadora-geral do Movimento do Ministério Público Democrático (São Paulo, SP)


Blocos econômicos
"Enquanto o mundo inteiro busca formar blocos econômicos para contrapor-se aos excessos da globalização, o Brasil parece querer fechar-se em si mesmo, como se o famigerado desemprego fosse uma praga localizada. O desemprego só será reduzido com muita criatividade.
Não é razoável ficar pregando revanchismos protecionistas. Devemos, isto sim, combater o protecionismo dos vizinhos. A melhor forma de se proteger desse tipo de protecionismo é formando blocos econômicos.
O Mercosul está congelado, a espera do que virá.
Espero que venha uma continuidade pela integração e pela materialização desse bloco, pois, com ele, pelo menos poderemos brigar com mais cacife contra os outros blocos, como o Nafta, a Comunidade Européia e as grandes potencias asiáticas."
Fábio André Balthazar (São Paulo, SP)


Bloqueadores
"Finalmente vão instalar bloqueadores de celulares em Bangu 1. A operação vai custar cerca de R$ 200 mil.
Não consigo entender por que tanta demora para tomar uma atitude como essa. A única conclusão a que posso chegar é que muitos interesses devem estar sendo contrariados -talvez nem sejam muitos, mas grandes o suficiente para dominar um país.
O que falta em nossos nobres homens públicos é rapidez na solução dos problemas, a mesma rapidez que é utilizada na busca de recursos para as campanhas eleitorais."
Márcio Barbieri (Campinas, SP)


Anvisa
"Em relação à reportagem "Vigilância libera sete tipos de aparelho" (Cotidiano, pág. C4, 28/9), esclareço que:
1) A Anvisa determinou, há um mês, a suspensão da venda de sete aparelhos massageadores elétricos da empresa Polishop por nenhum deles ter apresentado informações sobre o produto à Agência, exigência obrigatória para a comercialização. Logo em seguida, a empresa foi autuada por não cumprir as determinações da legislação sanitária. Portanto, diferentemente do que afirmou o diretor da Polishop, João Apolinário, não houve equívoco na suspensão da venda desses produtos uma vez que eles estavam sendo vendidos de forma irregular;
2) A ocorrência de queimaduras e de choques em consumidores que utilizaram esses aparelhos levou a Anvisa a tornar obrigatório o registro dos cinturões, que precisarão passar a comprovar eficácia e segurança do uso, ou seja, que o produto vai cumprir os efeitos divulgados na propaganda sem provocar choques ou queimaduras no usuário;
3) A liberação dos aparelhos de ginástica passiva da empresa Polishop deve-se exclusivamente à liminar concedida pela 4ª Vara da Justiça Federal, em Brasília (DF). A Agência já recorreu da decisão e aguarda parecer do Judiciário;
4) O objetivo da Anvisa é preservar e proteger a saúde dos consumidores. A reavaliação do uso de produtos que podem oferecer risco à saúde faz parte das ações de rotina da Agência, que determina suspensões dessa natureza constantemente."
Cláudio Maierovitch, diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasília, DF)


O drama em que vivemos
"O editorial "Epidemia de Violência" (Opinião, pág. A2, 4/10), que reproduz as conclusões da OMS sobre o fato de que o número de suicídios ocorridos no ano 2000 superou o número de homicídios e de mortes causadas por guerras, pode surpreender a muitos, mas não causa espanto a nós, voluntários do CVV, que recebemos uma chamada a cada 33 segundos.
Em 2001, as nossas 48 unidades espalhadas por todo o país receberam 1 milhão de ligações.
Os dados publicados atestam o drama em que vivemos."
Arthur A. Mondin, vice-coordenador nacional do CVV (São Paulo, SP)


Violência
"O incidente com um septuagenário em fúria -que provocou uma confusão que por pouco não acabou em tragédia numa das mais movimentadas avenidas de São Paulo-, nos dá algumas lições importantes.
Em primeiro lugar, mostra-nos o perigo de nos deixarmos levar por programas sensacionalistas de rádio e de TV -que exploram a violência à exaustão, criando uma verdadeira neurastenia na população- e por políticos inconsequentes e oportunistas, muitos dos quais deram inestimável contribuição para o quadro que aí está quando ocupavam cargos públicos.
Outra lição importante nos alerta para não cairmos na esparrela daqueles que defendem o armamento dos cidadãos como hipotética forma de se defender da violência. Com frequência, lemos histórias de pessoas que são mortas com as próprias armas e municiam os criminosos que as roubam.
No caso ocorrido na quarta-feira passada, o que se viu foi a atitude irresponsável de cidadãos que, de posse de armas próprias, se travestiram de vigilantes e, mesmo sem ter a menor idéia do que se passava, passaram a atirar contra o carro do septuagenário, colocando em risco a vida de pessoas inocentes que circulavam pelas imediações."
Celso Balloti (São Paulo, SP)


Em português
"É ridículo a Folha, "um jornal a serviço do Brasil", editar uma revista sobre as marcas mais lembradas pelo consumidor brasileiro e denominá-la de "Top of Mind - Unforgettable" (3/10).
Será que não existe no idioma nacional um título adequado? Por que então não escrever o texto todo em inglês, já que é "fashion'?".
Jorge Alberto de Oliveira Marum (Piedade, SP)


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