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PAINEL DO LEITOR
Ouvidoria da Polícia
"O Movimento do Ministério Público
Democrático, entidade comprometida
com a defesa da ordem jurídica, dos direitos da pessoa humana e do Estado democrático de Direito, tendo em vista a
reportagem "Governo de SP "quebra" Ouvidoria de Polícia" (Cotidiano, pág. C1,
3/10), vem repudiar qualquer tentativa
de obstaculizar o exercício das atribuições de tão importante órgão.
É indiscutível que essa Ouvidoria, desde a sua criação, vem desempenhando
papel relevantíssimo no combate aos
atos arbitrários e ilegais praticados por
maus policiais, contribuindo, destarte,
para que a atividade policial se desenvolva nos estritos limites da lei."
Jaqueline Lorenzetti Martinelli, primeira
coordenadora-geral do Movimento do
Ministério Público Democrático
(São Paulo, SP)
Blocos econômicos
"Enquanto o mundo inteiro busca formar blocos econômicos para contrapor-se aos excessos da globalização, o Brasil
parece querer fechar-se em si mesmo,
como se o famigerado desemprego fosse
uma praga localizada. O desemprego só
será reduzido com muita criatividade.
Não é razoável ficar pregando revanchismos protecionistas. Devemos, isto
sim, combater o protecionismo dos vizinhos. A melhor forma de se proteger
desse tipo de protecionismo é formando
blocos econômicos.
O Mercosul está congelado, a espera do
que virá.
Espero que venha uma continuidade
pela integração e pela materialização
desse bloco, pois, com ele, pelo menos
poderemos brigar com mais cacife contra os outros blocos, como o Nafta, a Comunidade Européia e as grandes potencias asiáticas."
Fábio André Balthazar (São Paulo, SP)
Bloqueadores
"Finalmente vão instalar bloqueadores
de celulares em Bangu 1. A operação vai
custar cerca de R$ 200 mil.
Não consigo entender por que tanta
demora para tomar uma atitude como
essa. A única conclusão a que posso chegar é que muitos interesses devem estar
sendo contrariados -talvez nem sejam
muitos, mas grandes o suficiente para
dominar um país.
O que falta em nossos nobres homens
públicos é rapidez na solução dos problemas, a mesma rapidez que é utilizada
na busca de recursos para as campanhas
eleitorais."
Márcio Barbieri (Campinas, SP)
Anvisa
"Em relação à reportagem "Vigilância
libera sete tipos de aparelho" (Cotidiano,
pág. C4, 28/9), esclareço que:
1) A Anvisa determinou, há um mês, a
suspensão da venda de sete aparelhos
massageadores elétricos da empresa Polishop por nenhum deles ter apresentado informações sobre o produto à Agência, exigência obrigatória para a comercialização. Logo em seguida, a empresa
foi autuada por não cumprir as determinações da legislação sanitária. Portanto,
diferentemente do que afirmou o diretor
da Polishop, João Apolinário, não houve
equívoco na suspensão da venda desses
produtos uma vez que eles estavam sendo vendidos de forma irregular;
2) A ocorrência de queimaduras e de
choques em consumidores que utilizaram esses aparelhos levou a Anvisa a tornar obrigatório o registro dos cinturões,
que precisarão passar a comprovar eficácia e segurança do uso, ou seja, que o
produto vai cumprir os efeitos divulgados na propaganda sem provocar choques ou queimaduras no usuário;
3) A liberação dos aparelhos de ginástica passiva da empresa Polishop deve-se exclusivamente à liminar concedida
pela 4ª Vara da Justiça Federal, em Brasília (DF). A Agência já recorreu da decisão e aguarda parecer do Judiciário;
4) O objetivo da Anvisa é preservar e
proteger a saúde dos consumidores. A
reavaliação do uso de produtos que podem oferecer risco à saúde faz parte das
ações de rotina da Agência, que determina suspensões dessa natureza constantemente."
Cláudio Maierovitch, diretor da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
(Brasília, DF)
O drama em que vivemos
"O editorial "Epidemia de Violência"
(Opinião, pág. A2, 4/10), que reproduz
as conclusões da OMS sobre o fato de
que o número de suicídios ocorridos no
ano 2000 superou o número de homicídios e de mortes causadas por guerras,
pode surpreender a muitos, mas não
causa espanto a nós, voluntários do
CVV, que recebemos uma chamada a
cada 33 segundos.
Em 2001, as nossas 48 unidades espalhadas por todo o país receberam 1 milhão de ligações.
Os dados publicados atestam o drama
em que vivemos."
Arthur A. Mondin, vice-coordenador
nacional do CVV (São Paulo, SP)
Violência
"O incidente com um septuagenário
em fúria -que provocou uma confusão
que por pouco não acabou em tragédia
numa das mais movimentadas avenidas
de São Paulo-, nos dá algumas lições
importantes.
Em primeiro lugar, mostra-nos o perigo de nos deixarmos levar por programas sensacionalistas de rádio e de TV
-que exploram a violência à exaustão,
criando uma verdadeira neurastenia na
população- e por políticos inconsequentes e oportunistas, muitos dos quais
deram inestimável contribuição para o
quadro que aí está quando ocupavam
cargos públicos.
Outra lição importante nos alerta para
não cairmos na esparrela daqueles que
defendem o armamento dos cidadãos
como hipotética forma de se defender da
violência. Com frequência, lemos histórias de pessoas que são mortas com as
próprias armas e municiam os criminosos que as roubam.
No caso ocorrido na quarta-feira passada, o que se viu foi a atitude irresponsável de cidadãos que, de posse de armas
próprias, se travestiram de vigilantes e,
mesmo sem ter a menor idéia do que se
passava, passaram a atirar contra o carro
do septuagenário, colocando em risco a
vida de pessoas inocentes que circulavam pelas imediações."
Celso Balloti (São Paulo, SP)
Em português
"É ridículo a Folha, "um jornal a serviço do Brasil", editar uma revista sobre as
marcas mais lembradas pelo consumidor brasileiro e denominá-la de "Top of
Mind - Unforgettable" (3/10).
Será que não existe no idioma nacional
um título adequado? Por que então não
escrever o texto todo em inglês, já que é
"fashion'?".
Jorge Alberto de Oliveira Marum
(Piedade, SP)
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