São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Apoio
"Gostaria de dar uma sugestão ao senhor José Genoino, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Em vez de ficar espinafrando o candidato José Serra e o governador Geraldo Alckmin, o senhor Genoino deveria sumir por uns tempos para refletir sobre a palhaçada orquestrada por ele e pelo alto comissariado petista contra a candidata do próprio partido em Fortaleza (CE), Luizianne Lins. O acordo que o PT fez com o candidato do PC do B à Prefeitura de Fortaleza deixou a candidata petista à deriva e, segundo declarações da própria Luizianne à rádio CBN, a coordenação nacional do partido, com Genoino à frente, chegou a pedir a renúncia dela. Que vergonha! Luizianne insistiu, ganhou apoio de alguns ministros, tirou o preferido do PT da disputa (Inácio Arruda, do PC do B) e está no segundo turno junto com o candidato do PFL, Moroni Torgan. Bem feito!"
Keko Ribeiro (São Paulo, SP)

Pindamonhangaba
"Em sua coluna de ontem, Mônica Bergamo (Ilustrada, pág. E2) esqueceu o "Santo de Casa 4". O PSDB perdeu -pela primeira vez em 16 anos- na cidade de Pindamonhangaba, terra do governador Alckmin, onde ele já foi até prefeito."
Beatriz do Valle Bargieri (Osasco, SP)

Aprendizado
"Em seu editorial "Aprendizado democrático" (Opinião, pág. A3, 3/10), a Folha lamenta que "as campanhas tenham degenerado em puro marketing", mas comemora que "o cidadão já aprendeu algo e já não se deixa apanhar tão facilmente pelas armadilhas do velho populismo". Entretanto o editorial não assume a parcela de responsabilidade do Datafolha e de seus similares quanto aos efeitos nocivos causados pelas pesquisas eleitorais. As enquetes são ferramentas indispensáveis para os "truques mais baratos dos modernos marqueteiros" -que o próprio editorial critica. Pesquisa eleitoral vicia o eleitor, condiciona o voto, forma o resultado, orienta o financiador (investidor) de campanhas e gera lucros em manchetes que vendem jornal e dão audiência ao jornalismo-espetáculo. Um dia, talvez, o desejado aprendizado nos permita suprimir as pesquisas eleitorais em defesa de um voto verdadeiramente livre."
José Vieira Rocha Júnior (São Paulo, SP)

Fed
"Parabenizo o senhor Jorge Boaventura pelo excelente e esclarecedor artigo "A incrível realidade do Fed" ("Tendências/ Debates", pág. A3, 5/10). Confesso que eu mesmo imaginava ser o Fed um "banco central independente", como é tão falado nos meios de comunicação, uma instituição independente do governo americano e dos bancos privados, que tivesse os interesses da nação americana acima das disputas menores (?) de mercado. O senhor Boaventura esclareceu-me que isso é utopia. A pergunta que fica é a seguinte: se isso é uma realidade (mesmo que surpreendente), que alternativas restam aos países endividados para alcançar o desenvolvimento econômico? Como se posicionam os demais integrantes do G7? Utilizam o mesmo procedimento que os americanos para administrar os seus bancos centrais?"
José Drugg (São Paulo, SP)

Pesquisa
"Como cidadão brasileiro e pesquisador do Instituto Butantan, fico orgulhoso ao ver nossa tecnologia transformar-se em saúde pública. Seis vacinas consideradas prioritárias para o país (pentavalente, raiva em cultura celular, meningites B e C, hepatite A e leishmaniose canina) sairão em breve das linhas de produção do Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e do Instituto Butantan, em São Paulo, definidas pelo plano estratégico do Programa Nacional de Competitividade em Vacinas (Inovacina). Fico ainda mais satisfeito ao saber que essa produção de vacinas ajuda a diminuir o déficit da balança comercial brasileira. A dependência tecnológica brasileira nesse campo representa um déficit comercial da ordem de US$ 121 milhões por ano. O que me intriga, no entanto, é a relutância do governo estadual em apoiar efetivamente a pesquisa realizada nos institutos de pesquisa do Estado. Os cientistas conseguem esses avanços na saúde pública à custa de salários minguados, quando comparados com outras carreiras que exigem os níveis de excelência alcançados por esses pesquisadores. Investir em pesquisa significa angariar divisas. Parece que o governo do Estado não percebeu isso ainda, pois continua a insistir na sua política deliberada de exportar cérebros, minando assim, a longo prazo, a saúde pública."
Hilton Ferreira Japyassú (São Paulo, SP)

Mortalidade
"Parabenizo a Folha pelo editorial "Mortalidade materna" (Opinião, pág. A2, 4/10). Esse assunto é de grande importância, principalmente quando analisamos que, se o Brasil tivesse a mesma taxa de mortalidade materna que a tem a Inglaterra, cerca de 200 (duzentas!) mães deixariam de morrer a cada ano só no Estado de São Paulo. Embora os esforços da Organização Mundial da Saúde sejam importantes, outras iniciativas discutidas na pouco divulgada CPI da Mortalidade Materna devem ser urgentemente implementadas. Nós, da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (Saesp), temos discutido esse assunto e temos mostrado aos nossos associados a importância de estimular a criação de um órgão denominado Comitê de Mortalidade Materna. Esse comitê seria composto de forma multidisciplinar (obstetra, neonatologista, anestesiologista e obstetriz) e deveria existir em todas as maternidades, com o objetivo de discutir e de corrigir possíveis problemas apontados na análise de cada caso de morte materna. A ajuda da OMS é inestimável, mas iniciativas locais e uma maior valorização do cidadão brasileiro e dos profissionais de saúde são imprescindíveis."
Rogério L. R. Videira, primeiro-secretário da Saesp (São Paulo, SP)

Fundos
"A reportagem "Fundos de pensão não atingem metas" (Dinheiro, pág. B2, 5/ 10), traduzida do "Financial Times", foi objeto de incorreção, apontada por e-mail ao editor do mencionado veículo por esta Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Na correspondência eletrônica enviada, a Abrapp esclarece que a consultoria Risk Office, à qual se atribuem informações sobre o desempenho dos fundos de pensão brasileiros, não é uma empresa associada à Abrapp, ao contrário do que informou o texto publicado."
Fernando Antonio Pimentel de Melo, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".


Texto Anterior: Gleisi Hoffmann: A energia que ninguém vê
Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.