São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010 |
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Esperamos que o horário eleitoral obrigatório para o segundo turno não seja uma repetição dos insuportáveis programas que antecederam o primeiro turno. O povo brasileiro, e principalmente os eleitores de Marina, gostariam que a candidata Dilma fosse questionada e explicasse com detalhes nos debates que estão por vir qual é a relação do seu partido com as Farc, qual o papel que José Dirceu terá num eventual governo Dilma, se afinal é contra ou a favor do aborto, se sabia ou não sabia das comissões cobradas dentro da Casa Civil pela família de Erenice Guerra -e, se não sabia, como foi possível não saber. Enfim, esses esclarecimentos e outros mais vão depender de Serra. Se essas questões continuarem a não ser incluídas nos debates e a campanha tucana continuar sendo do tipo "não me comprometa que eu não te comprometo", então vamos continuar sem saber quem é essa pessoa que 46% dos eleitores brasileiros pretendiam colocar na Presidência. VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)
Seria risível se não fosse trágica a despudorada corrida dos presidenciáveis ao espólio eleitoral de Marina Silva. Concluíram que falar de aborto (ou ter falado antes) faz mal às urnas. E tentam revogar o dito, dar novas interpretações e por fim dizer que apoiar aborto no Brasil seria "uma carnificina". Ora, já é carnificina como está. Ou acham que deixar mais de 2.000 mulheres morrerem a cada ano por aborto não assistido neste país é política pública de um país decente? Só na cabeça medieval de alguns líderes religiosos e de políticos oportunistas. Enquanto isso, a carnificina continua livre. HERCULANO KELLES (Belo Horizonte, MG)
Que tristeza ler a manchete "PT já discute retirar aborto do programa de governo" (Primeira Página, ontem). Deixa escancarada a máxima de que o que realmente importa são os votos, e não as propostas do partido. RENATA SCHMULEVICH (São Paulo, SP)
O recém-eleito senador mineiro Aécio Neves precisa ouvir os seus conterrâneos mais antigos, pois eles lembram que o seu avô, ilustre e sábio, um homem vitorioso, alegre e feliz, disse: "Pelo Brasil e pela democracia. Esse será sempre o nosso lema". Aí está o motivo para ele arregaçar as mangas pela candidatura de José Serra e dar-lhe uma vitória estrondosa em Minas. ANTÔNIO SOARES DA SILVEIRA (Belo Horizonte, MG)
Política e religião são como os dois polos dos ímãs. Mesmo que se force uma união entre eles, nunca vai haver ligação. O resultado está aí: meio milhão de católicos enganados por Gabriel Chalita, que cresceu na política sob os auspícios do PSDB e agora vira as costas para seus padrinhos políticos por vaidade pessoal, anunciando apoio a Dilma, que foi rechaçada pela igreja, a mesma igreja que abrigou e deu espaço para que ele, Chalita, ganhasse popularidade. JOSÉ FRANCISCO DOGO MARTINS (São João da Boa Vista, SP)
Em razão do artigo "Dos Sarney a Tiririca", de Fernando de Barros e Silva (Opinião, ontem), informo que a legislação eleitoral brasileira é clara: para vencer no primeiro turno, o candidato a governador necessita de 50% mais um dos votos válidos. A vitória, nesses casos, dispensa adjetivos. A "grande chance" do candidato derrotado no primeiro turno caso ocorresse nova eleição é mera suposição do jornalista. Aqui no Maranhão, foram derrotados todos os candidatos de oposição, nas urnas, no voto livre e soberano: Flávio Dino, Jackson Lago, Zé Reinaldo, Roberto Rocham Edson Vidigal... De 18 deputados federais, elegemos 12. Dos 42 estaduais, 31. A aliança com o presidente Lula e com o PT é a repetição da aliança nacional com o PMDB, meu partido. Tudo natural, simples, às claras, sem vergonha. O resto é preconceito, desinformação, influências... SÉRGIO MACÊDO, assessor de imprensa de Roseana Sarney (São Luís, MA)
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