São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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ONGs
Há muita hipocrisia nas cobranças de moralidade feitas pelos veículos de comunicação de linha política conservadora sobre a falta de controle das ONGs. Por quê? É notório que as ONGs vieram dentro do pacote neoliberal de desmonte do Estado, fortemente defendido por esses veículos. Por que não cobraram essa regulação durante a sua criação? Por que só quando interessa cobram moralidade?
Neoliberalismo é isso: ganância e hipocrisia.
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

SUS
Sou uma brasileira de classe média que sempre teve plano de saúde e nunca tinha pisado num hospital do SUS. Até ontem. Isso porque perdi meu emprego e, enquanto procuro outro, o convênio que era parte do meu pacote de benefícios não funciona mais.
Não tenho do que reclamar quanto ao atendimento. Todos foram muito amáveis, pacientes, fui mais bem tratada que em hospitais particulares. Enfermeiras, pessoal da triagem, seguranças, todos se compadeciam de todos. Só tenho elogios para eles, pessoas das quais nem sei o nome.
Encontrei dois pontos negativos: a falta de cordialidade dos médicos e a demora para ter o resultado dos exames de laboratório. Mas, nestes tempos de celeuma em torno de onde as pessoas se tratam, gostaria de deixar um elogio e um agradecimento a cada um dos atendentes, seguranças e enfermeiros que me ajudou.
MARIELA AMARAL (São Paulo, SP)

USP
Creio que o leitor Marcos Strachicini ("Painel do Leitor", 5/11) deveria avisar nossa polícia da existência da cracolândia, dos arrastões na cidade e também da necessidade das pessoas da periferia terem que sair em comboio, quando vão trabalhar, tentando minimizar o risco de assaltos. Há anos nosso governo faz vista grossa com o que ocorre na cidade em termos de segurança, inclusive com a corrupção policial.
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS (São Paulo, SP)

 

Os invasores da reitoria da USP que reivindicam o livre tráfico de drogas nas dependências da universidade, além de serem retirados do prédio, deveriam ser expulsos da USP. Tem muita gente querendo estudar de verdade.
VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)

 

Em relação ao ponto de vista de Henrique Carneiro (Opinião, 5/11), talvez a névoa que circunda a FFLCH tenha contaminado seu pensamento. Dizer que ao fumar maconha o indivíduo não está prejudicando a ninguém exceto a si mesmo é esquecer que para a maconha chegar às mãos do usuário algumas pessoas foram vítimas de traficantes. A PM não invadiu um centro acadêmico: ela fazia a ronda num estacionamento (local análogo ao que um estudante foi morto e, portanto, justifica o patrulhamento) e se deparou com estudantes usando drogas, o que, dentro ou fora da USP, é contravenção. Sou a favor de uma melhor discussão sobre a liberação da maconha, mas, enquanto for contravenção, vamos tratar igualmente as pessoas.
EDUARDO DA ROSA BORGES (São Paulo, SP)

Crise
A fotografia de Christine Lagarde, presidente do FMI, na capa da Folha de ontem, é pedagógica. É como se dissesse: para onde vai soprar o vento? Com o tema do encontro às suas costas, "Mundo novo, ideias novas", o encontro do G20 fracassou, pois os últimos acontecimentos mostram o descompasso entre o "mercado" e as populações dos países, que os governos não estão mais sabendo arbitrar.
Gostaria de parabenizar a atitude firme da presidente Dilma Rousseff, que se negou a entrar com mais dinheiro nesse poço sem fundo.
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

Juros
Lamentável a desinformação trazida pela Folha (31/10) e endossada no editorial "Cortar para investir" do dia seguinte. Segundo um ex-diretor do Banco Central, a elevação da carga tributária serviu para sustentar o aumento dos gastos correntes do governo (benefícios sociais e salários de funcionários). "Nós aumentamos a carga tributária para gastar mais", afirma. E as despesas financeiras? Nenhuma linha.
Entre 1996/2003, a participação do gasto social na despesa do governo federal declinou 10 pontos percentuais, e a das despesas financeiras cresceu 17 pontos. De 1994 a 2002, na gestão do ex-diretor do BC, a dívida interna pública subiu seis vezes (R$ 109 bilhões para R$ 660 bilhões), dobrando como proporção do PIB (30% para 60%). Somos líderes planetários nos quesitos "maior taxa real de juros" e "maior pagador de juros em proporção do PIB". O que pagamos em 2010 daria para financiar 63 anos de programas de combate à fome.
Lamentavelmente a Folha endossou a visão do mercado financeiro, que desconsidera o gasto financeiro -o maior item de despesa. Por que não apresentar as diversas visões do debate?
EDUARDO FAGNANI (Campinas, SP)

Judiciário
A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, com rara coragem, já havia alertado para a "infiltração de bandidos escondidos atrás da toga''. Agora ela pretende que haja regras na presença de magistrados em atos patrocinados, principalmente por aqueles que demandam na Justiça com processos milionários.
Para se ter uma ideia, 320 juízes e seus acompanhantes receberam R$ 180 mil em patrocínios para jogos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho em resorts no paradisíaco Porto de Galinhas (PE).
Quando estatais e grandes empresas financiam esses eventos, qual seria a contrapartida?
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

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