São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Israel x palestinos
"Aos leitores da Folha que não tiveram oportunidade de ler o artigo de ontem de João Pereira Coutinho na Ilustrada ("Mudar as palavras") sugiro que o façam. Trata-se de uma verdadeira aula sobre como distorcer os fatos. Realmente, um menosprezo à inteligência.
A analogia feita, colocando o Brasil como Israel, aludindo à rivalidade que temos com nossos "hermanos", que seriam os árabes, é, no mínimo, brincadeira de mau gosto.
Além disso, quando simula a situação do Brasil atacado pelos "terroristas uruguaios", numa menção à Guerra dos Seis Dias e insinua que Israel fora atacado por Egito, Síria e Jordânia, inverte a história.
Na realidade, o que se sucedeu foi exatamente o oposto: sob o comando do competente estrategista Moshe Dayan, Israel atacou simultaneamente os três países sem aviso, destruindo a aviação dos países ainda no solo, tornando a invasão terrestre muito mais fácil.
Já que o jornalista tem esse estupendo canal -o maior jornal do país- para divulgar suas ideias, sugiro maior prudência ao emitir opinião sobre temas tão delicados e passionais."
EDILSON ADÃO (São Paulo, SP)

 

"O senhor Coutinho deveria poupar os leitores do seu fraco latim. E o editor da Primeira Página poderia ser mais escrupuloso.
Somente a má-fé pode explicar o exercício primitivo de "história imaginada" do artigo de ontem.
Quanta infâmia!"
PEDRO PUNTONI, professor de história da USP e pesquisador do Cebrap (São Paulo, SP)

 

"João Pereira Coutinho fez uma analogia grosseira entre Gaza, uma região massacrada e empobrecida, e o Uruguai, um Estado soberano e bem diferente em tudo daquela região. Foi, no mínimo, um absurdo, um desrespeito, uma desconsideração sobre os massacres cometidos por Israel contra uma população civil sem Estado, sem estrutura e com uma cultura completamente diferente da latino-americana.
O Hamas foi democraticamente eleito, e em eleições impostas e monitoradas pelos EUA e por Israel, que, infelizmente, preferiram não reconhecer o resultado e o direito legítimo dos palestinos de decidirem suas vidas."
RAPHAEL MUNIZ GARCIA (São Paulo, SP)

 

"Estou profundamente enojada com as cretinices publicadas ontem na Folha e assinadas pelo infame (sou uma pessoa educada) João Pereira Coutinho.
O que pensa de nós, leitores, esse medíocre articulista? Certamente que somos ignorantes, desprezíveis e inúteis -assim como os palestinos que, em sua paupérrima análise, estão impedindo a "luta de Israel por reconhecimento e paz".
Por favor! Quão pouco de história é preciso entender para ser colunista desse jornal? E o pior: o que faz a Folha dar destaque para um artigo desses em sua capa?"
GISELA MARTINEZ (São Paulo, SP)

 

"Quero parabenizar o jornalista João Pereira Coutinho por sua coragem, lucidez e clareza no artigo de ontem. Só não enxerga assim quem tem venda nos olhos."
MARIA AUGUSTA LEONARDO TOLEDO (Carapicuíba, SP)

 

"O professor Paulo Sérgio Pinheiro ("Guerra total: massacre de civis") chama o Estado de Israel de "potência ocupante" num ato que, se não for má-fé, é pura ignorância.
Em agosto de 2005, Israel se retirou totalmente da faixa de Gaza, em um gesto unilateral. Só não se pode dizer que não havia nenhum israelense no território porque o soldado Gilad Shalit está sequestrado há mais de 900 dias pelos terroristas do Hamas -que, apesar de jamais permitirem que a Cruz Vermelha visitasse Shalit, agora clamam por direitos humanos.
É repugnante como alguns acadêmicos se "esquecem" rapidamente de determinados fatos na pressa de condenar o Estado de Israel."
EDUARDO GABOR (São Paulo, SP)

 

"Francamente, discordo da conclusão do articulista Marcos Nobre no artigo "Por um pacifismo radical" (Opinião, pág. A2, ontem), pois, historicamente, o pacifismo levou nações e seus aliados a perdas de vida desnecessárias quando atacados.
Se palestinos e israelenses tivessem o mesmo equilíbrio militar, jamais se confrontariam -e se respeitariam. Provocações seriam apenas retóricas, pois é assim que funciona a diplomacia, que não dispensa o braço armado para ter sucesso nas negociações de paz."
PAULO MARCOS G. LUSTOZA , capitão-de-mar-e-guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)

 

"A Folha deu-se ontem ao trabalho de responder profissionalmente à carta de uma leitora que teve um surto ao ler o editorial "A invasão de Gaza", de 5/1. Um leitor diz que o artigo de Bresser-Pereira aparenta "preguiça intelectual" ou "intoxicação por lixo ideológico" por relacionar o "nazismo" ao "nacionalismo" étnico e religioso de Israel.
Outra leitora se pergunta se os "terroristas" estariam atrás de crianças e mulheres feridas em escombros em Gaza. E por aí vai...
Muito bem, sem nenhuma pretensão, poderia propor a todos nós, uma vez que não somos experts no tema, que exercitássemos o bom hábito de voltar aos livros ou buscar numa boa enciclopédia, bem à moda antiga, um pouco mais de informação sobre a complexa história da região e seus conflitos e sobre toda a ordem de interesses que ali habita.
Assim, quem sabe, pensaríamos duas vezes antes de enviar tanta bobagem, cheia de pretensa sabedoria e impregnada de preconceito, a um espaço como esse." ELISABETE DE OLIVEIRA BUSTAMANTE (Belo Horizonte, MG)


Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Mafalda La Falce (Santos, SP); Karen Cavalcanti e Rodolfo Guttilla, Natura (Itapecerica da Serra, SP); Osmar Serraglio, deputado federal pelo PMDB-PR (Brasília, DF); Wenderson Luiz Vieira da Silva (Juiz de Fora, MG); Domingos Braga (Ribeirão Preto, SP); Isaac Finguermann (São Paulo, SP); Eduardo Araújo Barreto (Osasco, SP); Funedi - Fundação Educacional de Divinópolis (Divinópolis, MG).

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