São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Comissão da Verdade
"Grande parte do Brasil parece ter especial aversão à verdade. São raríssimos os casos de políticos e de outras figuras públicas que, confrontados com malfeitos, admitem a verdade e pedem desculpas. A grande maioria nega, nega tudo.
Agora estão os militares -e, aparentemente, junto o ministro Jobim- à beira de um ataque de nervos porque não querem nem ouvir falar na verdade. O que eles temem?
Julgamentos, expurgos?
Anos atrás, uma sul-africana, mulher de um desaparecido durante o regime de apartheid, disse uma frase emblemática na época da criação da Comissão de Verdade e Reconciliação: "Eu perdoo (os responsáveis pelo desaparecimento do marido). Não tenho problemas em perdoar. Mas a quem, e por quê?". Será tão difícil levantar informações sobre o passado e distribuir pedidos de desculpas às vítimas? Será a verdade tão difícil?"
NINA DRAKE (São Paulo, SP)

Caças
"As notícias que envolvem a compra dos caças para a modernização da Força Aérea Brasileira estão ganhando contornos inusitados. O último ingrediente desse imbróglio foi fornecido pelo ministro da Defesa da França, atuando como porta-voz (não se sabe exatamente de que país) ao declarar que a decisão sobre a questão será política. Tudo leva a crer que a pergunta do mítico diálogo entre Feola e Garrincha será alterada para: "Já está tudo combinado com os suecos?"."
CLAUDIO AUGUSTO PINTO DE TOLEDO (São Paulo, SP)

Passagens
"Não basta sabermos que a Mesa Diretora do Senado liberou aos senadores um benefício: a possibilidade de usarem a verba de passagem aérea que não foi utilizada em 2009 (Brasil, ontem).
É importante saber quem são as pessoas que compõem a Mesa e assinam tal medida: o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os senadores Serys Slhessarenko (PT-MT), Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Patrícia Saboya (PDT-CE) e Gerson Camata (PMDB-ES).
Com exceção de Sarney, todos os outros disputam a reeleição. Cientes de que nada de mal lhes acontecerá, esse grupo dá às costas à nação e segue rindo da cara do eleitor. As mudanças propostas no auge dos escândalos contra Sarney viraram pó. A única faxina virá das urnas, pois a atitude tomada pela Mesa dá sinais de que tudo continuará como dantes no castelo de Abrantes."
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

Universidade
"Muito oportuno o texto dos professores Adalberto Fazzio e Sidney Jard da Silva ("Universidade do século 21", "Tendências/Debates", ontem). Propor uma revisão do status do tripé "pesquisa-ensino-extensão" das universidades brasileiras é atitude extremamente bem-vinda. A ideia de uma extensão inovadora pode propiciar um viés colaborativo entre essas três missões, que muitas vezes vivem um conflito velado e dispersivo. Aliar essa extensão à difusão do conhecimento, envolvendo vários públicos, é cada vez mais relevante no atual contexto, que precisa de engajamento público em ciência e em tecnologia e se defronta com desafios cada vez mais interdisciplinares."
PETER SCHULZ, Instituto de Física da Unicamp (Campinas, SP)

Boris Casoy
"Achei injustas as cartas que atacaram o jornalista Boris Casoy. Ao contrário daqueles que procuram desculpas para sua falhas, Casoy, como poucos na história deste país, teve a hombridade de reconhecer seu erro e pedir desculpas. Quem conhece as opiniões democráticas e corajosas desse jornalista sabe muito bem que ele tem defendido as liberdades e os humildes muito mais que a demagogia que anda solta no Brasil."
SÉRGIO DE VITIS (São Paulo, SP)

Saber
"Sou professora universitária e profissional de gestão de pessoas e gostaria de dizer que o trabalho realizado pelos jornalistas da seção "Saber" (às segundas-feiras, em Cotidiano) certamente agrega um valor incomensurável à vida de todos nós -e em especial para a juventude brasileira. Parabéns, sucesso, continuem."
SANDRA ORTIGOSO (São Paulo, SP)

Espaço
"A Folha publicou textos sobre o programa espacial brasileiro nos dias 2 e 3 de janeiro. Essas reportagens tratavam do VLS (veículo lançador de satélites), desenvolvido no Instituto de Aeronáutica e Espaço, e do Cyclone-4, em cooperação com a Ucrânia.
Entrevistado pelo jornal, o doutor Nivaldo Hinckel, do Inpe, afirmou: "Não será possível o país manter o foco em veículos com a capacidade do VLS, pois não existe nicho de mercado para satélites de pequeno porte".
O Inpe esclarece que a frase do doutor Hinckel não reflete a opinião do instituto. Concluir o programa VLS é importante para que o Brasil domine a tecnologia de foguetes. O VLS terá capacidade de lançar satélites de até 150 kg. O Inpe sabe construir satélites desse porte para usos científicos e de observação da Terra. Quando o VLS se tornar operacional, ele será usado para lançar satélites com aplicações importantes para a ciência e para a sociedade brasileira."
GILBERTO CAMARA, diretor do Inpe (São José dos Campos, SP)

Ambiente
"Em relação à reportagem "Sequestro de CO2 encara falta de dinheiro" (Ciência, 4/1), a Petrobras informa que os projetos de pesquisa no âmbito da Rede Temática de Sequestro de Carbono e Mudanças Climáticas estão em fase inicial. Entretanto, a Petrobras já utiliza tecnologias de injeção de CO2 há mais de 20 anos e desenvolve tecnologias nesta área no seu centro de pesquisas e através de convênios e contratos com instituições técnico-científicas internacionais. No dia 28/12, a companhia colocou em operação o projeto de injeção de CO2 no campo de petróleo de Miranga (BA). Pioneiro na América Latina, o processo é utilizado não só para evitar as emissões de CO2 mas também para aumentar a produtividade dos reservatórios. Em 1991, a Petrobras implantou no campo de Buracica, na mesma bacia, um projeto de injeção de CO2 a baixas pressões. O projeto foi muito bem-sucedido, resultando na manutenção da produção de petróleo do campo por cerca de 20 anos."
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil e diretor superintendente do Instituto Coca-Cola Brasil (Rio de Janeiro, RJ); Pedro A. R. Novis, do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. (São Paulo, SP); Afiz Sadi, médico, professor titular aposentado de urologia da Unifesp/EPM -Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (São Paulo, SP); Félix Wang, Divisão de Informações do Escritório Econômico & Cultural de Taipei (São Paulo, SP).

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