São Paulo, Quinta-feira, 07 de Janeiro de 1999
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São Paulo, Quinta-feira, 07 de Janeiro de 1999 |
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PAINEL DO LEITOR Combate à violência "Quero externar meu espanto ao ler a matéria que trata de questões relativas à PM do Estado de São Paulo (3/1). A Polícia Militar, por força do que estabelece o artigo 195 da Constituição Estadual, integra o Sistema Estadual de Proteção e Desenvolvimento do Meio Ambiente, sendo-lhe atribuída a responsabilidade pelas ações de prevenção e repressão das infrações cometidas contra o meio ambiente. Para tanto conta com uma especialidade de policiamento ostensivo denominada policiamento florestal e de mananciais, hoje com um efetivo de 1.948 policiais. É um erro afirmar que tais atividades estão divorciadas das tidas como de "segurança pública", pois o policial militar florestal, até pelas cores do uniforme que veste, é reconhecido como um policial, sendo-lhe exigido o exercício pleno de suas atribuições funcionais, não podendo se eximir de adotar as providências primeiras diante da constatação de um delito. O policial militar florestal acaba se fazendo muito mais presente junto à comunidade rural e, pela sua simples ostensividade, também exerce seu papel de preservador da ordem pública. Deixo registrado o meu espanto e preocupação por ter tão reconhecido órgão de imprensa tornada pública manifestação de pessoa que, alheia aos acontecimentos, transformações e processo de evolução e aperfeiçoamento pelo qual passa a PM, tenha se arriscado a tecer comentários e fornecer dados de forma pouco responsável e sem conhecimento de causa." Salvador Pettinato Neto, coronel PM, comandante do Policiamento Florestal e de Mananciais (São Paulo, SP) "Na edição de 3/1, verificamos uma matéria que induz o leitor a uma conclusão que não reflete a realidade dos fatos. A Constituição Federal atribui às polícias militares a competência da preservação da ordem pública e da incolumidade física das pessoas e do patrimônio. A Constituição Estadual atribui à PM a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública. A lei estadual 616/74 diz que o policiamento ostensivo será executado no território estadual pela PM, nas rodovias estaduais e municipais. O Código de Trânsito reza que o policiamento ostensivo de trânsito é função exercida pelas PMs. O policiamento rodoviário da PM realiza diversas atividades que compatibilizam a sua dupla finalidade de polícia ostensiva de trânsito e de preservação da ordem pública. E, entre elas, várias operações que visam a prevenção dos acidentes de trânsito e da prática de ilícitos penais e, quando da ocorrência destes, a repressão imediata. Esclareço que a Polícia Militar Rodoviária está presente diuturnamente na malha viária estadual, com a missão precípua de zelar pela segurança e bem-estar dos usuários, realizando ações específicas de fiscalização de trânsito e dos ilícitos penais. Existe uma efetiva participação da Polícia Militar Rodoviária dentro do contexto legal no combate à violência, seja ela advinda das ações incorretas dos usuários das rodovias, ou mesmo aquelas praticadas por indivíduos reconhecidamente criminosos, inclusive com o sacrifício da vida dos nossos policiais militares rodoviários. Cito, como exemplo, o ocorrido no último dia 2/1, na rodovia dos Bandeirantes, quando o primeiro-sargento Moacir Gregório do Nascimento veio a falecer, ao ser atropelado, quando abordava um veículo produto de roubo." Vanderley Rodrigues Gonçalves, tenente-coronel PM, comandante interino do Policiamento Rodoviário (São Paulo, SP) Servos do capital especulativo "Parabéns a Gilberto Vasconcellos pelo artigo "Viva a Burguesia Nacional", publicado dia 1/1, à pág. 1-3. Se a elite, a classe média e o povão não criarem vergonha na cara e deixarem de lado a apatia política generalizada, estaremos todos fadados a ser servos do capital especulativo global." Jorge Rogério Pequin (São Paulo, SP) Leitura urgente "Nós, brasileiros, precisamos ler mais. Isso também é emergencial. A ditadura congelou nossos cérebros e parimos filhos insensíveis, consumistas. Nossos jovens não têm iniciativa para se movimentar e dar um basta no vendaval que se delineia." Maria de Fátima Nunes de Castro (Rio de Janeiro, RJ) Advocacia criminal "Concluí a saborosíssima leitura do livro "Salão dos Passos Perdidos", do grande Evandro Lins e Silva, que recomendo a todos. Trata-se, na verdade, não de uma obra corriqueira, um livro a mais no mercado literário, mas, indubitavelmente, de uma relíquia documental da história da advocacia criminal brasileira." Antônio Marques Cavalcante Filho (Fortaleza, CE) Teologia "Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp, mas não sabe muito das coisas da teologia. Seu artigo de 27/12 só pode ser classificado como uma brincadeira sem graça." Bruno Geldof (Ponta Grossa, PR) Futebol "Não se sabe para qual time o sr. Murilo torce, talvez o Botafogo da bela cidade de Ribeirão Preto, mas o que interessa é tecer alguns comentários com relação à sua carta publicada no dia 26/12. Eu e todos os são-paulinos ficamos contentes se o Papai Noel realmente representa o tricolor paulista. No mais, desejo ao Vasco, Palmeiras e Corinthians sorte para que conquistem o mundial interclubes, ou Copa Toyota, como queiram. Afinal, desde 1993, com o São Paulo, o Brasil não tem o sabor de conquistá-la." Paulo Alessandro da Silva Delabona (São José do Rio Preto, SP) "Se Minas não tem mar, por que todos os times de futebol mineiro morrem sempre na praia?" João R. Spini Machado (Contagem, MG) 1999 "Precisamos que muita coisa aconteça para acreditar que 99 será melhor. Isso será possível se houver uma mudança radical nos procedimentos morais dos nossos homens públicos. Esse é o grande desafio!" Eduardo S. Monteiro (São Paulo, SP) Texto Anterior: Caio Luiz de Carvalho: Turismo: a idade da razão Próximo Texto: Erramos Índice |
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