São Paulo, segunda-feira, 07 de fevereiro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Apagão
Estou abismado com as declarações do ministro Edison Lobão. Ele tenta desqualificar a expressão apagão ao afirmar que o incidente é normal e que ocorre em quase todos os países do mundo. Diz ainda que o sistema é robusto e moderno. É extremamente lamentável. Ministro, acorda! A se confirmar tal filosofia ministerial, concluo que teremos que conviver, daqui para a frente, com frequentes apagões, ops!, interrupções temporárias de energia.
PAULO NOGUEIRA SAMPAIO (São José dos Campos, SP)

 

Depois de ouvir as explicações do ministro Lobão, acho que comecei a entender o tal efeito cascata que faz ampliar os apagões.
GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

Governo
A lei eleitoral precisa realmente ser modificada. A gente vota num deputado "x" e acaba elegendo um deputado "y". Senão vejamos: elegemos Dilma para presidente, mas quem realmente governa é José Sarney, mandando e desmandando em todos as áreas do Executivo, principalmente no setor elétrico.
WALDECK FRANCISCO NEVES (Sabará, MG)

Congresso
O resultado da renovação do Congresso não é animador.
Romário assina ponto e vai jogar futevôlei no Rio. Popó aceita o desafio de lutar boxe com o veterano Suplicy. Tiririca diz que teve sorte ao chegar com aumento de salário dos congressistas.
Collor cumprimenta Lindberg Farias. E Sarney continua à frente da presidência do Senado.
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Egito
Engana-se profundamente quem acha que a manifestação popular no Egito é um clamor autêntico por democracia. O povo egípcio, sempre tutelado por reis e ditadores, é composto por uma maioria pobre e pode ser facilmente manipulável por discursos exaltados e fundamentalistas. É legítima a transição progressiva para um governo eleito pelo povo. Porém o ocidente não pode mais tolerar situações semelhantes às que aconteceram no Irã no passado: a substituição do xá por um governo teocrático pior que o anterior.
LUCIANO HARARY (São Paulo)

Ônibus
Parabéns aos paulistanos que estão aderindo ao ônibus, conforme mostrou a reportagem "Pela porta da frente" (Revista sãopaulo, ontem). O mais interessante é que a opção pelo transporte coletivo está partindo da classe média alta, de artistas e de empresários, o que realmente pode mudar a situação caótica do trânsito na capital. No entanto a reclamação é generalizada quanto a atrasos, superlotações e má conservação dos ônibus.
SÉRGIO MORADEI DE GOUVÊA (Ubatuba, SP)

Negro na TV
O artigo "Na TV, negro vive no país das maravilhas" (Ilustrada, ontem) foi muito importante para uma discussão sobre o papel do negro na sociedade brasileira. O personagem vivido por Lázaro Ramos na novela "Insensato Coração", da Globo, está no mundo irreal, prosaico e leva ao grande público uma falsa esperança.
Quando Lázaro Ramos protagonizou o visceral Madame Satã demonstrou muito mais a realidade complexa do negro no Brasil. Não quero criar a ideia de que os negros devem ser demonstrados sempre como pobres e/ou em imagens sofridas. Quero ver a ascensão dessas pessoas, mas não dessa forma ridícula criada na novela, uma espécie de água com açúcar da história brasileira.
ANDERSON CIRINO DA SILVA (Arujá, SP)

Rivotril
Lamentável o artigo de Fernanda Torres ("Rivotril", Ilustrada, 5/2). A colunista afirma ter refutado o chamado Rivotril, que não lhe fazia bem, trocando o medicamento por uma viagem a Fernando de Noronha -o que fez com que deixasse um aparente quadro depressivo.
Reconheço que uma viagem a um arquipélago paradisíaco faz bem a qualquer mortal. Mas a maneira como ela aborda o assunto faz parecer que a maioria dos brasileiros tem tal possibilidade de "escolha". Devido à situação do sistema de saúde pública do Brasil, já é uma sorte, para boa parte da população, ter acesso aos tratamentos ortodoxos contra a depressão, doença grave, que atinge cada vez mais pessoas e que precisa ser vista com mais cuidado e generosidade.
LÍVIA M. RENDEIRO (Marília, SP)

 

Gostei do artigo "Rivotril", escrito por Fernanda Torres. Parece que estamos vivendo uma época em que passar por momentos de tristeza, dor ou introspecção faz com que nos sintamos os piores e mais fracassados seres do planeta. Todo mundo tem que demonstrar estar alegre, fazer um monte de coisas e, principalmente, consumir muito.
Claro que ninguém quer ser triste, mas um pouco de dor faz parte da vida, do crescimento e até nos deixa mais fortes para superar dificuldades.
Caso contrário, seremos como crianças mimadas que não suportam uma adversidade ou um "não" como resposta. O uso de medicamentos entra nesse consumismo irresponsável. Antidepressivo só em caso de depressão comprovada.
CRISTINA RAPPA (São Paulo, SP)

Drogas
Enquanto políticos como Cesar Maia ("Folha de coca, Opinião, 5/2) e parte conservadora da sociedade continuarem a tratar o problema da droga como coisa do "demônio, que é o inventor dos vícios" e com base em literatura do século 17, nossos jovens drogados continuarão a morrer sem nenhuma assistência médica ou psiquiátrica e o povo a sofrer com a violência que a ausência do Estado provoca.
RENATO MARTINS (São Paulo, SP)

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