São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Dilma
"Considerando a Folha um dos melhores jornais do país, é lamentável ver as imagens da entrevista coletiva concedida pela ministra Dilma Rousseff publicadas no caderno Brasil ("Dilma nega dossiê e cogita até invasão de computador", 5/4), que, além de selecionar as imagens obtidas e publicá-las com o intuito de transformar os gestos da ministra em obscenos, não condiz com a seriedade do assunto, fere a decência e a credibilidade do jornal."
DAGMILSON B. DOS SANTOS (Ribeirão Pires, SP)
 

"Cumprimento a Folha pela excelente matéria "Dilma nega dossiê e cogita até invasão de computador", especialmente pelas fotos de Alan Marques, cuja seqüência traduz não o que a ministra estava afirmando, mas o que ela gostaria de estar dizendo à oposição e a todos que discordam do jeito petista de governar. As imagens vão além do texto. Parabéns."
LUIZ FIGUEIREDO (Porto Belo, SC)

Indenização
"Após a promulgação do Ato Institucional nº 5, em 1968, todos aqueles que em nome do povo brasileiro se engajaram na luta contra a ditadura militar sabiam perfeitamente dos riscos de tal ação.
Contudo, passados 40 anos, fico perplexo ao ler nos jornais notícias de polpudas indenizações e aposentadorias que estão sendo determinadas pela Justiça brasileira, em razão de processos de reparação de danos causados pela ditadura aos seus opositores.
A grande ironia de tudo isso é que o expoliado povo brasileiro foi chamado mais uma vez para arcar com o ônus, mas sem direito a reparações pelas injustiças sofridas ao longo da nossa história."
ROBERTO DELUCIA (São Paulo, SP)

 

"Sempre me considerei filha da "patota do "Pasquim". Por meio dele, eu, uma jovem e ingênua (ignorante) normalista de Barra Mansa, fiquei sabendo da ditadura e o que significavam seus porões. Por causa da "turma" passei a ler o "JB" e depois "Opinião" e "Movimento", a assistir a determinados filmes e peças, a prestar atenção a algumas letras de música, a "descobrir" determinados autores. Minha politização começou por ali. A formação cultural, também.
A experiência da prisão ajudou na construção do mito de heróis da resistência, a alavancar carreiras no jornalismo e no "cartoon", e no crescimento do jornal. Afinal, um bando de porralocas de Ipanema desafiava o poder com as armas do humor, do sarcasmo, do deboche, da mordacidade.
Sentia-me cada vez mais órfã quando partiram o Francis, o Fortuna, o Tarso, o Henfil. Um pouco de mim morria junto. E nunca os conheci pessoalmente.
Como é que o Ziraldo (pai do Maluquinho) e o Jaguar têm coragem de reivindicar uma indenização milionária pelos transtornos sofridos durante o regime militar? Desde que soube da notícia, estou chorando. E desta vez, por causa dos dois. Que estão bem vivos."
HELENA MARIA DE SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

Ombudsman
"Registro meu repúdio à não renovação do mandato do jornalista Mário Magalhães como ombudsman da Folha. Sensivelmente ele foi o melhor (para nós, leitores) ombudsman do jornal. Onde é que foi parar o "rabo preso com o leitor'?"
CLAYTON LUIZ CAMARGO (Curitiba, PR)

 

"É com muita decepção que li a coluna do ombudsman de hoje! Percebi, neste ano de exercício no cargo, que Mário Magalhães cada vez mais tentou colocar o leitor como protagonista da Folha. Acompanho outros profissionais que trabalham como ombudsman, mas percebi o seu diferencial: o leitor em primeiro lugar! Suas críticas ao jornal, em nosso nome, e a sua conseqüente demissão me fazem refletir sobre o caminho que a Folha quer seguir."
MARCELO IGOR (Goiânia, GO)
 

"Lamento pela saída do ombudsman da Folha, Mário Magalhães, que não renovou seu mandato no cargo. Ele fez um excelente trabalho, com postura crítica e independente, além de sempre manter um canal aberto com os leitores do jornal. Lamentável, autoritária e antidemocrática a atitude da Folha, que condicionou sua permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. Mário Magalhães fará falta."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Educação
"Como professor de ciências exatas em universidade pública, sinto-me honrado em concordar com o colega professor de literatura Fábio César Alves ("Painel do Leitor", 5/4) quando lamenta a declaração da senhora coordenadora do Colégio Etapa: "Ciências exatas estão no mundo todo; português, só aqui no Brasil". As línguas têm a mesma bela estrutura lógica que as ciências. Não sei de cientista criativo que não dominasse ao menos uma língua, quando não várias. Com certeza o colega Fábio não irá se surpreender de que meus alunos de pós-graduação que melhor escrevem em português são os mesmos que melhor escrevem em inglês."
MILAN TRSIC (São Carlos, SP)

Osesp
"Com 60 anos de carreira (iniciei aos oito anos de idade), primeiro como pianista e agora como maestro, reconheço que por causa da Osesp e de John Neschling hoje o Brasil de Norte a Sul deseja orquestras de qualidade e antes de tudo com respeito a seus músicos. Porém faltava uma demonstração de humildade e uma auto-análise por parte de seu diretor artístico e regente titular. Essa é a razão pela qual cumprimento com entusiasmo o artigo "Hora de Relançar", publicado na Folha ("Tendências/Debates", 6/ 4)."
JOÃO CARLOS MARTINS (São Paulo, SP)

Células-tronco
"O Sr. Marcelo Dawalibi ("Painel do Leitor", 22/3) fez uma interpretação equivocada da obra de Albert Camus (no comentário do artigo "O Voto Assombroso de Ayres Britto", publicado em 21/03, por Jaime Ferreira Lopes e Hermes Rodrigues Nery), pois um dos pontos de divergência entre Camus e o materialista Jean-Paul Sartre foi justamente este: Camus aponta a revolta metafísica como causa da revolta histórica.
Mais do que negar Deus (daí que vai além do ateísmo), o revoltado metafísico desafia a Criação. Nesse sentido, desprovido do sentido de Deus, a vida perdeu o seu sentido, daí o absurdo. A partir de então, suas conseqüências se desenrolaram, desembocam na "reivindicação da liberdade total e a desumanização operada a frio pela inteligência. A redução do homem a simples objeto de experiência" (Camus).
Sendo assim, cabe reforçar a posição de Jaime Ferreira Lopes e Hermes Rodrigues Nery, de que o debate atual sobre o início da vida humana e o uso das células-tronco embrionárias tem caráter político e ideológico, a servir interesses de perversão e manipulação."
MÁRCIO DE LACERDA A. SILVA (São Paulo, SP)

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