São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Castelo de Areia
Castelo de areia é a Justiça brasileira, que desmorona diante dos nossos olhos após a decisão de anular provas importantes obtidas a partir de escutas telefônicas. Se documentos com indícios de pagamento de propina, fraude em licitações e doações para políticos não são suficientes para o Superior Tribunal de Justiça validar as investigações da PF que envolvem executivos de empreiteiras, socorro!
A impressão que fica é que o poder econômico "corrompe" a Justiça. Criticam-se muito o Legislativo e o Executivo, mas creio que seja hora de um olhar mais crítico sobre o Judiciário.
MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP)

 

Lamentável a decisão do STJ de anular os grampos telefônicos promovidos pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, envolvendo executivos da construtora Camargo Corrêa, suspeitos de prática de crimes financeiros. Foi um gol contra.
Se prevalecer tal entendimento equivocado e os grampos e as escutas telefônicas passarem a ser considerados ilegais pela Justiça, será a vitória da corrupção e da impunidade no país.
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Bolsonaro
Ao contrário do que defende o editorial "Liberdade de agressão" (Opinião, 5/4), em um momento em que jovens da classe média agridem rotineiramente cidadãos homossexuais na avenida Paulista, as declarações de Bolsonaro adquirem enorme importância. Elas justificam a ação desses jovens e os encorajam a agir dessa forma. O que virá em seguida?
Agressão de negros na Paulista?
De nordestinos? De mulheres?
Não precisamos de políticos que encorajem o desrespeito ao próximo e a desordem. Muito menos de um jornal que o defenda.
Tragicamente, a Folha parece estar se desviando, a passos largos, de sua vocação liberal e de respeito ao cidadão comum.
MARIA APARECIDA AZEVEDO PEREIRA DA SILVA (Aracaju, SE)

 

Prezado Vitor Souza Lima Blotta ("Painel do Leitor", ontem), o editorial "Liberdade de agressão" (Opinião, 5/4), a meu ver, não teve a intenção de justificar a não punição do deputado Jair Bolsonaro pelas infelizes argumentações racistas e homofóbicas expressas em recente entrevista. Ao contrário, o jornal faz crítica aberta à prerrogativa que certas figuras públicas têm de dizer o que lhes vem à cabeça, "doa a quem doer", protegidos pela lei maior.
SANDRA MENEGHETTI (São Paulo, SP)

Padre
A igreja escorrega feio no preceito da caridade cristã ao transferir o padre Valeriano Paitoni para a Itália, afastando-o de seu trabalho com crianças e jovens portadores do HIV. Sob a alegação generalista e impiedosa de que a transferência de religiosos está prevista nas normas e preceitos institucionais, atos arbitrários e desumanos são praticados em nome de Deus, da norma, do sacrifício e da cruz.
SHYRLEY PIMENTA (Uberlândia, MG)

Educação
Em relação à reportagem "Na colação, aluno descobre que diploma não vale" (Cotidiano, 1º/4), a reitoria da Universidade do Estado do Amapá esclarece que assumiu a administração da instituição em janeiro deste ano, quando constatou vários erros da gestão anterior. Um deles diz respeito ao prédio onde funciona o campus 2, cujo aluguel dos últimos meses de 2010 está atrasado.
A dívida faz parte dos restos a pagar deixados do exercício anterior e que o atual governo suspendeu até a conclusão das auditorias. O pagamento dos três últimos meses ainda não foi feito devido à não apresentação, pela empresa responsável pelo imóvel, das certidões negativas da Receita, do FGTS e do município, como determina o decreto de nº 1.278, em casos de liquidação de despesas.
MARIA LÚCIA TEIXEIRA BORGES, reitora da Ueap -Universidade do Estado do Amapá (Macapá, AP)

China
Acho ridícula essa comitiva brasileira indo à China para reclamar. Será que eles acham mesmo que os chineses vão se "constranger" com a visita? Por que não encurtar o fornecimento de minério para a China? Por que não pagam na mesma moeda? Sobretaxem o produto chinês e peguem pesado contra o contrabando. Assim, tudo começará a se encaixar.
SÉRGIO E. MAURER (Pindamonhangaba, SP)

Rankings
A coluna de Vladimir Safatle ("Ranking para quê?", Opinião, 5/4) exala ranço típico de mau perdedor. Todos sabem por que a USP vem regredindo no ranking das universidades: da falta de investimentos aos processos viciados e suspeitos de seleção de professores, tudo contribui para seu retrocesso. Se a USP tivesse sido bem classificada (não está nem entre as 200 primeiras, pelo ranking da Times Higher Education), duvido que ele se queixasse.
JOSÉ CRETELLA NETO, professor na Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO COLUNISTA VLADIMIR SAFATLE - Primeiro, o uso de expressões como "todos sabem..." apenas evidencia um argumento de autoridade que procura se passar por evidência geral e incontestável.
É uma maneira que não deveria ser usada entre acadêmicos, de desqualificar sumariamente opiniões divergentes. Segundo, nada sobre meus argumentos foi realmente discutido.

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