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Janio de Freitas
"No meio do esforço hercúleo da
mídia em proporcionar vitrine às
tentativas inglórias do PSDB em
atrair para os seus a popularidade
brindada ao presidente Lula, a comemoração dos 15 anos do Plano
Real está focalizada em sustentar
que ali estão as raízes da estabilidade até agora experimentada pelo
país na crise econômica mundial e
associá-la ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ignorando a firme decisão política do presidente Itamar Franco de implementar um radical plano de estabilidade
e os seus reais artífices.
O oportunismo se serve do oportunismo. Janio de Freitas, na Folha
(Brasil, 5/7), traz a verdade dos
fatos e adverte que há outros motivos para isso, não o esquecimento
histórico."
ANTONIO BARRETTO DOS SANTOS
(Rio de Janeiro, RJ)
Ferreira Gullar
"Como disse sabiamente Ferreira
Gullar (Ilustrada, 5/7), governo
populista enche a barriga até dos
que não precisam, com a famosa e
desestimulante Bolsa Família. Para
que ensinar a trabalhar, produzir o
próprio sustento com orgulho e
dignidade?"
HELENA CAVALLARI (São Paulo, SP)
"O Bolsa Família vai muito além
de um modo fácil de aumentar a
renda familiar. Ter filhos no Brasil
do Lula é garantir e perenizar os
votos de cabresto que vão eleger os
outros Lulas."
OSVALDO FOSTER (São Paulo, SP)
"Cada vez mais me decepciona o
discurso ultrapassado e pouco
abrangente de Ferreira Gullar. Óbvia a má vontade com Lula, desde a
primeira hora. Nós não ligamos para aposentadoria, pois não temos a
menor perspectiva de viver dignamente com ela. Devemos trabalhar
até o último suspiro para continuar
vivendo. O mau-caratismo no país é
histórico e não afeta só os palácios,
aliás, seus geradores."
PAULO ROBERTO STOCKLER (Curitiba, PR)
"O texto de Ferreira Gullar é um
verdadeiro alerta à classe política e
à sociedade. Os planos assistencialistas, especialmente o Bolsa Família, são instrumentos emergenciais,
que estão se tornando um fim em si
mesmos. Ou seja, aqueles que menos têm condições de criar, educar
e formar estão gerando mais filhos
em busca de um benefício imediato.
O Brasil arma mais uma bomba-relógio social e fiscal."
ANDRÉ ALI MERE (Ribeirão Preto, SP)
Qualidade do ar
"Sem dúvida, como afirma Gilberto Dimenstein em sua coluna
(Cotidiano, 5/7), a qualidade do ar
envolve vários agentes. Entretanto,
a Coalizão pelo Ar Limpo só responsabiliza a Petrobras e as montadoras pela poluição do ar em São
Paulo. Por quê?
Mesmo chamando a atenção para os outros responsáveis, o jornalista dá voz à Coalizão, reproduzindo a informação inverídica de que a
Petrobras foi excluída do Índice de
Sustentabilidade da Bovespa (ISE)
pelo teor de enxofre em seu diesel.
O conselho do ISE nunca informou
que a exclusão da Petrobras ocorreu pela especificação do diesel.
A informação foi divulgada pelo
então presidente do conselho deliberativo de uma das instituições do
conselho do ISE, descumprindo regra de confidencialidade.
A Petrobras desconhece a solicitação para sua retirada do Índice
Dow Jones de Sustentabilidade.
A empresa reafirma que nunca
descumpriu a Resolução 315 do Conama e lamenta que o debate sobre
a qualidade do ar esteja sendo realizado de forma leviana, com inverdades e rasgando-se a ética."
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de imprensa (Rio
de Janeiro, RJ)
Música
"Com referência ao questionário
sobre música popular brasileira
(Mais!, 5/7), devo esclarecer o seguinte: pelo que entendi, eu poderia, se quisesse, indicar mais três
nomes. Por isso, além dos que saíram relacionados, indiquei duas
canções de Caetano: "Sampa" e "Pé
do Meu Samba". Considero esta um
fato novo e importante em nosso
repertório e, por conseguinte, peço
que registrem esta minha opinião."
BORIS SCHNAIDERMAN (São Paulo, SP)
União homossexual
"Em nome da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais,
Travestis e Transexuais, entidade
de abrangência nacional que atualmente congrega 226 organizações,
gostaria de congratulá-los pelo editorial "Uma questão de justiça", na
edição de ontem.
De fato, trata-se de uma justiça
que tarda. Temos certeza de que o
editorial será levado em consideração pelo Supremo Tribunal Federal
no reconhecimento da união estável entre homossexuais, conforme
solicitado pela Procuradoria Geral
da República."
TONI REIS, presidente da ABGLT (Curitiba, PR)
Acredito que o Supremo Tribunal
Federal finalmente reconhecerá a
união civil. Em um país laico, que as
igrejas, segundo seus dogmas, continuem a recomendar a seus seguidores quais atitudes devem tomar,
mas não interfiram na vida pessoal
e social dos que não seguem suas
doutrinas. Certamente todos viverão em paz de espírito, harmonia e
felicidade -o que não deixa de ser o
que as religiões buscam oferecer.
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)
Constituição
"Oportuna e inteligente a proposta do deputado Regis de Oliveira para redução da Constituição brasileira. O total de 250 artigos é prova do
corporativismo que infesta o Congresso. Cada um defende seu lado. E
o resultado disso são atos como o de
proteger donos de castelos, o que é
digno do feudalismo. Uma pobreza
moral histórica.
Qualquer país minimamente inteligente e que sabe aprender com a
história faz uma constituição enxuta e que atende a todos as necessidades da sociedade."
MÁRIO NOGUEIRA NETO (Ponta Grossa, PR)
Sarney
Um absurdo pedir que o senador
José Sarney renuncie. Será que é
tão difícil entender que as acusações não procedem? O problema é,
simplesmente, de falta de memória.
Ele se esqueceu de olhar o contracheque e não notou que recebia auxílio-moradia de mais de R$ 3.000
mensais. Esqueceu-se de que foi ele
quem nomeou Agaciel e sempre o
apoiou. Simplesmente não se lembrava de ter indicado, muito menos
que constavam da folha de pagamento do Senado, parentes e apadrinhados seus.
Agora ele se esqueceu de informar sobre sua casinha em Brasília,
que vale apenas R$ 4 milhões.
Acontece. Vamos torcer para que
ele, um dia, se esqueça de que não
tem apego a cargos, como disse sua
filha, e renuncie.
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)
Voto nulo
"Tenho 48 anos e voto desde as
eleições de 1982. Nunca anulei meu
voto, mas, diante de tanta sujeira,
desmandos e escândalos, acho que a
melhor maneira é uma anulação
geral nas próximas eleições, como
forma de protesto. Sei que muitos
não concordam dizendo que esta
atitude só ajuda os políticos "profissionais", mas a revolta em todas
as classes sociais está cada vez
maior, principalmente contra deputados e senadores. Eu já tomei
minha decisão. Só voto para cargos
executivos."
LUIZ EDUARDO MEIRELLES CUNHA (São José do Rio
Preto, SP)
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