São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Ministério
Seis meses de governo, dois ministros demitidos. Se a presidente Dilma não promover uma reforma ministerial urgente, ela passará o resto de seu mandato sofrendo desgastes e não conseguirá governar a contento.
GILBERTO DE CAMARGOS CUNHA (Uberlândia, MG)

 

A presidente Dilma não pode aceitar as chantagens e muito menos as ameaças do deputado Valdemar Costa Neto, do famigerado PR. Não basta demitir o ministro Alfredo Nascimento. É preciso, de uma vez por todas, tirar o ministério das garras do PR, suspeito de criar uma rede de corrupção e de favorecimentos.
JOSÉ SALLES NETO (Brasília, DF)

Energia
Diferentemente do publicado em "Agência paulista antiapagão gasta só 37% do que recebe" (Cotidiano, ontem), a fiscalização do setor elétrico pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) é feita exclusivamente por delegação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Todos os recursos disponibilizados para tal finalidade foram usados.
Os valores citados na reportagem são oriundos de taxas de fiscalização dos serviços de distribuição de gás e saneamento. Por força de lei, não podem ser utilizados no setor elétrico.
Cabe à Aneel prover os meios para que a agência estadual melhore o monitoramento do setor. Por isso, desde fevereiro, a Secretaria de Energia vem insistindo no reforço do contingente de fiscais no órgão regulador.
DIOGO DE CASTRO, assessor de imprensa da Secretaria Estadual de Energia (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO REPÓRTER EDUARDO GERAQUE - O orçamento da Arsesp é formado por repasses da União, via Aneel, do Estado e das empresas dos setores elétrico, de gás e saneamento. O missivista reafirma o que já consta da reportagem -toda a verba da Aneel foi gasta-, mas não informa que, para fiscalizar o setor de energia, há ainda o dinheiro arrecadado pela própria agência, por meio de taxas pagas pelas companhias elétricas ou de repasse do Estado.

Maconha
Sobre o artigo "Marcha da Maconha: seguiremos vencendo" ("Tendências/Debates", ontem), cumpre destacar: quanto ao problema da falta de acesso à saúde pública, isso atinge tanto o usuário de maconha quanto o de álcool; o argumento de que o cidadão é incapaz de decidir se usa ou não drogas deve considerar que muitos adentram o mundo dos entorpecentes já sem qualquer condição mental e psíquica razoável; por fim, a defesa de diretos humanos não implica consenso quanto à liberação do comércio e do consumo das drogas, o que é opinião de alguns.
TIAGO CINTRA ESSADO (São Paulo, SP)

Bueiros
Na década de 1980, quando eu trabalhava na Telerj, companhia telefônica do Rio, começamos a ter problemas com as caixas subterrâneas, por onde passavam os cabos telefônicos e muitos cabos de outras empresas. Ocorreram várias explosões e passamos a usar um aparelho chamado "explosímetro", que indicava, ao ser aberta a caixa, se havia a possibilidade ou não de explosão.
Descobrimos que as explosões aconteciam por emanações de gases dos tambores de gasolina dos postos de combustíveis, que deixavam escapar pequenas porções do produto, que se volatilizavam, seguiam pelos dutos e se armazenavam nos fundos das caixas. Qualquer pequena faísca gerava uma grande explosão.
NINA CARDOSO (Londrina, PR)

Salários
A reportagem "Kassab vai estender aumento de salário aos 31 subprefeitos" (Cotidiano, ontem) deixa-nos perceber que o prefeito Kassab, os secretários e os subprefeitos são verdadeiros felizardos. Eles legislam sobre os próprios salários, a despeito de votação na Câmara, e mantêm seus interesses preservados. Já técnicos concursados, engenheiros e arquitetos -qualificados e há décadas na prefeitura- sujeitam-se a reajustes de 0,01%, como o "concedido" em 2010.
CLAUDIA DAVID HERNANDES (São Paulo, SP)

Consumidor
Faltaram transparência e imparcialidade na reportagem "Indústria mantém liminar contra a Anvisa" (Mercado, 5/7). Transparência, pois não houve esclarecimento sobre as origens da pesquisa da consultoria Tendências, encomendada pelo setor publicitário. Imparcialidade, pois a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os setores da sociedade que apoiam a regulação da publicidade de alimentos não saudáveis não foram ouvidos. A reportagem tem como foco o "bolso do consumidor", mas, na verdade, deixa explícito os interesses financeiros da indústria. O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) protege o direito dos consumidores de ter produtos saudáveis e entende que o investimento na evolução tecnológica das empresas é de responsabilidade dos setores produtivos e do governo, não do consumidor.
LISA GUNN, coordenadora-executiva do Idec (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA JULIO WIZIACK - O estudo da Tendências foi pago pelo Instituto Palavra Aberta, do qual fazem parte jornais, revistas, rádios, TVs e agências de publicidade. A Anvisa foi consultada, mas não quis se pronunciar.

Idiotas
Ruy Castro, em "Vagos idiotas" (Opinião, ontem), acerta em cheio ao expandir o pensamento de Nelson Rodrigues para outro Nelson (o Jobim). Na sua exótica fala, Jobim, citando Rodrigues, criou a figura dos "idiotas sem modéstia que precisam ser aturados", sem definir a quem se referia, o que gerou uma chuva de carapuças. Seriam petistas, jornalistas, candidatos a cargos, ministros do STF, a nova classe C? Diante da celeuma, Jobim esclareceu que se referia a jornalistas. Muito bem, devemos, em princípio, dar crédito ao que diz o ministro da Defesa e, assim sendo, desejar aos "jornalistas sem modéstia" que prossigam na defesa da sociedade, localizando e denunciando, sem modéstia, as grandes falcatruas nacionais.
JOSÉ CARLOS PEREIRA (Brasília, DF)

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