São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Anistia
"Lamentável a proposta do governo José Serra de perdoar os inadimplentes com impostos sem proporcionar paralelamente um prêmio ou desconto para quem por anos ou décadas a fio vem pagando pontualmente os seus compromissos. Beneficiar infratores que em seguida certamente voltarão a não cumprir seus compromissos é um escárnio aos bons cidadãos."
RICHARD DOMINGUES DULLEY (Peruíbe, SP)

Grampos
"Brilhante a síntese de Melchiades Filho ("Grampo legal", 5/9) sobre os efeitos colaterais do escândalo do grampo telefônico. O governo certamente está comemorando com churrascos e cigarrilhas o desmonte das instituições que estavam cumprindo a lei. Colocar um ex-funcionário de um empresário investigado no comando da Abin foi uma pérola na ciranda dos corruptos. Como dizia Vieira, "diferença há entre o governador e o que governa, entre o soldado e o que peleja"."
ANTONIO POSSATO (Barretos, SP)

Vestibular
"Causou-me surpresa a declaração em relação aos vestibulares da secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar (1/9, pág. C8).
Afirmações genéricas sobre o vestibular tendem a ser injustas com instituições que há anos vêm trabalhando e atuando exatamente para que o processo não seja nem excludente nem de decoreba, como sugere a secretária. Basta ver os resultados que temos na Unicamp, onde a probabilidade de aprovação de estudantes de escolas públicas é igual (em alguns casos superior) à de estudantes de escolas particulares. Isso só é possível com um processo seletivo que, em lugar da decoreba, valoriza a capacidade de leitura, reflexão e expressão dos candidatos.
Sempre que há mais candidatos do que o número de vagas é necessário algum processo seletivo. O Enem infelizmente não tem capacidade de discriminação suficiente para os cursos mais concorridos."
LEANDRO RUSSOVSKI TESSLER, coordenador-executivo da Comvest-Unicamp (Campinas, SP)

Presos
"O engano acusatório cometido contra três jovens levantou, para mim, um questionamento. Sou médico. Em caso de erro meu, que traga prejuízo a um paciente, serei execrado publicamente. Um processo correrá junto ao Conselho Regional de Medicina, e deverei pagar uma soma estipulada por um juiz. Agora, os delegados, promotores e juízes que cometeram o referido erro contra os três jovens serão levados aos conselhos regionais de suas profissões? Cumprirão algum tipo de pena? Gostaria de ouvir uma explicação convincente sobre o porquê dessas diferenças."
LUIZ FERNANDO KEHL (Porto Alegre, RS)

TV Brasil
"Sobre o texto "Cada macaco no seu cabo" (Opinião, 5/9), a EBC -Empresa Brasil de Comunicação- esclarece o que segue:
1) A TV Brasil não incorporou a programação da TV Cultura e das TVEs. A grade contém programas da ex-TVE do Rio, da ex-TV Nacional de Brasília e de outras emissoras públicas. A TV Brasil já lançou dois telejornais e três programas.
Até o fim do ano, 12 programas estrearão;
2) Não há uma "média de audiência nacional dos canais estatais" medida pelo Ibope. A TV Brasil é exibida em rede aberta só no Rio, Brasília e Maranhão. Em São Paulo, é transmitida apenas a cabo. O Ibope só mede a audiência na região do Grande Rio;
3) Ao citar um valor de orçamento, o colunista deve estar se referindo aos recursos globais da EBC, que reúne três emissoras de TV, oito de rádio e uma agência de notícias na internet. Assim, carece de sentido o cálculo do custo por telespectador;
4) A audiência média tem crescido. O telejornal "Repórter Brasil" passou de 0,42% em janeiro para 1,07% em junho. Os novos programas "De Lá para Cá" e "Caminhos da Reportagem" estrearam em junho com audiência de 1,05% e 1,04%.
"Um Menino Muito Maluquinho" alcançou 1,74% em junho. O "Sem Censura", 1,59%;
5) Em canais públicos, como em todo o mundo, a audiência é tão ou menos importante que a natureza e a qualidade da programação -diferenciada da dos canais comerciais."
TEREZA CRUVINEL, diretora-presidente da EBC (Brasília, DF)

Novelas
"Quem fiscaliza a TV? Por que uma novela transmitida às 21h, cujo horário tem uma classificação especifica, volta a ser repetida à tarde, quando boa parte das crianças e adolescentes está em frente à TV?
Prova de que não existe mesmo limite nessa questão de classificação de horário. O exemplo é a volta da novela "Mulheres Apaixonadas", veiculada em 2003, que traz ataques físicos entre marido e mulher, traições e cenas de sexo quase explícito entre os personagens de Camila Pitanga e José Mayer. Quando deixamos que crianças e adolescentes assistam a este tipo de novela, permitimos que eles vivenciem temáticas que podem ser vistas em outro momento de maturidade, mas que para eles são desnecessárias neste momento. Repugnantes são as atitudes dos que deixam que isso passe despercebidamente."
TERESA LEONEL (Juazeiro, BA)

Aborto
"Como advogado, confesso que gosto de matérias polêmicas. Mas ao surgirem debates calorosos, sob o manto de ideais e da religião, temos alguns fundamentos que fogem por completo à razoabilidade.
Afirmar que o sofrimento purifica, para defender a proibição do aborto de anencéfalos, leva à beira da crueldade. É uma apreciação machista, que não se preocupa com o sofrimento da mulher. Não é justo que o Estado a obrigue a manter o feto em seu ventre sabendo que ele não vai sobreviver após o parto: são meses de desespero e de pura angústia. Os homens que defendem tal proibição não sofrem como a mãe. Aqui não há o direito a vida, mas à dignidade do ser humano."
DILSON ZANINI (São Paulo, SP)

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