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A VITÓRIA DE BUSH
O presidente George W.
Bush e o Partido Republicano
obtiveram uma significativa vitória
nas eleições da última terça-feira para o Congresso e para governos estaduais. Os republicanos conseguiram
não só manter como ainda ampliar
sua maioria na Câmara e também retomaram o controle sobre o Senado.
Nos governos estaduais, os democratas foram bem, chegando a ganhar posições, mas os republicanos
mantiveram Estados importantes
como o Texas e a Flórida.
A vitória republicana torna-se ainda mais significativa quando se considera que o partido que controla a
Casa Branca quase sempre perde assentos na Câmara e no Senado nas
eleições que ocorrem na metade do
mandato presidencial. Até então, essa tendência só havia sido interrompida duas vezes na Câmara -e ambas por democratas: Franklin Roosevelt, em 1934, e Bill Clinton, em 1998.
No Senado, o fenômeno é menos incomum. Conseguiram ampliar suas
posições, por exemplo, John Kennedy (democrata), em 1962, e Richard Nixon (republicano), em 1970.
Bush pode comemorar algumas vitórias pessoais. Ele se empenhou
nesta campanha bem mais do que
presidentes costumam fazê-lo. Chegou a ser advertido, por assessores,
de que poderia prejudicar sua imagem se os republicanos não se saíssem bem no pleito. O presidente
também ajudou a reeleger seu irmão
mais novo, Jeb Bush, governador da
Flórida, numa disputa delicada.
Uma vitória tão contundente e incomum se explica em parte pelo fato
de a gestão Bush ter sido marcada
por um evento extraordinário, o 11 de
setembro, que ainda produz efeitos.
Bush segue com uma popularidade
atipicamente alta para presidentes
em meio de mandato, e os democratas falharam na tentativa de levar a
má situação da economia para o centro do debate. A partir de agora, com
maioria nas duas Casas, Bush terá
ainda mais liberdade para implantar
sua agenda, seja na política externa
seja na economia. Se as coisas caminharem bem, colherá os frutos; caso
contrário, será o grande responsável.
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