São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Eleição nos EUA
"Muito me admirou a carta da leitora Yara Kassab publicada ontem nesta seção.
O presidente Lula não estudou em nenhuma universidade e nem mesmo fez o curso médio. Mas sair do Nordeste num pau-de-arara para enfrentar a vida em outra região não é ter "coragem de vencer as dificuldades'?
As diferenças que a "doutoranda" cita em sua carta não estão nos valores familiares dos dois presidentes, mas, sim, nas oportunidades que os dois países oferecem a seu povo. Ou será que as famílias pobres daqui do Brasil, nordestinas ou não, não gostariam que seus filhos estudassem?
Acho que a senhora Kassab, além de seu doutorado, terá de subir "muitos degraus" para conseguir fazer comparações e análises objetivas entre dois fatos que possuem, sim, grandes diferenças, mas de modo nenhum são as que ela citou."
ELZA CABRAL MESQUITA (Carapicuíba, SP)

 

"Concordo plenamente com a leitora Yara Kassab. De fato, não há termo de comparação entre Barack Obama e Lula.
Fiquei emocionado ao ver o pronunciamento de Obama após a sua vitória. Comportou-se como um verdadeiro líder, sem fazer uso de comparações com o futebol e outros fatos, como costuma fazer o nosso presidente."
RACHID TADEU BONDUKI (Campinas, SP)

 

"Sem entrar no mérito da reportagem "Família brasileira vota em Obama e o compara a Lula", espanta-me uma doutoranda em história social, como a senhora Yara Kassab, revelar tanto preconceito em relação ao presidente Lula (e esclareço que não sou petista).
Obama, embora também de origem pobre, teve condições econômicas e educacionais de ascensão social muito superiores àquelas atingíveis por Lula simplesmente pelas abissais diferenças de oportunidade propiciadas pelos EUA e pelo Brasil, o que qualquer estudante secundário conhece.
O que entristece é constatar, mais uma vez, os rumos conservadores e preconceituosos que nossa pretensa elite pensante está tomando."
JACIR GOMES SOARES (São Paulo, SP)

 

"A manchete de quinta-feira da Folha ("Vitória histórica de Obama afasta conservadores e derrota racismo') causou impacto, mas os 96% de votos dos afro-americanos em Obama são profundamente indagadores: afinal isso também não é racismo?"
ORSON MUREB JACOB (Assis, SP)

 

"Nenhum jornal teve a brilhante idéia de nos mostrar a tradução completa da folha de papel utilizada na votação americana, apesar de nos inundarem com notícias irrelevantes e cadernos especiais.
Seria muitíssimo instrutivo conhecer que tipo de questões os cidadãos americanos puderam decidir no voto. Gastamos mais de meio bilhão de reais com a nossa última eleição e a nossa participação se restringiu a escolha entre um João e um José.
Esse desperdício da real democracia e do dinheiro público não é evidente? Não temos questões urgentes e de interesse central para decidirmos conjuntamente?"
ALEXANDRE RUSZCZYK NETO (Porto Alegre, RS)

Femicídio
"Gostaria de congratular a Folha pela publicação do artigo "Femicídio", de Fausto Rodrigues de Lima e Karina Alves Silva (5/11).
É um dos pouquíssimos textos que tratam a questão do femicídio na mídia nacional -neste momento em que ela é tão expressiva.
De forma clara, os exemplos citados caracterizam a urgência do tratamento da questão do gênero como prioridade, não somente como tema de saúde pública, mas como interesse social.
Somente com esclarecimento e tolerância na educação da sociedade, enfrentando conceitos arraigados, poderemos ter uma perspectiva de um mundo com mais eqüidade entre homens e mulheres."
KATIA MANTOVANI (Santos, SP)

Crise
"Mais do que socorrer as financeiras das montadoras, o governo deveria reduzir a carga fiscal sobre os automóveis, responsável por boa parte dos custos da indústria, e cobrar das fábricas a diminuição das margens de lucro."
ALEXANDRE ROCHA (São Paulo, SP)

Eleição no Rio
"Quanto custou o apoio de Jandira Feghali a Eduardo Paes no segundo turno da eleição?
Resposta fácil: muito pouco, mas muito pouco mesmo, já que o futuro prefeito nos demonstra com essa nomeação política de Jandira para a Secretaria de Cultura o pouco valor que ele dá a essa importante área de atuação da prefeitura, numa cidade que sempre foi o principal pólo irradiador de cultura no país.
A não ser que a futura secretária, que fez toda a sua campanha para a prefeitura ressaltando apenas sua experiência na área de saúde, tenha passagens pela área da cultura desconhecidas por nós, além da sua irrelevante atuação como baterista do grupo Harmonia Enlouquece."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Defensoria
"Não é verdade que a OAB-SP deixou a população sem atendimento porque não quis renovar o convênio, como está na entrevista "Defensoria Pública está sucateada em São Paulo" (Cotidiano, 25/10).
A Defensoria negou-se a negociar, não concordando nem com a reposição de 5,8% da inflação do período, obrigação estabelecida em contrato. Quem conseguiu manter o convênio foi a OAB-SP, por meio de liminar.
Recentemente, por determinação da Justiça, a Defensoria corrigiu os valores do convênio.
A Defensoria é um órgão recém-criado. Quem patrocina a causa da população carente no Estado há 22 anos é a OAB-SP.
A OAB-SP é uma entidade que presta serviço público, e não uma entidade privada.
Manifestações como essa em nada contribuem para o fortalecimento da Defensoria e suas relações com as demais instituições." LUIZ FLÁVIO BORGES D'URSO, presidente da OAB-SP (São Paulo, SP)


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