São Paulo, sábado, 08 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Congresso
"A absolvição de João Paulo Cunha, do PT, é a prova cabal da grande mentira pregada por Lula ao povo brasileiro. Fomos vítimas de um verdadeiro estelionato eleitoral elaborado por Lula, Dirceu, Palocci e pelo "ilusionista" Duda Mendonça. Além de Lula e o PT terem implementado o maior esquema de corrupção visto no Brasil, esses "abutres do poder" jogaram na lama o nome das principais instituições republicanas deste país. O Congresso finda a atual gestão marcado pela maior frouxidão ética e moral da história. As CPIs foram desmoralizadas, e a relação entre o Legislativo e o Executivo foi prostituída. Os mensaleiros absolvidos por seus pares deverão ser novamente julgados nas próximas eleições."
José Rubens Domingues Filho (São Paulo, SP)

BMG
"A reportagem de Rubens Valente ("Técnicos criticam modificações no relatório da CPI", Brasil, 7/4) contém informação falsa a respeito de contrato de cessão de crédito firmado pelo Banco BMG para a Caixa Econômica Federal (CEF). É absolutamente despropositado falar em "benefício". Conforme largamente noticiado, a operação foi normal e legítima e é comum na atividade dos bancos. Foi feita seguindo as normas legais e as regras de mercado. É evidente que foi lucrativa para as duas partes. A Febraban e a ABBC -duas importantes entidades representativas do sistema financeiro- manifestaram-se positivamente a favor do contrato. As informações preliminares dos técnicos do Tribunal de Contas de União (TCU) reconhecem que a CEF teve lucro com a operação. Além da CEF, o BMG ressalta que firmou convênios semelhantes com o banco Itaú e com a Cetelem (BNP Paribas), além de ter realizado outras 20 operações de cessão com diversos bancos. A CEF escolheu o BMG tendo em vista a sua larga experiência no mercado de crédito consignado, no qual opera desde 1998, com destacada liderança."
Márcio Alaor de Araújo, vice-presidente executivo do banco BMG S.A. (Belo Horizonte, MG)

Resposta do jornalista Rubens Valente - A conclusão de que a CEF beneficiou o BMG não é do repórter, mas dos auditores do TCU, como está no texto. O parecer técnico teve longos trechos reproduzidos no relatório final da CPI. O caso continua sob exame do Tribunal. O parecer do TCU reconhece que não houve prejuízo para a Caixa, o que é diferente de dizer que o lucro deveria ter sido aquele. Para os auditores, a CEF poderia ter lucrado muito mais.

CPMI
"Quero registrar o meu reconhecimento à correção desse jornal no cumprimento das normas do bom jornalismo. A Folha foi um dos poucos veículos de comunicação a me fazerem justiça quando da comprovação de minha inocência pelo relatório da CPMI dos Correios, na semana passada. Oito meses antes, em 4 de agosto de 2005, a Folha, como os demais veículos de imprensa, publicou a suspeita de ter sido eu um dos destinatários dos recursos distribuídos pelo empresário Marcos Valério. Naquele dia, pedi exoneração do cargo de secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional com o intuito de, fora do governo, comprovar a minha inocência. Chegando a bom porto, é uma satisfação encontrar o bom jornalismo."
Márcio de Araújo Lacerda, ex-secretário executivo do Ministério da Integração Nacional (Brasília, DF)

Febem
"Não são os agentes externos defensores de direitos humanos os responsáveis pelo caos na Febem. São as políticas deliberadas do governo PSDB-PFL, que levaram a instituição à mesma condição dos presídios, onde predominam as condições insalubres, os maus-tratos e a disputa entre facções. A Febem chegou ao ponto em que está porque a pedagogia foi substituída pela truculência. Lamentavelmente, as considerações do governador Lembo sobre a questão ("Lembo culpa "agentes externos" por motim", Cotidiano, 6/4) apenas reafirmam a continuidade dessas políticas. Ao acusar prefeitos e comunidades que não desejam unidades da Febem em seus municípios, o governador, assim como o seu antecessor, busca maquiar os mais de 12 anos de incompetência."
Ítalo Cardoso, deputado estadual pelo PT e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo (São Paulo, SP)

Dor na saúde
"Quando Adib Jatene, então ministro da Saúde, defendeu com ênfase a aprovação da CPMF, demonstrando a necessidade de um aporte especial de verbas para salvar a saúde dos brasileiros, muitos criticaram. Mas todos foram unânimes em ver que alguma coisa precisava ser feita, mesmo com sacrifícios. E bastou a aprovação do imposto para o nosso respeitável mestre ser retirado do cargo e o destino da verba ser modificado. Onde está o dinheiro? Como está sendo empregado? Que benefícios tem gerado? Está na hora de o nosso governo ter vergonha na cara e aplicar de forma devida os recursos da CPMF em prol da saúde do povo brasileiro. Senão, para que comemorarmos o Dia Mundial da Saúde? Só se for chorando de dor e de raiva."
Rodoaldo Graciano Fachini, conselheiro municipal de saúde (Caraguatatuba, SP)

Museu do Futebol
"O projeto Museu do Futebol da Prefeitura da São Paulo, cujo proponente é a Fundação Roberto Marinho, não foi, de forma nenhuma, inviabilizado pela Funarte, conforme informou a nota "Na medalhinha" ("Painel", Brasil, 4/4). Os pareceristas do Programa Nacional de Apoio à Cultura, Pronac, todos técnicos contratados pelo MinC, não pertencem ao corpo funcional da Funarte. Do projeto Museu do Futebol, cujo valor total é de R$ 21 milhões, coube à Funarte analisar as propostas de galerias e exposições, apenas R$ 5. 870 milhões, dos quais foram recomendados a aprovação de R$ 5.345 milhões, quase a totalidade do pedido. O restante do valor solicitado pelo proponente é de responsabilidade de análise do Iphan (área de patrimônio e arquitetura) e ao Demu (Departamento de Museus). Mais informações estão à disposição na Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC. O presidente da Funarte não tem qualquer ingerência sobre este tipo de parecer."
Marlene Niches Custódio, assessora de Comunicação da Funarte (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel" - A nota nada disse sobre os "pareceristas" da Funarte. Apenas relatou que o petista Antonio Grassi, presidente do órgão, atuou nos bastidores na tentativa de dificultar a obtenção de recursos pela Prefeitura de São Paulo, então sob o comando do PSDB, para criar o Museu do Futebol.


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